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Seikos diver com movimentos "sambados"

Iniciado por Murilo, 21 Agosto 2013 às 18:05:43

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Murilo

Tenho vasculhado alguns SEIKO diver pelos sites de venda da vida. ::)
É incrível a quantidade de 6309 e 7002 com movimentos trocados total ou parcialmente.
Insert, ponteiros e mostrador aftermarket vá lá. Os originais são de qualidade duvidosa e acabam estragando mesmo com o tempo e a falta de cuidado.
Afinal estes eram modelos baratos, de entrada, para bater mesmo.
Mas o camarada vender um 6309 ou 7002 como ORIGINAL e no movimento encontrarmos um 6319 ou 7009 da vida é demais.
Ai não tem perdão. :P
Preferível comprar um skx novo. Se bem que até o skx andam falsificando... :'(

Alberto Ferreira

É...

O troca-troca existe, e faz tempo...  ::)

A "culpa" disso, se é que podemos chamar assim, são os próprios donos, que fazem revisão de "dezmirrés", em qualquer canto...

E dos "relojoeiros", daqueles "cantos", que "não tão nem aí" e acham que, pelo que cobram, fazer uma "revisão" é introduzir qualquer "gambiarra" que deixe a coisa funcionando, sempre apostando que o dono não saiba...   Ou que não queira nem saber.

O resto...
Bem,... O resto é má fé mesmo.

Alberto

shun

Já me ferrei tanto nessa história de relógio sambado..! Desanimei um pouco mas a paixão continua..!

Fiz minha lista negra de vendedores e países... E minha lista "branca" também! Onde sei que o negócio é ponta firme!

Abraços!

Murilo

Vou comprar meu seiko diver vintage aqui no FRM mesmo...
Se me ferrar pelo menos vou saber quem xingar... ;D

Neme

 ;D ;D
Citação de: Murilo online 21 Agosto 2013 às 21:03:47
Vou comprar meu seiko diver vintage aqui no FRM mesmo...
Se me ferrar pelo menos vou saber quem xingar... ;D
Abs.
Neme!

Adriano

O fato é: vintage sambado é a norma. Ponto. Vintage que passou sua "vida" no Brasil, multiplique a chance de "samba" por dois. Pelo menos. Se for um relógio originalmente barato, eleve ao quadrado ou ao cubo a chance de "samba".

É assim que funciona. Vintage inteiro é sempre exceção exceto em relógio muito caros.

Abraços!

Adriano

shun


Henrique

Vamos ser um pouco menos radicais.  Os mais novos não passaram por isso, mas nós que temos mais idade sabemos que por muito tempo vivíamos em um país fechado onde conseguir peças de reposição muitas vezes era impossível.  O que fazer em um caso desses, deixar o relógio parado e comprar outro ou adaptar ?
Nunca fiz isso em relógio, mas em carro sim, faltava uma bomba de gasolina ou um alternador procurava um com características iguais e adaptava.  Era isso ou ficar com o carro meses parado.  Não generalizemos, chamar de "lambão" o profissional que muitas vezes se virava para adaptar a peça ou chamar de "unha de fome"  o dono que precisava do seu relógio sem entender a situação que ocorreu não é muito correto.

Adriano

Hummm... Eu sou "novo", trabalho no ramo e como não vivi na época dos hoje vintages, só posso ter uma impressão das coisas. E a minha impressão é de que hoje é muito mais difícil encontrar peças, pois hoje há muito menos fornituras e as peças tem venda restrita pelas marcas. Apenas para citar uma, a Casa Marcel Kahn, que dispensa apresentação, trabalha no ramo há mais de meio século. E existiam bem mais relojoeiros com formação profissional.

Por isso, difícil de consertar um relógio com perfeição acontece hoje, com poucas opções, etc. Me parece que na época dos vintages, só fazia gambiarra e manutenção ruim quem quisesse.

Repito que isso é uma impressão. Gostaria que mais gente que viveu nessa época me diga se estou certo, parcialmente certo, ou totalmente equivocado.

Abraços!

Adriano

TUZ40

Eu tenho um 6309-7040 que tenho até medo do que vai sair de dentro se abrir a caixa. rsrsrsrs... Mas eu sabia o que estava fazendo, não esperava nada dele, comprei pq acho a caixa cushion dele bacana demais, qq dia crio coragem e compro um tsunami para mim.


"All your base are belong to us"

Alberto Ferreira

Sim.
Eu também acho que, logicamente, nós vivemos outros tempos.

