PLIM-PLIM...
Momento cultural horológico...
Bem,...
Numa leitura analógica, a "visualização" é contínua
Ou seja, nós podemos ver um "deslocamento" e até estimar uma leitura (instantaneamente) intermediária.
Ou seja, a cada leitura nós vemos um valor sendo progressivamente mostrado (variando continuamente).
Em uma leitura digital isto não ocorre.
E nada pode ser visualizado entre as leituras...
Ou seja, num dado instante nós lemos um valor, que permanece até ser trocado por novo.
Portanto não dá para inferir leituras no intervalo entre elas.
...Na verdade é mecânico e analógico.
Os ponteiros foram apenas substituídos por discos, que em geral nós podemos ver se deslocando.
Alberto
Amigo Alberto! Então uma pergunta, que juro não ser retórica: essa é a definição de uma leitura analógica, ou em outras palavras, o que determina uma leitura ser analógica ou digital é a continuidade ou "instantaneidade" da visualização, e não a necessidade de se estabelecer uma analogia no analógico, ou a presença de dígitos no digital?
Pergunto pois me ocorreram duas coisas: e se um relógio de ponteiros possuir jumping seconds, jumping minutes e jumping hours, ele seria digital? Digamos que não, que ele é analógico, já que o ponteiro de segundos, apesar de saltar de segundo em segundo, tem uma certa "continuidade" e também me permite leituras intermediárias do minuto. Mas de repente, nesse mesmo relógio, tiramos o ponteiro de segundos, e de repente perde-se a noção de continuidade. Ele então passa a ser digital, já que não percebemos o movimento e eu perco a capacidade de leitura intermediária dos minutos?
Nesse caso então, é a velocidade ou o tempo entre os intervalos é que nos dá a noção de continuidade ou não? E se for isso, qual seria esse velocidade? Ela é relativa à nossa capacidade de memória? Ou seja, com o ponteiro de segundos saltando de segundo em segundo, eu consigo me lembrar de sua última posição e isso me dá a sensação de continuidade (entre um minuto ou outro), mas se eu remover ele, eu perco essa noção e a continuidade se quebra.
E com relação à possibilidade de se ler intermediariamente: mesmo que um relógio tenha jumping hours e jumping minutes, sem ponteiro de segundos, eu não tenho noção de continuidade, mas o ponteiro de minutos me permite uma leitura intermediária de minutos. Como fica?
Aliás, podemos pegar o próprio exemplo em questão, do Meistersinger: não se consegue ver o ponteiro de horas se movendo, e então não se tem a noção de movimento. Seria então digital? E se ainda por cima, fosse com horas saltantes, ou seja, perdendo-se totalmente a noção de tempo decorrido entre uma hora e outra?
Abraços!
Adriano