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Belo texto, Flávio!

É impressionante como esses homens da Idade Moderna eram inteligentes e criativos. Apesar de já existir um conhecimento científico considerável sobre mecânica na época em que o Antide Janvier teve a ideia do pêndulo duplo, não havia - que eu saiba - muito conhecimento sobre ondas sonoras, de modo que ele inventou algo baseado em uma ideia que só seria provada 2 séculos depois!
Penso que as maiores invenções da humanidade são justamente essas que partem de um conhecimento ainda não tão desenvolvido e que muito tempo depois são avalizadas com o conhecimento mais avançado. 

Tinha, a Waltham. E a marca fez um lobby fortíssimo para não quebrar, mas de nada adiantou. A história da marca pode ser lida no meu texto aqui:

https://relogiosmecanicos.com.br/curiosidades/o-sistema-americano-de-manufatura/

Interessante o texto sobre o sistema de manufatura estadunidense. Tinha esquecido dessa marca.

Excelente texto, Flávio!

Só não ficou muito claro pra mim por que os EUA, nos anos 50, sobretaxaram os relógios suíços, indo de encontro a uma política de redução de barreiras comerciais da época. Os EUA tinham alguma empresa forte de relógios nesse período? Lembro da Timex (que não é lá essas coisas) e da Hamilton, que nem sei se ainda era dos EUA. Ou o presidente já era o Trump? kkkk

E que estrago que a Seiko fez, hein? Nunca canso de me impressionar com os japoneses.

Gosto das duas marcas, mas acho que a Mido tem modelos mais interessantes, com desenhos mais originais.

O amigo Enéias falou "marcas de entrada" e, de fato, são assim consideradas. Porém, de entrada pra quem? Com certeza, não é pra quem ganha menos de 10 mil reais furados por mês,  a não ser que o sujeito seja maluco de comprometer o orçamento pra ter um relógio suíço.
O fato é que relógio suíço não é item de consumo pro brasileiro comum.
Como o Flávio falou, a nossa moeda não vale nada. Se relógio suíço em qualquer lugar já não é algo barato, no Brasil torna-se - mesmo sendo "de entrada" - artigo de luxo! Aqui a "entrada" é proibida!
PS: falamos aqui sobre os suíços, mas alguns japoneses também já não são tão acessíveis.

Prezados foristas, boa noite.
 Gostaria da opinião de vocês que têm experiência prática com chaves para abrir fundo de relógio para me indicar um modelo que seja mais fácil de usar para um leigo/iniciante. Não tenho o dom para manutenção , apenas quero poder trocar pilhas de relógios velhos que tenho aqui parados.
 Achei três modelos:

 

Eu comprei uma chave daquelas que dão pra ajustar a largura e trocar as ponteiras. Consegui abrir um Seiko automático sem marcar, mas ao tentar abrir um Citizen (um eco drive de 9 anos), não consegui abrir e ainda risquei o fundo - mesmo tomando o cuidado de proteger com plástico.

Cheguei à conclusão que - como o Flávio falou - só não risca o fundo aquele tipo de chave que tem uma base e um volante. Mas é bem mais cara.

Não curti. Não acho legal reedição a quartzo de relógios mecânicos. Se quer fazer reedição, tem que fazer direito!

O mundo do consumo é bastante previsível: Rolex sempre na frente porque a maior parte dos consumidores gosta mesmo é da exibição, e Rolex provavelmente é a marca que as pessoas em geral mais associam ao luxo em matéria de relógios.
Acredito, sinceramente,  que a minoria dos possuidores de Rolex têm o perfil de entusiasta de relojoaria.

E o que dizer da Richard Mille? Sucesso advindo do marketing promovido pelo futebol? Ou seria o mesmo motivo dos consumidores (os não entusiastas, que fique claro) da Rolex?
Mesmo que fosse rico, honestamente, eu não teria nenhum relógio da marca. Pra mim, RM é o outro nome de mau gosto.

PS: se dinheiro tivesse, teria pelo menos dois Rolex, pois acho a marca fantástica, embora não seja a minha favorita.

E os japoneses Citizen 7804 e o Seiko 3700 têm alguma importância nesse contexto? Ou também não passam de rodapés na história da relojoaria?

Muito bonito,  Hélio! Obrigado por postar.

Valeu, Flávio e Hélio.

De fato, é fascinante, Hélio!

