Zenith Defy Classic Crono. Você acha legal?

[jorginho]

Olá amigos,
Tem cara de relógio barato, que não é o que se espera da marca, engraçado que os modelos mais recentes deles são bem mais bonitos, aí fica uma duvida que só os companheiros mais estudados pederão sanar, foi reposicionamento de marca, redesign de produto ou simplesmente uma mudança de gosto do responsável? Por exemplo quando alguma marca de roupas muda seu estilista a produção passa a ter a cara desse ultimo isso acontece na relojoaria?

Um abraço, Jorginho

[igorschutz]

Simples: o cara que autorizou essa m**** foi mandado embora, e a marca voltou ao eixo.

[Murilo]

Chuta que é macumba!

[ThiagoDF]

Olá amigos,
Tem cara de relógio barato, que não é o que se espera da marca, engraçado que os modelos mais recentes deles são bem mais bonitos, aí fica uma duvida que só os companheiros mais estudados pederão sanar, foi reposicionamento de marca, redesign de produto ou simplesmente uma mudança de gosto do responsável? Por exemplo quando alguma marca de roupas muda seu estilista a produção passa a ter a cara desse ultimo isso acontece na relojoaria?

Um abraço, Jorginho

Como eu disse, parece aqueles Invictas BEM exagerados. Qual é o tamanho da caixa desse Defy, parece enorme!

[João de Deus]

O modelo que eu vi tinha 42mm de diâmetro.
João

[ThiagoDF]

Mas é igual a esse das fotos João?

Os acumuladores desse da foto, como frisou o Alberto, estão muito agrupados no meio, parece que o relógio é maior do que devia ser...

[flávio]

Jorginho, como está chegando agora, alguns fatos, até mesmo porque acompanhei o retorno da Zenith, as loucuras do Nataf e seu novo "retorno".

Até o final dos anos 70, relógio de precisão tinha nome: Omega, Rolex, Longines, Zenith e, pasmem, Patek, que também participava ativamente de competições de precisão. Posso dizer sem errar que só esses fabricantes paparam 90% dos prêmios dados no século XX, sendo que a Zenith grande parte deles.

A Zenith sempre foi uma puta marca, extremamente reconhecida na Europa mas, por conta de ação judicial envolvendo a Zenith Eletrônicos nos EUA (por conta do nome. Coisas dos EUA..), nunca teve qualquer penetração por lá e muito pouca aqui.

Acompanhei o retorno da Zenith no início dos anos 90, ressaltando suas origens, estilo, etc.

Em meados dos anos 2000, a marca, infelizmente querendo pegar esse bonde de relógios estilo "Hublot" (como já disse aqui, não que não goste dos Hublots, mas cada macaco no seu galho! ) que estavam sendo moda (ainda estão, basta ver a direção meio perdida, ainda hoje, da Audemars Piguet...) no oriente e vendendo bem, contratou o Thierry Nataf para mudar a Zenith.

Esse cara, com todo respeito, deveria arder no inferno.

Ele quis transformar uma marca extremamente tradicional e voltada para muita tradição interna, com histórias bacanas, numa Concord da vida!

Ora, se por um lado deve ter angariado novos consumidores, jogou por terra todo o nome Zenith conquistado por séculos perante os antigos fãs.

Apenas seis meses depois de o puto ter sido demitido, o novo CEO não apenas quis retomar as origens da marca como pensou: nosso futuro está em nossa tradição e nos modelos icônicos!

Dito e feito. Olhem a percepção do consumidor hoje sobre a Zenith!

Aqui, algumas notícias da época em que ele saiu:

http://forums.watchuseek.com/f27/nataf-leave-zenith-257944.html

Eu nem sei onde ele está e no mercado o Nataf é muito bem conceituado, MAS NÃO PARA trabalhar com CEO de uma marca que tem visual clássico, até mesmo porque ele não tem.


