Esse é um assunto relativamente controverso, até porque não há definição, digamos, registrada, para ambos os termos. Mas o que se costuma convir, e que eu convenho também, é que, conforme dito, é que carrossel é um tipo de turbilhão, que se difere do turbilhão voador, e que a diferença está na maneira como a força chega ao escapamento.
A diferença básica é que, no turbilhão voador, a quarta roda é fixa. Ela não se mexe, e apenas o escapamento (roda de escape, âncora e balanço) é que giram, isoladamente, em torno dela.
No carrossel você tem todo um conjunto, com parte maior ou menor da rodagem, além do escapamento, rodando junto. Você daí tem uma roda grande, da gaiola, onde tudo vai montado dentro dela, e o que estiver contido ali, vai girar. Você pode ter carrossel simples que além do escapamento, terá a quarta roda girando junto, até ter toda a rodagem girando junto, como ocorre com um UN Freak ou um Swatch Diaphane One.
A questão é, denovo, de denominação. No meio, e entre especialistas e fabricantes, o que se considera é que aquela minha primeira definição de turbilhão aplica-se exclusivamente ao turbilhão voador. A maioria das pessoas chama simplesmente de turbilhão o que na verdade é um carrossel do mais simples que há, que inclui o escapamento e a quarta roda. O fato, aqui meramente semântico e não técnico, é que, se o escapamento gira, é um turbilhão. Ponto. Se ele tem uma roda grande que gira toda a gaiola, é um carrossel, e logo não pode ser um turbilhão voador. Mas mesmo com carrossel, todo mundo chama de turbilhão simplesmente. Então entendo que é um turbilhão com carrossel, digamos assim.
Não são coisas opostas, nem diferentes.
Agora, o que é melhor? O efeito é o mesmo. Quanto à precisão, mesma coisa. Girando, o efeito é o mesmo. Ocorre que o turbilhão voador consome menos energia. O carrossel é bem mais "pesado", com mais rodas, mais elementos, e pode exigir muita energia para funcionar. Isso não é necessariamente um problema. Se precisa de mais energia, bota mais corda. O Swatch Diaphane One tem três tambores de corda, com 50 ou 60 horas de reserva de marcha (não lembro agora). Sem problemas. Mas, se espaço, espessura, for um elemento definido no projeto, aí complica ficar simplesmente usando mais cordas.
E por fim, esteticamente, o turbilhão voador é mais elegante. Pelo menos eu acho.
Bem, esse é o entendimento que eu tenho HOJE sobre esse assunto. Como tem muita discussão sobre isso, sabe-se lá se amanhã não me convenço de outra hipótese.
Abraços!
Adriano