Quais marcas topariam entrar nessa?

[Davi-RJ]

Olá a todos,

Qualquer notícia sobre relógio me chama a atenção e hoje vi essa reportagem da Economist sobre estratégia de venda para os muito-muito-muito-muito ricos.

Uma empresa suíça (Adlux) está pensando em aproveitar o pouco tempo (média de 15 minutos) que este público espera para embarcar em seus jatos particulares e anunciar produtos de alto luxo, como iates e serviços bancários especiais.

Uma outra idéia é instalar máquinas automáticas de venda para relógios suíços!

E aí, você compraria seu Daytona ou Patek do mesmo jeito que compra coca-cola?



http://www.economist.com/news/business/21582511-how-sell-more-stuff-those-who-want-nothing-posters-plutocrats

Obs. Moderadores, fiquei em dúvida se esse tópico ficaria melhor no botequim. Fiquem à vontade para transferí-lo.

[ThiagoDF]

 

Nossa, não sei se teria coragem de comprar um relógio caro dessa forma, mesmo que fosse muito rico, mas que deve ser de babar um máquina dessas, deve!

[DonPepe]

Acho que se um produto é de luxo, além de ter um excelente produto, é necessário ter uma experiência de compra compatível, ou seja, alguém te paparicando, te servindo cafezinho enquanto escolhe o relógio, ajustando a pulseira 15 vezes até vc dizer que está legal etc etc.

Acho que auto-serviço não casa com mercado de artigos de luxo, mas vai saber!

[Adriano]

Certamente, Pepe! Produto de luxo é tudo sobre a experiência. É o mimo, é o blá blá blá, são os olhares... etc.

Mas há uma pequena parcela de consumidores de produtos de luxo que consome-os pela qualidade e que dispensa todo esse nhém nhém nhém.

Mas uma experiência humana seria interssante: se você oferecesse esses mesmos produtos numa "vending machine", sem vendedor, sem mimo, sem estojo, nem nada, apenas um cartão de garantia, mas com 40% de desconto, por exemplo, quem compraria?

Essa pequena parcela que dispensa isso, compraria? Creio que sim, mas o bizarro seria ver qual o tamanho da parcela dos defensores da "experiência" que se renderia ao desconto...

Seria um laboratório incrível...

Abraços!

Adriano

[ogum777]

produto caro não é luxo. é caro. simplesmente isso.

luxo é o raro, exclusivo. rolex em máquina automática deixa de ser luxo. não importa o preço.

[Davi-RJ]

Engraçado... antes de postar eu pensava que produtos exclusivos como os relógios suíços mais comentados aqui necessariamente teriam que ser vendidos casados com a experiência da loja e o teatro que a cerca.

Mas aí me dei conta que uma vending machine nada mais é que a internet sem computador e sem espera pelo produto. Você escolhe o que quer sem interação humana, paga e recebe idem. Ou seja, esse mercado para relógios de luxo já existe.

Huummm, de repente essa idéia da máquina já não me parece tão ruim assim...

Um abraço,
Davi

[Carbonieri]

Não acredito que serviria para as marcas top, acredito que serviria mais pras suiças de entrada e medianas e teria que ter um bom desconto pra comprar de impulso.

[Carbonieri]

Davi o que vc sitou acredito que vai ao encontro do que eu disse pois acredito que muito poucas pessoas comprariam Patek ou Vacheron etc pela net...

[Alberto Ferreira]

Huuummmm...

E, sem qualquer "base", mais "baseada,  para a opinião  , pode também haver algum "poderoso" (aquisitivo), "desapegado" de certos "paparicos" (talvez entediado de tanto nhem-nhem-nhem que vive sofrendo  ), que pense...

Quer saber? Relógio é como Coca-cola...
Eu vou lá na maquininha e compro, sem precisar da presença de ninguém...

Mas,...
Esta minha "opinião", além da piada, pode ser uma possibilidade concreta,...
E talvez como previu o Adriano poderia ser mesmo um "laboratório incrível".
O problema, ainda ao meu ver, seria onde ela seria colocada.

Já pensaram, se o cara que tem o iate maior que o seu visse você comprando na maquininha?


Alberto

[Adriano]

Já pensaram, se o cara que tem o iate maior que o seu visse você comprando na maquininha?