Flávio

[flávio]

Ah, e antes que me perguntem porque citei a AP. Eu é que pergunto: essa profusão de "edições limitadas" de Royal Oaks Offshore com zilhões de cores e tamanhos, que de fato lembram a Hublot (a criatura ultrapassou o criador, como pode isso?), tem alguma coisa a ver com a AP e sua tradição? Só para lembrar: a AP, juntamente com Vacheron e Patek, formavam a tríade de relógios CLÁSSICOS e de patrão até os anos 70. A Patek pouco mudou e aí reside seu sucesso (como a Rolex); a Vacheron andou meio perdida nos anos 80 e 90 e, agora, parece que está de novo querendo ser uma "Patek". Mas... E a AP? Não nego que a linha Offshore deles é bacana, mas não me remete aos modelos clássicos do passado. Mas Flávio, a AP foi quem causou "firisson" nos anos 70 ao lançar um relógio de aço (o Royal Oak Jumbo) por 4 mil dólares, um roubo que refletia o sinal dos tempos tomado pela indústria! E ele tinha um design revolucionário, o Offshore é apenas uma evolução do modelo! Vá! Vocês sinceramente acreditam nisso? Eu não! Acho os Offshore tradicionais bem bonitos, mas eles nem de longe se parecem um Royal Oak tradicional para mim. Sério, entrem no site da AP. Há uns 20 modelos de Royal Oak diferentes! E isso dentro de uma fábrica que produz não mais do que 20 mil relógios por ano!

Mas essa é uma outra discussão.


Flávio

[igorschutz]

A AP perdeu um pouco a linha, isso já faz um tempo.

Outra que precisa se segurar nesse lance de edições limitadas é a Omega. Todo ano os caras lançam umas 20 edições limitadas... Daqui a pouco vai ter edição limitada até do Max Bieber e suas Cariocaschxxx Girls...

[vinniearques]

A AP perdeu um pouco a linha, isso já faz um tempo.

Outra que precisa se segurar nesse lance de edições limitadas é a Omega. Todo ano os caras lançam umas 20 edições limitadas... Daqui a pouco vai ter edição limitada até do Max Bieber e suas Cariocaschxxx Girls...

E o Pior é quando são edições limitadas de muitas peças.

um exemplo são os do James Bond 11 007 peças, é muita coisa pra ser LIMITADA


na minha opinião claro!

[flávio]

E não é? A Omega É UMA FÁBRICA de modelos icônicos! Aí você olha dentro da linha o Speedy pro e outros speedmasters, pelo menos a maioria deles. É... Sou fã da Omega, mas acho que a linha deles poderia ser mais enxuta. Aliás, foi a profusão de modelos dentro da Omega nos anos 70 um dos motivos de sua quebra. Mas até que eles melhoraram de uns tempos para cá, a linha está mais coesa, você vê o DNA do Speedy pro em quase (disse quase) todos os speedmasters.

Mas essa conversa de edição limitada... Isso é para chinês ver, literalmente falando.

Outra coisa engraçadíssima na Omega é a Linha Constellation, que não tem nada a ver com os Connies do passado (a linha De Ville me lembra mais), a não ser um modelo novo que lançaram, cujo mostrador lembra os do pie pan do passado e... Salvo engano, é a linha deles que ainda mais vende no mundo!

Fiquei a pensar: vende para quem? Nunca vi ninguém com um Constellation novo (novo mesmo) e, para ser honesto, acho o relógio bem bonito, mas não compraria. E ele também não me remete ao DNA dos Constellation do passado, pois não tem NADA A VER!

Flávio

[João de Deus]

Mas é igual a esse das fotos João?

Os acumuladores desse da foto, como frisou o Alberto, estão muito agrupados no meio, parece que o relógio é maior do que devia ser...

Tiago, coloquei a foto errada.
O modelo em questão (um pouco menor 42mm) é este aqui:

http://timepiecetrader.com/shop/zenith-defy-classic-86-0526-400021-r642/

João

[FPiccinin]

Boa noite,

Alguns termos como; Special Edition, Limited edition....faz vender, especialmente para a classe media e alta emergente.

O termo sales ou promocao promove barbaridades.

Abs

[jorginho]

Olá amigos,
Tem cara de relógio barato, que não é o que se espera da marca, engraçado que os modelos mais recentes deles são bem mais bonitos, aí fica uma duvida que só os companheiros mais estudados pederão sanar, foi reposicionamento de marca, redesign de produto ou simplesmente uma mudança de gosto do responsável? Por exemplo quando alguma marca de roupas muda seu estilista a produção passa a ter a cara desse ultimo isso acontece na relojoaria?

