Pois é...
E eu gosto de contar alguns...
E, hoje, meio nostálgico, lembrei deste, que até já contei aqui...
Foi mais ou menos assim...
Certa vez, lá na Praça da Sé, eu vi um Seiko vintage (daqueles com movimento 66) sendo vendido por um senhor de aspecto confiabilíssimo.
Ele parecia um professor, rotariano, aposentado. Ou talvez um velho Congregado Mariano...
Bom,...
Eu tive imediato interesse na caixa do relógio, que estava impecável - "near mint", boa mesmo, apesar do mostrador estar meio envelhecido.
Mas eu ia trocar a caixa com a do meu, que tinha desgastes nas asas, portanto, tudo bem,...
Eu perguntei quanto ele queria pelo relógio,...
Antes de responder, ele me contou uma longa história, que era do interior, que o relógio era dele há décadas, que ele mesmo revisava os seus relógios, etc.
Ok!
O relógio estava mesmo bonito (e funcionava, numa boa!), como o que eu queria mesmo era a caixa e o acrílico (original), eu topei sem nem abrir para ver o movimento (também, não havia como, ali...).
Pois bem, o tal velhinho, que parecia avô de alguém ou irmão da madre Tereza, se despediu, apertou a minha mão solenemente como novo e feliz proprietário da bela e rara peça e se foi.
Chegando em casa, ao abrir o relógio, eu tive que dar um "sorriso amarelo"...
Dentro da caixa, tinha a maior "gambiarra", com uma maquininha "safadinha" colada no mostrador e "presa" com um aro estranho, que parecia um clip dobrado.
Bem,...
O fato,...
Eu comprei o que eu vi, a caixa, e por esse lado fiquei satisfeito, mas passei algum tempo digerindo a "pernada" que o tal velhinho pilantra havia me dado.
Moral da história, há trambiqueiros vintage também!
E, pior, provavelmente com experiência de décadas...
Abraços!
Alberto
...
Entrou por uma porta e saiu pela outra... Quem quiser que conte outra!