Vc tem fotos do seu?

Mesmo com esse emaranhado de fios, o movimento é bem bonito. E o relógio também é muito bonito.
Em qual frequência vibrava o cristal de quartzo desse movimento? E onde ficava a bateria? Não consegui localizar.

Impressionante! Nunca tinha ouvido falar.

Dá a impressão que o universo da relojoaria é infinito.

Vi que a Vostok tem uma loja oficial.
Mas por aqui os bichos sumiram mesmo.

Dia desses, olhando bugigangas no Aliexpress, vi um relógio Vostok de um modelo que nunca havia visto. Achei muito estranho, a começar pela descrição, em que constava "design alemão". Numa das fotos o movimento exposto era um myota da série 8200. Deduzo que seja uma falsificação,  pois até onde sei a Vostok tem seus movimentos in house.
Resolvi procurar os verdadeiros, mas é meio complicado encontrar coisas originais no Aliexpress. Há uns que parecem legítimos, daqueles modelos típicos, como Anphibia e Komandirskie, mas quem vai saber!

Alguém sabe onde foram parar os verdadeiros boctoks?

Kkkkkkkk
"Um pesadelo de 49,5 mm"
"Bad trip de ácido"

Esse Flávio é uma figura.

Arrumei a foto da patente do troço, muito embora não tenha parado para pensar ]

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Parece bem complicado. Tentei entender,  mas não tenho bagagem pra isso.

Na verdade só gira

Enviado de meu SM-A528B usando o Tapatalk

Entendi. Valeu, Flávio.

Hmm, interessante. Então, se entendi bem a imagem,  a coroa acoplada ao bezel não se move em círculo, mas somente como uma coroa normal, no caso pra cima e pra baixo. E o bezel, portanto,  não tem contato direto com o movimento,  mas apenas com uma espécie de alavanca que posiciona a coroa pra cima e pra baixo.
Estou certo?

Olá pessoas, saudações.

Dia desses vi um vídeo do Leandro (GMT-3) sobre os ajustes do Rolex Sky Dweller - aliás,  o modelo mais bonito e interessante da Rolex, na minha humilde opinião.
Como sabem, os ajustes são feitos pela coroa em conjunto com o bezel.
Pensei então: como é feita a vedação da parte superior do relógio,  se o bezel gira e - pelo menos eu suponho - tem contato com o movimento?
A coroa é rosqueada e vedada, evidentemente. Mas como se veda o bezel nesse caso?

Eu não sei se eu mudei ou o mercado mudou mas, apesar de manter-me "afiado" em relojoaria até hoje, em virtude das leituras, eu sinceramente acho o hobby em si "pior" hoje do que antes. Tudo bem que o alcance é maior, as possibilidades de escolha maiores mas... Eu sei lá, eu comparo o mercado atual e o hobby "relojoaria" com o mercado fonográfico. Eu peguei, por exemplo, a era dos vinis, CDs, MP3 e hoje streaming. Na era dos CDs, era difícil comprar, era caro (relativamente, pois peguei muita coisa na época do dólar um para um), mas justamente porque era difícil, você ouvia milhares de vezes o mesmo álbum, lia de capa a capa os encartes, sabia a mesa de som que o cara usara, a guitarra, o caralho a 4. Hoje? Hoje você pode ter TODOS OS ÁLBUNS do mundo ao alcance das mãos e, falando por mim, acabo não ouvindo nada novo e, quando ouço, não presto atenção em nada e pulo faixas a dar com o pau: tudo que é fácil demais você não dá valor.

Na relojoaria do passado, o número de hobbistas era menor, mas a maioria era nerd e curtia o lance, não preponderantemente, mas com foco nisso, no nerd da coisa. Basta pesquisar as discussões dos anos 2000 aqui mesmo do fórum. Falando especificamente sobre nós, brasileiros, ainda havia uma questão: relógios não eram barato, mas acessíveis. Eu, por exemplo, com salário de estagiário, rodava de Longines, Cricket e Omega. Hoje? Uma porra de um Rolex de entrada custa 50 mil reais, algo inimaginável para a classe média baixa e questionável para a classe média


Flávio

Eu ia responder,  mas o Flávio já falou e disse tudo o que penso na resposta dele.
Só um acréscimo: esse é o melhor tempo pra ser entusiasta sim, se gastar muito dinheiro não for nenhum problema pra o sujeito.