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Relógios como obras de arte. O que acham?

Iniciado por igorschutz, 06 Maio 2009 às 15:46:07

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igorschutz

Amigos,

Por favor, vejam o link do ThePuritS abaixo e me digam: o que vocês acham de relógios como "telas" para artistas exporem seus sentimentos?

http://news.watchprosite.com/?show=forumpost&ti=517661&fi=112&s=0



Abraços,

Igor
Opinião é como bunda: todos têm a sua. Você dá se quiser.
Opinião é como bunda: você dá a sua e eu meto o pau.

NÃO ACREDITE NO QUE 'FALAM' AQUI, ESTUDE BEM E TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES

paulorocha

Gosto de pensar em mim mesmo como sendo um artista plástico. Não muito bom, é verdade, mas ainda assim, um artista...

Olhando para este relógio com olhos meramente de artista, posso dizer que, na minha opinião (pessoal e intransferível...) o mostrador é belíssimo, e o movimento é grotesco...

Este movimento me lembrou das obras do Dadaísmo, que absolutamente não aprecio. É uma forma válida de arte, mas realmente não faz minha cabeça.

Porém, se ao invés de fraturas e ligamentos estilizados, fossem feitas distorções como se as plátinas estivessem derretendo ou deformando, criando uma obra voltada para o surrealismo, ai sim, creio que ficaria fantástico!





Um abraço
Um grande abraço

Paulo Rocha

igorschutz

Citação de: paulorocha online 06 Maio 2009 às 16:05:30
Porém, se ao invés de fraturas e ligamentos estilizados, fossem feitas distorções como se as plátinas estivessem derretendo ou deformando, criando uma obra voltada para o surrealismo, ai sim, creio que ficaria fantástico!

E algo assim: http://ahci.watchprosite.com/show-forumpost/fi-16/pi-3088636/ti-511541/s-0/?

Abraços,

Igor
Opinião é como bunda: todos têm a sua. Você dá se quiser.
Opinião é como bunda: você dá a sua e eu meto o pau.

NÃO ACREDITE NO QUE 'FALAM' AQUI, ESTUDE BEM E TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES

Alberto Ferreira

#3
Salve!

Putz!
Eu acho legal!

E digo mais,...
Sem querer ser "pedante",... Eu até já havia pensado em algo um pouco nessa linha.

A minha idéia tomou força após aquele "papo" com o Nilo, onde ele falava de produtos "no-logo", ou seja, algo (um carro, relógio, móvel, o que for,...) sem a presença de uma marca, visível, óbvia, brilhante, chamativa,...
Ou seja, abdicar disso e, de certa forma, pensar na "arte" pela arte, sem rótulos.

Essa coisa ficou, e ainda está, na minha cabeça.  ::)

Algo assim,...
A peça é minha, eu a adquiri, certo?
Por que então eu terei que carregar para sempre uma imagem (fazendo "merchandising"  ;)  ;D) do fabricante?

Não me entendam mal,...
Eu não estou propondo uma "rebelião" ou um puro e simples "não" radical às marcas comerciais.
Não é isso. Longe disso.
Eu aceito o valor delas e me identifico (como a maioria de nós) com elas, portanto, não é bem isso.

Mas porque não usar o meu relógio para passar a minha mensagem pessoal.
Seja ela um quadro ou (como eu imaginei, mas não vou contar  ;D) outra forma de "expressão artística".
;)

Abraços a todos!
8)

paulorocha

Citação de: igorschutz online 06 Maio 2009 às 16:09:57
Citação de: paulorocha online 06 Maio 2009 às 16:05:30
Porém, se ao invés de fraturas e ligamentos estilizados, fossem feitas distorções como se as plátinas estivessem derretendo ou deformando, criando uma obra voltada para o surrealismo, ai sim, creio que ficaria fantástico!

E algo assim: http://ahci.watchprosite.com/show-forumpost/fi-16/pi-3088636/ti-511541/s-0/?

Abraços,

Igor

Sim Igor! ESTE movimento realmente me deixou sem fôlego! Maravilhoso!

A foto mostrando o processo de gravação a buril é um detalhe digno de nota.




Alberto, sou da mesma opinião que você, tanto que tenho dois projetos indo neste sentido.





Um grande abraço
Um grande abraço

Paulo Rocha

Wadley



Belíssimo.

No entanto, qual o preço do mimo ?

Wadley
Wadley

Enéias

Prendendo-me ao título do tópico eu digo que relógios como obras de arte são o complemento essencial para essa paixão que temos.

Gosto de pensar assim. É como se eu tivesse obras de arte que medem o tempo...

:)

O Cara

Gostei de ambas as peças.

Eu gosto de coisas que saem do comum e tenho um apego por esse tipo de arte "destrutiva", beirando o caos.
Um abraço
Fábio

igorschutz

Citação de: Enéias online 06 Maio 2009 às 18:52:56
Prendendo-me ao título do tópico eu digo que relógios como obras de arte são o complemento essencial para essa paixão que temos.

