Tá aí... Tenho reafirmado que esse excesso de complicações inúteis nos relógios não tem feito minha cabeça há muito. Consigo ver os relógios como peças de engenharia e só, mas inúteis para o que foram propostas. Mas de vez em quando um aparentemente simples relógio aparece e surpreende-me. Eis um exemplo divulgado hoje no Hodinkee:
http://www.hodinkee.com/articles/the-jaeger-lecoultre-geophysic-true-secondÉ estranho que um apaixonado por relógios mecânicos veja graça em relógios true beat, cujo ponteiro não gira continuamente, mas como num relógio a quartzo. Não bastasse a história desses relógios, que buscavam de fato demonstrar "precisão", o mecanismo engenhoso, em dias de mostrador de safira traseiro, pode ser apreciado.
Mas não só...
Notaram que a JLC adotou, neste modelo, um balanço que... Não é um balanço? Segundo eles, possui melhor capacidade cronométrica e, para dizer a verdade, a ideia (não a sua concepção), não é nova. Balanços com desenhos "split" desse modo eram usados em cronômetros marítimos e, atualmente, a De Bethune usa algo semelhante em toda sua linha. Notaram como o desenho das "pernas" do balanço que não é balanço é o logo da JLC? Um toque legal...
Nesse modelo o rotor passou a ser totalmente de ouro e, pelo menos nas fotos, o acabamento está superior ao normal deles que, como é notório, já era muito bom (ei, nada de Omega e Rolex aí tios, o acabamento deles sempre foi superior!).
Relógio bastante equilibrado e com um preço bastante competitivo, ficou abaixo dos 10 mil euros, mesmo com a complicação adicionada e melhorias estéticas e mecânicas no movimento, que é inteiramente novo.
Flávio