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O que um bom "relojoeiro" é capaz de fazer (cuidado: imagens perturbadoras)

Iniciado por Adriano, 29 Janeiro 2013 às 18:43:53

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vinniearques

Citação de: Paulistano online 31 Janeiro 2013 às 08:17:42
realmente não consegui deonstrar meu ponto de vista....devo ter desaprendido a escrever...
gentem, VCS SABEM SE ESTE RELÓGIO FOI SIMPLESMENTE DADO AO RELOJOEIRO?
VCS CONHECEM A HISTÓRIA POR TRÁS DESSE RELÓGIO?
VCS SABEM SE O CARA QUE O LEVOU À WT ERA REALMENTE O DONO?

ISSO FAZ TODA DIFERENÇA NA HORA DE AVALIARMOS SE O SERVIÇO FOI OU NÃO FEITO DENTRO DAS POSSIBILIDADES EXISTENTES.

não pode ser tão difícil o entendimento do meu ponto de vista.....

enfim, não vou mais me manifestar sobre isso. cansei.
fiquem com a visão restrita de que o cara é um montro lambão, que o pobre dono foi enganado e que o reloginho de PT por causa do trabalho que foi feito pelo relojoeiro.......com todo respeito: que visão restrita.

abraços e ótimo dia a todos.

Gente o Paulistano que fez isso ai, não leram as entrelinhas não????

hauhauhuahuahuahuahuahuahuahuahuhauahuhauhauhauhauhauhauhauhauhauhau

Brincadeira, sei bem como es um bom relojoeiro, foi só pra descontrair!

DonPepe

Paulistano,

Vc, como de costume, escreveu e expressou muito bem seu ponto de vista! No meu caso eu apenas não concordo com ele  ;) mas respeito!!  ;D afinal, como bem disse um colega aqui no forum um dia desses: se todos pensassem igual o mundo seria um chato demais :)

Abs!

jfestrelabr

Calma meninas, Paulistano, não vejo o Sr se manifestar assim desde o ultimo topico criado pelo nosso amigo  ;D
Rolex ou Rolex.

Fórum Genérico, respostas genéricas.

igorschutz

"Eu amo meu cachorro, e quando ele morrer, vou empalha-lo, para ficarmos para sempre juntos, afinal, ele tem muito valor sentimental pra mim."

Pra mim, foi isso que aconteceu com esse relógio.
Opinião é como bunda: todos têm a sua. Você dá se quiser.
Opinião é como bunda: você dá a sua e eu meto o pau.

NÃO ACREDITE NO QUE 'FALAM' AQUI, ESTUDE BEM E TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES


shun

Citação de: igorschutz online 31 Janeiro 2013 às 09:19:18
"Eu amo meu cachorro, e quando ele morrer, vou empalha-lo, para ficarmos para sempre juntos, afinal, ele tem muito valor sentimental pra mim."

Pra mim, foi isso que aconteceu com esse relógio.
http://www.youtube.com/watch?v=AQ_dfyUBwSQ

Noo, just chuck testa!

vinniearques

Citação de: shun online 31 Janeiro 2013 às 10:01:31
Citação de: igorschutz online 31 Janeiro 2013 às 09:19:18
"Eu amo meu cachorro, e quando ele morrer, vou empalha-lo, para ficarmos para sempre juntos, afinal, ele tem muito valor sentimental pra mim."

Pra mim, foi isso que aconteceu com esse relógio.
http://www.youtube.com/watch?v=AQ_dfyUBwSQ

Noo, just chuck testa!

hahuahuahuahuhauhauhuahuahuhauhauhuahuahuhauhauhaua

rpaoliello

Caros;

Concordo com o que o Paulistano disse, que não sabemos nem mesmo as condições do relógio antes, nem mesmo as condições do relojoeiro que fez o reparo no relógio.

Agora a passagem citada pelo Flávio, do De Carle, livro este que li inteiro, e o recomendo serve para qualquer área, as 14 regrinhas sobre um "bom trabalho". Mas antes desta passagem e citando o dito pelo Paulistano que não é fácil fazer uma peça nova, o próprio De Carle dia pág. 163, no título "Making New Parts" afirma:

"(...) Watchmaking, as we know it to-day, can be classified into three categories: 1.) To be able to examine and clean a watch well. 2.) To be able to fit a new balance spring and time and adjust it for temperature and positions. 3.) To be able to file and turne well, to make new parts equal to the original.


E enfatiza:

"The man who can combine al three of these accomplishments is a most valuable aquisitions to any workshop. The man who is able to fill any one in a really frist-class manner can be classed as a first-class craftsman. It is well worth while all three and, of there, making new parts need s the most pratice and perhaps the most dificult. Such work may be dificult to some, while on the other hand making new parts comes easy and and is a pleasure to others. For general work the third category is not much use without the first. In some workshops it may be possible to segregate the work, but from the man's point of view it is far better to be a good all-ground craftsman rather than a specialist. He can then command a good position anywhere and in any part of the world."