Alberto

Pois é, parte da experiência é sair da loja com a famosa sacolinha e o emblema bem grande daquilo que você comprou. Eu já precisei por duas vezes comprar coisas se valor um pouco mais alto. Aceitei a sacolinha, pois é bonita, mas passei na Lojas Americanas, comprei um chocolate ou algo assim só para pegar a sacolinha deles, taquei tudo dentro e pronto. Como não ando com segurança nem carro blindado...

Abraços!

Adriano

[vinniearques]

Já pensaram, se o cara que tem o iate maior que o seu visse você comprando na maquininha?


Alberto

Pois é, parte da experiência é sair da loja com a famosa sacolinha e o emblema bem grande daquilo que você comprou. Eu já precisei por duas vezes comprar coisas se valor um pouco mais alto. Aceitei a sacolinha, pois é bonita, mas passei na Lojas Americanas, comprei um chocolate ou algo assim só para pegar a sacolinha deles, taquei tudo dentro e pronto. Como não ando com segurança nem carro blindado...

Abraços!

Adriano

Faço exatamente o mesmo, mais algumas lojas de luxo também já praticam essa idéia e alem da sacola da boutique/Joalheria te dão uma comum toda preta!

A Dryzun é uma que faz isso!

[Fe]

Eu acho interessante como experiencia de marketing!

Eu discordo dos que acham que a maioria dos compradores so compra um produto de luxo se houver a "experiencia" e paparicacao junto. Claro que esses compradores ainda existem (jogadores de futebol, pseudo-artistas, ex-BBBs etc), mas acredito que a grande maioria hoje em dia vai a loja esperando obter o maior valor pelo seu dinheiro. Ate porque cafezinho de loja, a nao ser uma loja especializada em cafe, e' muito ruim

Esse artigo na forbes aborda esse assunto e fala especificamente da industria relojoeira e de seu dilema em continuar o business model atual ou tentar mudar para a venda direta online ou atraves de lojas proprias:
http://www.forbes.com/sites/arieladams/2013/05/23/luxury-consumers-value-products-not-buying-experiences/

Fernando

[Adriano]

Vocês com certeza manjam de marketing mais do que eu, e o negócio é por aí mesmo. Esticando com o que o amigo Ogum comentou, tem marca que quer se inserir no mercado de luxo apenas puxando preço para cima. Com o acesso à informação hoje, o consumidor realmente exigente não é bobo e quando mete a mão no bolso, quer um produto de qualidade, inserido ou não na categoria de luxo. Logo, nenhuma marca sustenta preço alto sem qualidade por muito tempo.

Outro fenômeno que tenho notado é que há marcas que sempre tiveram qualidade e preço normal. Mas surgiram tantos concorrentes com produtos são inferiores que deu o direito à marca subir seu preço com boa justificativa e se posicionar numa categoria bem superior à que possuía.

Abraços!

Adriano

[Fe]

Imagina uma dessas em SP. Quantas vezes por semana sera que iam tentar explodi-la?

http://www.gold-to-go.com/en/

Fernando

[Alberto Ferreira]

Ah! "Levavam" na maior... 

Poderia até ser cômico dizer (sem trocadilhos), e fazendo blague...
Mas não é,...

É trágico.
Pois até máquinas de "coca-cola" já foram roubadas (levadas), na maior...
...ou seria na menor?
 

Alberto

[ogum777]

Vocês com certeza manjam de marketing mais do que eu, e o negócio é por aí mesmo. Esticando com o que o amigo Ogum comentou, tem marca que quer se inserir no mercado de luxo apenas puxando preço para cima. Com o acesso à informação hoje, o consumidor realmente exigente não é bobo e quando mete a mão no bolso, quer um produto de qualidade, inserido ou não na categoria de luxo. Logo, nenhuma marca sustenta preço alto sem qualidade por muito tempo.

Outro fenômeno que tenho notado é que há marcas que sempre tiveram qualidade e preço normal. Mas surgiram tantos concorrentes com produtos são inferiores que deu o direito à marca subir seu preço com boa justificativa e se posicionar numa categoria bem superior à que possuía.

Abraços!