Bem,...
O meu depoimento (ou "impressão"...  "sentimento"...  ou mesmo percepção) de não faz tanto tempo assim  :D, concordando em parte como diz o Adriano, é que "...só fazia gambiarra e manutenção ruim quem quisesse..."

Sim, verdade. Em especial quando nós falamos daqueles mais "baratos", os do "dia-a-dia".
E tal...   E havia peças!

Aí, continuando na tal "percepção",...
Virou "vintage", a oferta de mão de obra (qualificada) diminuiu (e contando...  :(), o cabra quer vender...
Se ele, honestamente, disser que não revisou, vai ter dificuldade de vender, para aqueles que se preocupam...

Aí...
"Revisam", oras!   :P  >:(

Ou dizem...
"Tem marcas do tempo..."   "Não funciona..."   "Mas uma limpeza deve resolver..."

Tudo mentira, Terta!


Sim.
Os mais "caros" sempre foram mais "caros"...
E podem usar as duas palavras entre as aspas aí acima com ambos os sentidos possíveis, tanto pode ser a primeira quanto a segunda,...
...e vice-versa.  8)

E este problema não afetas apenas os Seiko's.
Mas tantos outros que foram "populares" no passado, alguns sem muitos "brilhos" e outros com ouros.

E muitos destes últimos, tiveram suas caixas derretidas, quase como uma mera taça Jules Rimet.

O que é pior?

Alberto

Tiago SP

Nossa fico Assustado com tudo isso, que li, sempre tive vontade de ter esse Seiko porem sei que é difícil de achar, e sinceramente, não saberia dizer o que é um preço justo por um relógio deste

Sou novo não posso dizer com era antigamente, porem hoje em dia é difícil demais achar RELOJOEIRO, porque trocador e bateria e pulseira ta cheio por ai!!! por isso fico encantado e empolgado, com o pessoal que aprendeu a mexer nos relogios, pelo forum!! claro com as dicas e conselhos, dos mestres que aqui tem.

Um dia acho um deste seiko só não vou saber se o preço é justo!!!

Abraço

Tiago



Murilo

Citação de: Schütz online 22 Agosto 2013 às 09:14:32
Eu tenho um 6309-7040 que tenho até medo do que vai sair de dentro se abrir a caixa. rsrsrsrs... Mas eu sabia o que estava fazendo, não esperava nada dele, comprei pq acho a caixa cushion dele bacana demais, qq dia crio coragem e compro um tsunami para mim.


Lindo esse 6309, Schutz! :-*
Mas, na boa, pelo que eu tenho visto é recomendável mesmo muito cuidado ao abrir o fundo... ;D
Eu já tive um tsunami...é bacana e tal, mas não substitui o original. :-\

TUZ40

#13
Vlw Murilo, eu gosto muito dele, tanto que até a pulseira que comprei para acompanhar custou mais caro do que ele. ;D



Porque não gostou do Tsunami? Parece bem construído.
"All your base are belong to us"

#14
Tenho um Tsunami e já tive outro antes, vendido por achar que ter os dois era demais...

Schütz, teu irmão pegou na mão o primeiro que comprei (aliás, graças ao Chris foi o primeiro que chegou ao Brasil...) e ele tem uma excelente qualidade construtiva.

Gosto bastante do relógio, pois ele aguenta qualquer desaforo sem perder a linha. Já usei e abusei do relógio, que é estupidamente resistente.

O Jake, sucessor do criador do Tsunami (Noah Fuller) está lançando mais um relógio em homenagem a um outro Seiko de respeito (vise link abaixo) que também pretendo adquirir.

Nesse link ele comenta qual é sua idéia em relação ao relógio, e vale a pena dar uma lida.



http://wornandwound.com/2013/08/12/interview-with-jake-b-of-dagaz-watches/
Marcos  Sá

"prefiro a crítica que me corrige ao elogio que me corrompe" -Maquiavel

Marcos David

Também concordo em partes com as impressões do Adriano e do Alberto.

Mas se a impressão era que fazia gambiarra quem quisesse, já que à época era fácil de encontrar peças, por outro lado naquela época não havia tanto acesso à informação.

É lógico que o fator cultural e de falta de informação não é desculpa, mas antigamente a facilidade de encontrar tudo ao alcançe de um mouse ou tab, acesso a lojas virtuais de todo o mundo, debates como esses que travamos aqui e a possibilidade de ouvir relatos de colegas experientes da relojoaria, é um fator que deve ser considerado.