Então estamos com a falta do profissional n.° 3!!!!

Desde que li este livro tenho refletido um pouco sobre a questão de fazer novas peças. Seria muito difícil, salvo raras exceções acho que não existem muitas peças dificílimas de serem feitas (com poucos equipamentos).

Agora o que vejo em muitos relojoeiros aqui em São Paulo é o seguinte não sabem nada de ajustar (ajuste necânico de peças) nada de torniar e muito menos de fresar. Vejo que são pucos profissionais que se aventuram a fazer um mísero aro. Digo isto porque precisei fazer uma arinho de latão para um chrono meu e foi difícil conseguir um que fizesse, ao ponto de pensar em fazer. Talvez tenhamos este défict por causa da falta de indústria neste ramo aqui no Brasil.

Mas voltando ao relógio, mesmo sem ver as condições anteriores do mesmo parece ter sido uma atrocidade, embora concorde com o Paulistano que não vimos as condições anteriores do relógio, do orçamento do dono e das condições do próprio relojoeiro. A visão retrospectiva é fáceil já a prospectiva...

Mas tenho de concordar com o Flávio no ponto em que afirma que dá para fazer de um modo diferente isto dá, com a confecção de peças novas, nos mesmos parâmetros das originais. Desculpe-me Paulistano por discordar, sei que faz um ótimo pelo trabalho pelo que nos já apresentou, mas as peças não acredito que sejam difíceis tecnicamente de refazer. Isto para uma pessoa que saiba um pouco de engenharia mecânica e de usar máquinas como tornos, fresas, retíficas, pantógrafos, e o essencial de limar, ajustar. Ou seja, um pouco de mexer com criação, talvez o "watchmaking" propriamente dito.

Mas para isto teríamos de mudar um posuco as idéias. Antigamente era cultuado saber pelo menos usar umas ferramentas básicas e fazer pequenos reparos, lembram-se das revistinhas "Mecânica Poular"?  Hoje tem cara que não sabe nem pegar numa chave, veja o "relojoeiro" que exibiu seu trabalho como mostrado no outro tópico, tem cara que não é nem o n.° 1 nem o n.° 2 como idealizado pelo De Carle e desmonta um Rolex 3135 !!!! 

Bom é o que penso.

Um abraço

Renato





flávio

Concordo em parte com o que disse. Na verdade, é sim muito difícil construir determinadas peças e, mesmo no passado, reparo com reconstrução de peças era feito conforme um critério de custo benefício.

O problema atual, como ressaltei, é que não há mais acesso às peças pelos independentes. No Brasil as fábricas ainda podem argumentar que não há certificação alguma para os relojoeiros e, assim, não seria razoável enviar peças para quem não sabe o que iria fazer com elas. No resto do mundo, porém, o curso de relojoaria tem certificação e os relojoerios tem encontrado vários empecilhos por parte das fábricas, que não lhes enviam peças de reposição para reparos, mesmo o cara tendo se formado no WOSTEP (que, diga-se, ninguém no Brasil possui, pelo menu conhecimento).

Na Austrália, a título de exemplo, a questão está sendo analisada pelo poder Judiciário de lá. Aqui, se a questão chegasse ao Judiciário, nos moldes de lá, as empresas perderiam. Digo isso porque ninguém - a exemplo dos automóveis - está obrigado a sempre levar seu carro para revisões em autorizadas; por outro lado, os não autorizados devem ter acesso às peças de reposição, sob pena de ser criado um monopólio indesejado e, também, impedir-se o exercício correto de uma profissão.

Portanto, mesmo no passado era raro algum relojoeiro fabricar peças, sobretudo as complexas, até mesmo porque era muito mais fácil obtê-la do fabricante. Não vale a pena, numa equação custo benefício, perder dias de trabalho para copiar uma roda, sobretudo num relógio feito em massa como os que vemos atualmente.

O que quis ressaltar é que em qualquer profissão existe um padrão correto de exercício. Existem maus promotores de justiça, lambões? Existem. Existem juízes lambões? Claro. Essa não é a questão. A questão é que o serviço porco é porco sob qualquer ângulo que se olhe.