E sem se prender ao título, o que você acha de relógios como os mostrados? :D

Porque, sem querer desmerecer os seus relógios meu amigo Enéias, ou então os relógios de qualquer outro colega, não considero obra de arte estes relógios feitos aos milhares anualmente como o que vemos em nosso dia a dia.
Poxa, considerar um ETA 7750 da vida como "obra de arte" é vulgarizar o termo, não? :-\

Abraços,

Igor
Opinião é como bunda: todos têm a sua. Você dá se quiser.
Opinião é como bunda: você dá a sua e eu meto o pau.

NÃO ACREDITE NO QUE 'FALAM' AQUI, ESTUDE BEM E TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES

HumbertoReis

Ao ser encarado como uma jóia, natural pensar no relógio como expressão de arte. Mas...

O desenho, a combinação cuidadosa de cores entre o mostrador, a caixa e a pulseira, os ponteiros azuis em relógios claros (como o Ulysse Nardin MaxiMarine ou o IWC Portuguese abaixo, com ponteiros e pulseira na cor azul) não seria a expressão máxima da arte em relojoaria?



Minha concepção de arte relojoeira se aproxima com a apresentada no tópico criado pelo Adriano 'Novo crono automático - ETA C01.211 ', no qual o amigo IgorSchutz mostra-nos uma foto de um movimento novo com roda de colunas (abaixo).



Por vezes entendemos melhor o contexto da discussão quando extrapolamos o tema para outro segmento não relacionado diretamente ao que debatemos. Sendo assim, quando pensamos em arte automotiva, lembramos com certa facilidade nos carros desenhados por Pininfarina. Ou deveríamos nos recordar de um fusca pintado por um artista? Ou daquele gol que teve peças de seu motor trocado por outras de alumínio e aço escovado e por cabos de vela de cor amarela?

O tema aberto pelo Igor pode render muito pano pra manga, a depender da comcepção de cada um. No meu caso, o extremo de arte em relógio (que difere de arte relojoeira, pra mim) atinge seu limite no Vacheron Constantin abaixo:





Alberto Ferreira

Salve!

Certo!

De fato, a concepção do termo arte, aqui, pode mesmo ser de uma forma ou de outra.

Num caso, estaria a arte dos criadores e construtores de um complexo movimento, eventualmente acrescida da arte dos artesãos que participam da sua "decoração" (palavra aqui inapropriada, mas eu não encontrei uma melhor  :-\).

No outro, a arte de usar um relógio, como um todo ou em parte, para nele (ou, digamos, sobre ele..., com ele,...) expressar algum sentimento artístico, ou pessoal.

Esta é a visão que eu tentei comentar na minha mensagem anterior.

Guardadas todas as limitações possíveis, e sem me considerar um artista - pois não sou, eu estou pensando em "suprimir" (todas) as marcas comerciais e substituí-las por algo que me diga (ou diga a quem vê) algo, numa visão pessoal minha.

Mas, como disse o amigo Humberto, o assunto em si pode, e deve, "render muito pano pra mangas" mesmo.

Abraços a todos!
8)

O Cara

Eu ainda faria aí uma separação entre arte e design.

Arte é aquela expressão livre, sem compromisso com nada, já o design, tem compromisso com a usabilidade, com a estética etc.

Um artista por exemplo poderia pegar um relógio, entortar os ponteiros e cruzar um com o outro e ainda colocar o relógio para trabalhar. A força exercida, iria entortar ainda mais os ponteiros e poderia até causar algum dano em suas engrenagens. Mas não teria problemas, pois como falei, ele não tem compromisso com o funcionamento do relógio, ele está expressando o que sente naquele momento.

Já um designer, nunca poderia fazer isso porque ele tem o compromisso de manter o relógio funcionando. Ele até poderia entortar os ponteiros, mas de forma que o relógio não parasse de funcionar devido a isso.

Lógico que ambas as profissões e definições se cruzam em algum momento, um artista pode criar uma arte que tenha algum compromisso por exemplo, nada impede.

Dito isso, minha opinião é que os relógios fabricados em alguma escala (mesmo que seja pequena), inclusive os Vacheron Constantin citados, não são objetos de arte, pois possuem compromisso com a realidade de informar as horas. Podem ser muito bonitos e diferentes, mas não chegam a ser objetos de arte.

Agora um relógio totalmente personalizado e único, mesmo com o compromisso de informar as horas, pode vir a ser uma obra de arte.
Um abraço
Fábio

Adriano

Acho "nada a ver". Relógio para mim é uma expressão de engenhosidade humana. Não é expressão de arte e se as duas coisas se misturam, um pouco dos dois se perde.

Contudo considero ainda mostradores esmaltados algo fantástico. Mas não acho que a expressão artística em um relógio deva ir além disso. Claro, para o meu gosto.

Abraços!

Adriano

igorschutz

Citação de: Alberto Ferreira online 06 Maio 2009 às 22:54:02
No outro, a arte de usar um relógio, como um todo ou em parte, para nele (ou, digamos, sobre ele..., com ele,...) expressar algum sentimento artístico, ou pessoal.