Claro que um dos jeitinhos brasileiros é a gambiarra.
Quem nunca fez uma gambiarra, seja em qualquer área (a não ser que não lembre  ;D), que atire a primeira pedra.

Mas há áreas de mais expertise, como a relojoaria e outras, onde não deve-se tolerar esse tipo de 'adaptação técnica'.
Mas quem disse que os 'relojeiros' sabiam ou sabem hoje em dia. Só que hoje não há mais desculpas...  :-X

E digo mais, quem se denomina profissional não deve fazer gambiarras não profissionais...  ;D ;D ;D

Mas é claro que isso também é impressão minha.

Abraços.
"O mundo intriga-me. Não posso imaginar que este relógio exista e não haja relojoeiro." ― William Paley

TUZ40

Eu li a entrevista esta semana mesmo, mas agradeço pela indicação Sá. Seu relato confirmou o que eu já imaginava, o Tsunami é uma boa aquisição, qualquer dia pinta um aqui na caixinha.
"All your base are belong to us"

Alberto Ferreira

Pois é...
As "gambiarras".

Apenas mais uma colocação.
Digamos, mais uma "vertente" a ser ponderada (refletida) sobre o tema

No meu entender, a questão nem é tanto "apelar" para uma gambiarra...
A la Mcgyver...  Ou faz ou morre.  ;)

O problema é "vendê-la" como serviço profissional.

Alberto

FALCO

Citação de: Alberto Ferreira online 21 Agosto 2013 às 18:24:12...
A "culpa" disso, se é que podemos chamar assim, são os próprios donos, que fazem revisão de "dezmirrés", em qualquer canto...
...
E dos "relojoeiros", daqueles "cantos", que "não tão nem aí" e acham que, pelo que cobram, fazer uma "revisão" é introduzir qualquer "gambiarra" que deixe a coisa funcionando, sempre apostando que o dono não saiba...   Ou que não queira nem saber.
...

Cito o Alberto pois acho que a culpa, no final, sempre é do dono, ainda que seja por ir em relojoeiro ruim, mesmo sem sabê-lo. Falhou na sua pesquisa...
Eu, talvez por sorte, tenho todos meus relógios fotografados e muito bem "catalogados" e já tive, em uma oportunidade, que ir ao "relojoeiro" munido de fotos impressas em tamanho A4 para provar que as peças que estavam no meu relógio, depois do serviço feito, NÃO ERAM as originais que estavam quando pedi o conserto. Claro que, ao telefone, o relojoeiro negou, disse que era impossível, isto não existia e eu estava me confundindo. Ao vivo, diante das fotos, o discurso mudo para o foi a forma de fazer funcionar, foi o possível para salvar a "peça" e etc. No final as "trocas" foram desfeitas (minhas partes estavam conveniente separadas, em uma caixinha), um pedido de desculpa feito (afinal o "se colar colou" não colou") eu levei em outro relojoeiro que resolveu o problema por menos da metade do orçamento original.

Sobre os diver's  Seiko, sua vantagem é que são raras as partes que não estão disponíveis, sejam originais ou de reposição para eventual manutenção. Pelo que vejo, é muito mais comum a falha na manutenção, no sentido do serviço não ou mal executado. Raramente um relógio deste está condenado ou terá sua recuperação cara. Muito diferente de um crono da mesma marca.
FRM: contra argumentos, não há fatos !!!

Murilo

O fato de cada vez serem mais raros os profissionais relojoeiros de verdade é o que mais me desanima a manter e ampliar a coleção...
Já vendi relógios raros por falta de saco de lidar com os relojoeiros, polidores, torneiros, ourives, atravessadores, chineses etc etc etc...

Um caso, dentre outros, ilustra bem o que acabei de falar.
Um relojoeiro de outro estado me devolveu um serviço por SEDEX e me apresentou a fatura. Já havia feitos vários serviços com ele. Como ele nunca conferia se eu de fato depositava os honorários (sempre perguntei se havia creditado e ele respondia que não tinha conferido ::)) eu resolvi colocar a grana em um envelope e mandar por SEDEX junto com a nova leva de relógios.
Uns 45/60 dias depois que mandei resolvi ligar para saber como andava o serviço e se algum já tinha ficado pronto.
Comecei a falar e o relojoeiro, sem saída, teve que confessar que sequer havia aberto o SEDEX ainda...
Eles não controlam o PAGAMENTO dos serviços...que dirá as outras inúmeras variáveis que permeiam o serviço profissional de verdade. :-[