No caso mostrado, qualquer pessoa percebe que o que foi feito não está correto. Se o movimento tivesse derretido dentro da caixa com ácido, a obrigação do cara, qualquer pessoa, seria procurar um movimento igual. A Omega não fornece? Comprasse um Valjoux 7750 de mesmo padrão. Também não é possível? É... Entre os 15 a 20 anos de idade, figurei entre os 10 melhores ciclistas de Minas Gerais (tenho 36 anos de idade hoje). Em 2006 comprei duas bikes novamente, depois de 10 anos parado, e voltei a pedalar. Mesmo treinando um ano e meio, não conseguia acompanhar o povo nas retas (nas subidas e descidas, principalmente, até que sim, porque brasiliense não sabe descer! hahahah). Treinei, treinei e percebi que não podia ser como antes. O que fiz? Viola na sacola e abandonei tudo. Flávio e suas histórias... O que isso tem a ver? Cada um vai até o limite de sua competência e deve saber qual é o limite. Neste ponto concordo com seu post. Se eu fosse o relojoeiro do caso e o relógio tivesse sido me apresentado, depois de estar há 5 anos afundado junto com o Titanic, pensaria: COMO É POSSÍVEL LEVÁ-LO AO MAIS PRÓXIMO DO ORIGINAL? Resposta. Trocando movimento. Não consigo. Passaria para o ponto seguinte. Fabricando um novo movimento. Isso vale a pena? Isso é possível? Não. Colocaria, então, minha viola na sacola, reduzir-se-ia à minha insiginificância e diria ao "cliente": não posso repará-lo. Não tenho competência para isso.

Flávio

Paulistano

agora sim....temos discordâncias respeitáveis.
obrigado pelos comentários (Flávio e Renato). respeito a opinião de vcs.
de qualquer forma, gostaria de saber a história do relógio...quem sabe um dia...
grande abraço a todos.

flávio

Sobre o monopólio das empresas e a reclamação formal feita à câmara de comércio da Austrália:

http://www.theaustralian.com.au/news/nation/rolex-insists-parts-ban-is-about-quality-not-monopoly/story-e6frg6nf-1226368723296


Pesquisando na net, sei que a associação americana fez ou pretende fazer o mesmo.


Flávio

GuilhermeLago

É... esse é um grande problema aqui em nosso país. Muitas vezes compreensível, lembrando que durante muitos anos as importações eram simplesmente proibidas e, ainda hoje são tão caras, que a tentação pelo "jeitinho" é grande.
Eu, pessoalmente, acabo preferindo deixar minhas peças sem restauração do que arriscar uma aberração dessas.
Infelizmente, a gente acaba achando muitos desses monstrinhos à venda por aí.
Ponteiros, acionadores e coroas erradas é que mais tem. Aí, vá lá, com um pouco de sorte e paciência você pode conseguir até recuperar a peça. Mas quando o "profissional" resolve restaurar o mostrador ou a máquina...
Esses dias vi um Girard Perregaux maravilhoso à venda no ML, porém, olhando de perto, vi que algum imbecil resolveu achar que poderia "retocar" os números na escala taquimétrica! Evidentemente, ficou um lixo! Parecia que tinha sido pintado com canetinha... Aí o vendedor fica ofendido se alguém fala que o que poderia valer alguns milhares passa a valer poucas centenas.

jobasa


      Sou obrigado a concordar com o Paulistano ( neste momento , posso  mudar depois , nunca se sabe) . Sem conhecer o histórico , fica difícil  ... mas sempre pode haver justificativa .

    James , o Bond ,  depois de uma porradaria fenomenal , cai de pára quedas ( este , para piorar quase não abriu) nos confins africanos e percebe que seu Seamaster  ( sim, nesta missão  específica lhe foi fornecido o modelo chrono ) f*deu quase tudo , ponsoirs, pulseira ,máquina,etc.o cara é bom de briga, os gadgets às vezes não . Se livra do pára quedas e olha em volta . Cansado físicamente e mentalmente. Depois de alguma procura encontra um Único "relojoeiro" numa daquelas barracas típicamente africanas de feira ( obs- nenhuma  descriminação aqui, bem entendido - muito menos Bond é discriminatório) . Sabemos que arranha em qualquer idioma, então pergunta se o cara pode dar um jeito no relógio. "Olha , não tenho o movimento original , mas tenho um 7740 que pode servir...o resto posso dar um jeito ". Não vai dar tempo de Q me enviar outro relógio, raciocina nosso herói. Ok , conserta enquanto acho um hotel e descanso ? " Of course !" Então mete ficha !
  O resto já sabemos , deu no que deu , mas o importante é que o nosso herói pôde continuar a missão (secreta, tanto é que ninguém sabe qual era) ,e com a ajuda do crono mal e mal cronografando salvou o mundo - tanto é estamos todos vivos . O Seamaster Chrono?    F*DA-SE , o importante é o mundo estar salvo !

     E foi assim..

   


Alberto Ferreira


igorschutz

Quem é vivo sempre aparece! Jojô na área, e bem no dia que o Clube da Melancolia foi ressuscitado!

...e tem gente que diz que Deus não existe!

Jojoca, me dá uma beijoca? Te lóvo, tá? Some não.
Opinião é como bunda: todos têm a sua. Você dá se quiser.
Opinião é como bunda: você dá a sua e eu meto o pau.

NÃO ACREDITE NO QUE 'FALAM' AQUI, ESTUDE BEM E TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES