Quando comecei na relojoaria, a GP era endorser da Ferrari e, para dizer a verdade, é a época áurea das parcerias da marca de carros com as de relógios. Para dizer a verdade, nem sei que representa a Ferrari em relojaria hoje... E nessa época a GP tinha uns belíssimos cronos da linha, reedições dos seus modelos dos anos 60, com visual clássico e tamanho mais reduzido, por volta de 36 mm. O interessante, e era isso que eu gostava, é que vestiam muito maior, sobretudo pelos acionadores e coroa grande. Aliás, é um mistério porque as marcas usam coroas tão diminutas em seus modelos, esse design clássico da GP é exemplo. Esses relógios sumiram de linha e, vez ou outra, aparecem no mercado por verdadeiras pechinchas. O movimento é feito em casa pela GP, em design modular, sendo que no topo há roda de colunas. O acho interessante e bem feito. Tá aí, os anos 90 produziram muita porcaria, mas essas reedições da GP eram matadoras!
A GP estava mais para partner que para endorser da Ferrari.
O que as uniu foi a amizade entre Luigi Macaluso (então dono da GP) e Luca di Montezemolo (então mandachuva da Ferrari).
Tirando os poucos ratrapantes feitos, os cronos referência 8020 são muito desvalorizados, embora bonitos.
O calibre é um GP2280 (base ETA 2892A2) com módulo DD 2021.
Dic