Com raras exceções (p.ex., o RM005, que usa calibre Vaucher), já que a maioria dos modelos conta com movimentos complicados, todos os RM possuem movimento exclusivo, desenvolvidos pela APRP (Audemars Piguet Renaud & Papi).
Mas, mais do que movimento exclusivos, os RM possuem uma estética própria, baseada em design industrial com forte influência automotiva (uso de parafusos com fenda allen, porcas, estrutura tubular, indicadores semelhantes a painéis de carros, materiais exóticos e leves, etc.). Você vê o desenho de um RM e sabe de longe que é um RM.
A RM não teve ainda muito tempo de vida, mas são totalmente coerentes na consolidação da sua imagem, o que, pra mim, diz muito mais do que a data de fundação. No oposto disso, temos marcas como a Blancpain, que diz existir desde 1735, mas que tem uma história que é um samba do crioulo doido, e se reinventou nos anos 80 como uma marca de luxo e hoje está aí arrotando caviar.
Então, mesmo que eu desaprove a maioria dos seus atuais modelos, porque acho feios, a RM é uma marca que tem meu respeito.