Adriano

é, a confusão entre o caro e o raro tá dando lucro pra muita gente.

luxo é o raro, exclusivo pois é raro, não necessariamente caro. uma bicicleta com quadro feito sob medida, com soldas especiais nos tubos especiais de aço. sai mais barato que muita bicicleta de linha por aí. mas vc não encontra outra igual quando sai pra pedalar.

pois é, pra pensarmos bem, omega e rolex não são marcas de luxo. são caras para o padrão brasileiro, são bons relógios par ao euorpeu comprar. mas não são exclusivas. agora, um relógio da eva leube é luxo. como qualquer um dos membros da académie horlogère des créateurs indépendants.

não necessariamente são relógios caros quanto um rolex todo em ouro - ou são? mas são bem mais exclusivos.

aquela mega loja que adaslu abriu há alguns anos - antes de se descobrir o esquema estelionatário de sonegação - era a antítese do luxo. era apenas um grande supermercado de coisas caras.

mas deu lucro pra muita gente.

o consumidor de produtos de luxo tem dois perfís básicos:

o rico - seja o nobre do ancien régime ou ou nouveau riche - que consome coisas para afirmação de classe social, e num dado momento tem uma lista do "must have" cheia de produtos caros. se assemelhea a esse grupo os acendentes (classe média que compra um rolex com $$$  de um financiamento bancário, p. ex.).

o idiossincrático, que tem algum fetiche específico. não necessariamente é rico, mas direciona boa parte de sua renda para manutenção dum determinado gosto. é o jovem advogado que tem dois pares de sapatos apenas, mas os dois feitos sob medida. é o bike courier que usa um quadro de bicicleta feito sob medida num frame builder. normalmente é o "especialista", o "aficcionado" (e normalmente frequentador de fóruns de discussão.... hehehe). e junto a esse grupo, os profissionais do setor, não necessariamente endinheirados, mas conhecedores do setor.

são dois perfis de consumidores, e nenhum dos dois perfis gosta de comprar o que é objeto dessas compras numa máquina...

mas vai saber. de repente esse troço dá certo. ou não. vai se saber....

[Betocd]

Adoraria ver essa máquina em funcionamento, e ver os resultados posteriores.
Seria um laboratório ötimo.

Tenho muitas dúvidas sobre os resultados.

Abs

[heracles]

No Japão já deve ter uma dessa máquinas para venda de relógios...
Eles tem máquinas automáticas para tudo de câmeras fotograficas
a absorventes...e tudo comandado por celular, nada de dinheiro ou cartões.

é imprecionante...

Abraço
Heracles

[FPiccinin]

Boa noite,

Eu penso que tal experiencia de compra seria atrativa para dois possiveis publicos.
1. Para o consumidor sem tempo, mas penso que esse consumidor nao costuma dar valor para relogios, canetas...ou seja, um basta.
2. Se houver alguma vantagem financeira para o mesmo publico que compra o seminovo, afinal, esse nao quer viver uma experiencia hollywoodiana...kkk...quer somente algum possivel ganho financeiro.

Hoje minha esposa resolver trocar a carteira e acessou ao site da LV que agora faz venda online no Brasil. Ela olhou, olhou, anotou 3 modelos e disse:-Proximo final de semana vamos para SP comprar minha carteira? Nao tem graça comprar pela web!
Eu perguntei para ela: - O faria voce comprar a carteira pelo site?
Ela respondeu: - 10% de desconto.

Abs

[jorginho]

Olá amigos,

Curioso em, mas tem fundamento, em tese se vc aumenta a possibilidade de vizualização da sua marca vc aumenta as suas vendas, sendo trabalhada pro público certo e com o produto certo não vejo o problema, o custo muito baixo de operação permite a empreitada mas eu creio que marcas como PP ou Rolex, por suas tradições não topariam, quando se compra uma ferrari se espera o tratamento ferrari a experiência é 80% da venda, porém... quem sabe uma Baume ou Breitling, se for uma marca com publico alvo de perfil inovador pode até colar, mas creio que mais como peça publicitária do que canal de vendas de fato, é simples amigos eu compraria numa maquina dessas, assim com grande parte de vcs eu creio que gostariam, mas pela curiosidade, pelo menos eu gosto de provar um ou outro relógio quando vou as compras, é isso!

Na verdade o que vier de bom tá valendo!

Abraços, Jorginho!