Amigos,

Concordo que minha pergunta inicial pode ser lida sob várias facetas, mas minha intenção era questionar os relógios como arte no sentido exposto acima pelo Alberto.
Portanto, reformularei minha pergunta: o que os amigos acham de relógios como uma "tela" para que artistas se expressem?

Particularmente, eu gosto da idéia.

Abraços,

Igor
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paulorocha

Igor, eu acho totalmente válida a utilização de qualquer "substância" como forma de expressar a arte. E neste caso, mostradores de relógio são absolutamente válidos.

Porém, mais uma vez na minha opinião puramente pessoal, o objeto deixaria de ser um relógio para se tornar uma obra de arte. Boa ou ruim, não importa, mas obra de arte... E mesmo que ainda funcione como relógio.

No meu gosto pessoal, sempre tendo para as formas mais "refinadas" de arte, não entendendo este refinamento como algo elitista ou coisa do gênero. Estaria mais para a complexidade da técnica utilizada.

Assim, mesmo considerando como formas totalmente válidas de arte, não consigo me identificar com vertentes como o dadaísmo, cubismo ou fauvismo. Nesta última vertente, pode até mesmo parecer uma heresia, mas detesto os trabalhos de Matisse - parecem pinturas de uma criança...

Já algumas vertentes derivadas destes movimentos, como o surrealismo, que teve seu embrião justamente no dadaísmo, eu acho simplesmente fantástico!

Mas o que realmente eu gosto são dos trabalhos góticos e renascentistas, principalmente de Hyeronimus Bosch e Pieter Brueghel (tanto pai quanto filho).





Um abraço
Um grande abraço

Paulo Rocha

Enéias

Igor:

Os relógios apresentados são (digamos) arte em essência porque foram concebidos com o propósito de ir além do lugar comum e, de alguma forma, deixar, pelo artista, o seu traço. No que tange aos relógios usuais: digamos que a arte não está neles, que existem aos milhares, mas na concepção original, lá no passado quando foram criados.

Algo como "cópias autorizadas" de mestres como Miguel Ângelo... ;D


igorschutz

Citação de: Enéias online 07 Maio 2009 às 10:49:08
No que tange aos relógios usuais: digamos que a arte não está neles, que existem aos milhares, mas na concepção original, lá no passado quando foram criados.

Enéias,

Mesmo assim, será que dá para considerar projeto de um mecanismo como arte? Será que não é um certo exagero, só porque gostamos de relógios mecânicos?

O projeto de uma batedeira é arte? E de um motor de Fórmula 1? E o projeto de uma estrada, também seria?
Por fim, e o projeto de um relógio a quartzo, que é MUITO mais complexo que um relógio mecânico, é arte?

Abraços,

Igor
Opinião é como bunda: todos têm a sua. Você dá se quiser.
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Alberto Ferreira

#17
Salve!

Boa pergunta, Igor.

Mas,...
Os colegas da área Civil, Engenharia Civil, chamam as pontes e viadutos de,...
..."Obras de Arte".  8)


E antes que eles respondam  ;)  :D, eu vou tentar pôr os nossos amigos arquitetos na "roda",...  :D

Um projeto do Oscar Niemeyer, e tantos outros, é arte?  ::)



Eu, embora mecânico, acho que sim!
8)

Abraços?

O Cara

Na minha opinião, tudo que é feito numa linha de montagem, ou numa escala, mesmo com poucos modelos como os PP, não seia arte.

Arte pra mim tem o conceito de exclusividade, cada relógio teria um movimento único, um mostrador único, aí sim poderia pensar em considerá-lo arte.

Os projetos de arquitetura visto por esse prisma são sim obras de arte, pois são únicos (digo destes exemplos citados onde só existe um único exemplar do mesmo).
Um abraço
Fábio

Volante

Alberto, voce não pensa em fazer mostradores esmaltados com ceramica? Um abraço. Volante

Citação de: Alberto Ferreira online 06 Maio 2009 às 16:23:59
Salve!

Putz!
Eu acho legal!

E digo mais,...
Sem querer ser "pedante",... Eu até já havia pensado em algo um pouco nessa linha.

A minha idéia tomou força após aquele "papo" com o Nilo, onde ele falava de produtos "no-logo", ou seja, algo (um carro, relógio, móvel, o que for,...) sem a presença de uma marca, visível, óbvia, brilhante, chamativa,...
Ou seja, abdicar disso e, de certa forma, pensar na "arte" pela arte, sem rótulos.

Essa coisa ficou, e ainda está, na minha cabeça.  ::)

Algo assim,...
A peça é minha, eu a adquiri, certo?
Por que então eu terei que carregar para sempre uma imagem (fazendo "merchandising"  ;)  ;D) do fabricante?

Não me entendam mal,...
Eu não estou propondo uma "rebelião" ou um puro e simples "não" radical às marcas comerciais.
Não é isso. Longe disso.
Eu aceito o valor delas e me identifico (como a maioria de nós) com elas, portanto, não é bem isso.

Mas porque não usar o meu relógio para passar a minha mensagem pessoal.
Seja ela um quadro ou (como eu imaginei, mas não vou contar  ;D) outra forma de "expressão artística".
;)

Abraços a todos!
8)