Um abraço, Jorginho

Como eu disse, parece aqueles Invictas BEM exagerados. Qual é o tamanho da caixa desse Defy, parece enorme!

Concordo plenamente Thiago, Abraços Jorginho!

[jorginho]

Jorginho, como está chegando agora, alguns fatos, até mesmo porque acompanhei o retorno da Zenith, as loucuras do Nataf e seu novo "retorno".

Até o final dos anos 70, relógio de precisão tinha nome: Omega, Rolex, Longines, Zenith e, pasmem, Patek, que também participava ativamente de competições de precisão. Posso dizer sem errar que só esses fabricantes paparam 90% dos prêmios dados no século XX, sendo que a Zenith grande parte deles.

A Zenith sempre foi uma puta marca, extremamente reconhecida na Europa mas, por conta de ação judicial envolvendo a Zenith Eletrônicos nos EUA (por conta do nome. Coisas dos EUA..), nunca teve qualquer penetração por lá e muito pouca aqui.

Acompanhei o retorno da Zenith no início dos anos 90, ressaltando suas origens, estilo, etc.

Em meados dos anos 2000, a marca, infelizmente querendo pegar esse bonde de relógios estilo "Hublot" (como já disse aqui, não que não goste dos Hublots, mas cada macaco no seu galho! ) que estavam sendo moda (ainda estão, basta ver a direção meio perdida, ainda hoje, da Audemars Piguet...) no oriente e vendendo bem, contratou o Thierry Nataf para mudar a Zenith.

Esse cara, com todo respeito, deveria arder no inferno.

Ele quis transformar uma marca extremamente tradicional e voltada para muita tradição interna, com histórias bacanas, numa Concord da vida!

Ora, se por um lado deve ter angariado novos consumidores, jogou por terra todo o nome Zenith conquistado por séculos perante os antigos fãs.

Apenas seis meses depois de o puto ter sido demitido, o novo CEO não apenas quis retomar as origens da marca como pensou: nosso futuro está em nossa tradição e nos modelos icônicos!

Dito e feito. Olhem a percepção do consumidor hoje sobre a Zenith!

Aqui, algumas notícias da época em que ele saiu:

http://forums.watchuseek.com/f27/nataf-leave-zenith-257944.html

Eu nem sei onde ele está e no mercado o Nataf é muito bem conceituado, MAS NÃO PARA trabalhar com CEO de uma marca que tem visual clássico, até mesmo porque ele não tem.


Flávio

Obrigado pelas explicações Flavio, é realmente perceptivel a mudança de estilo entre esse modelo do tópico e os ultimos El Primero, eu confesso que gosto de caixas maiores mas beleza é indispensável, a exemplo do deepsea, que cá pra nós é meu sonho de consumo, hauhauhauhau

Em marcas que querem inovar, eu acho fundamental a preocupação que vai além dos materiais, por exemplo o pessoal da Tag tem buscado bastante a inovação na área mecânica da relojoaria, e me pareçe que esse novo norte se deve justamente a mudanças na diretoria.

Como o pessoal aí comentou da tal Invicta, só vou fazer um comentário, esses relógios são uma febre aqui no Rio, pra onde se olha, tem alguem usando um, acho que tem até um lado bom nisso ele supostamente tem tecnologia suissa e isso estimula que mais pessoas busquem. conhecer sobre a horologia, inclusive me parece que no passado a marca dos relógios gigantes foi normal, eu vi na net uns modelinhos vintage bem legais, mas não sei nem se é a mesma marca.

Abraços, Jorginho!

[Adriano]

Boa noite,

Alguns termos como; Special Edition, Limited edition....faz vender, especialmente para a classe media e alta emergente.

O termo sales ou promocao promove barbaridades.

Abs

Sim, isso fez parte de uma palestra que dei. E "sales" é para quem se acha rico mas esconde que está no vermelho. "Promoção" é para pobre mesmo. E as lojas que querem parece mais chiques do que são, já estão usando o termo "sales" nas vitrines... Tipo a Marabrás está fazendo um "sales" de cozinhas com nome de mulher...

E não estou debochando não, pois ultimamente estou fazendo parte do grupo que procura desesperadamente por promoções. Até papel higiênico e maionese eu estou comprando em promoção!

Abraços!

Adriano