O interessante aí é que o relógio tem uma história muito cara ao dono, como provavelmente nós também temos com alguns dos nossos modelos. O Rolex dele pertenceu ao seu avô (drasto), que era capitão de navio e teve um caso com uma passageira. O mostrador é da Serpico e Laino, a única autorizada venezuelana na época, e segue a tradição de, por exemplo, a Patek colocar seus parceiros também à mostra (como a Tiffany). Mas para mim isso nem foi o mais interessante, mas descobrir, só agora, nessa altura do campeonato, que a Rolex também fazia modelos "folheados". No caso, esse aí é folheado com 240 microns, num processo que sequer usam mais: a folha de ouro de fato é prensada sobre o aço e colada permanentemente à estrutura do relógio. A Omega usava muitos modelos assim e, para dizer a verdade, até tenho um, que foi passado pelo meu avô (reza a lenda que a Omega usava capas mais finas, cerca de 80 microns, mas também muito resistentes. Se não polidas em excesso, duravam umas duas ou três vidas). Vejam:
http://wornandwound.com/geneva-venezuela-story-behind-rolex-6634-serpico-y-laino-golden-egg/