A história do Vacheron Constantin Overseas no Monochrome

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Offline flávio

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A história do Vacheron Constantin Overseas no Monochrome
« Online: 17 Novembro 2016 às 15:26:46 »
Como já ressaltei aqui, gosto da linha Overseas, um ame ou odeie dentro da relojoaria. Gosto pelo inusitado, pelo voo abaixo do radar, tratando-se de um VC, mas ao mesmo tempo com "bling", pelos detalhes de caixa e bracelete. O relógio é o concorrente direto do Royal Oak, muito embora não goze da mesma reputação entre aficionados e muito menos para o público comum. É um relógio, eu diria, para quem manja do riscado... Talvez por isso goste do modelo.

Sua criação tem origem no início dos anos 70, quando a AP lançou o Royal Oak, querendo apresentar ao público algo mais jovial, sobretudo porque os relógios a quartzo estavam alcançando o mercado e tornando os mecânicos demodé. E claro, seguindo o máximo de Veblen de que nas altas camadas sociais o preço alto estimula demanda, lançaram-no com um preço absurdo, na faixa dos 4000 dólares. Para terem uma noção, no início dos anos 70 um Rolex Cosmograph ou um Speedmaster custavam cerca de 280 dólares. Um SUB? Cerca de 200. Ou seja, um Royal Oak custava um absurdo, uma fábula, e a primeira leva, de cerca de 1000 relógios (corrijam-me, pois estou confiando demais na memória), demorou um tempão para vender.

Mas a ojeriza inicial não foi suficiente para demover Patek e IWC de lançarem os Ingenieur e Nautilus, também projetados por Gerald Genta, e com muita coisa em comum entre eles. Claro, o IWC não te estuprava o bolso...

Para não ficar para trás, em meados dos anos 70 a VC lançou o 222, que tinha muitos elementos "Genta" no modelo, muito embora projetado por Jorg Isek que, diga-se, até pouco tempo atrás fazia relógios com sua marca. Sequer sei se existem ainda...

O modelo 222 ficou datado, não envelheceu também, e em 1996 a VC lançou os Overseas, com os mesmos elementos de bracelete integrado, a cruz de malta, etc, usando um calibre 3100 da GP acabado por eles.

A versão crono, que usava um Piguet 1185 com módulo de data, na minha opinião saía-se melhor do que o normal e, para dizer a verdade, na minha singela opinião, melhor do que os Royal Oak crono offshore, que não gosto.

Ano passado atualizaram toda a linha e recolocaram no Overseas normal o calibre 1120, que foi projetado pela JLC e usado tanto no 222 quanto Nautilus e Royal Oak originais; e um cronógrafo feito em casa no outro modelo. E claro, inflacionaram - e muito - os já inflacionados preços, tirando muito da competitividade do modelo.

Eis a história:

https://monochrome-watches.com/history-vacheron-constantin-overseas-1970s-icon/

Re:A história do Vacheron Constantin Overseas no Monochrome
« Resposta #1 Online: 17 Novembro 2016 às 16:13:14 »
Relógio belíssimo!!
Sou fã da linha, mas principalmente o Cronógrafo de fundo azul. Que relógio!

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Offline flávio

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Re:A história do Vacheron Constantin Overseas no Monochrome
« Resposta #2 Online: 21 Setembro 2017 às 14:24:29 »
Uma review sobre o novo modelo, diga-se de passagem, caro paca considerando que é em aço.

https://monochrome-watches.com/vacheron-constantin-overseas-automatic-4500v-review-price/

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Offline KBM

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Re:A história do Vacheron Constantin Overseas no Monochrome
« Resposta #3 Online: 25 Setembro 2017 às 18:08:48 »
Gosto dos Overseas, embora prefira outros modelos na faixa de preço deles. Como o mercado da VC é bem maleável, encontra-se os chronos levemente usados por valores de "barganha", que é onde eles apresentam uma relação de custo/benefício realmente excepcional. O bracelete da linha overseas antiga, por sinal, é um dos mais originais e bonitos dentre as marcas mais famosas, na minha opinião.