Só para deixá-lo infeliz: a AS abandonou a representação da Breguet e, aliás, como não é informação "secreta", vendeu alguns últimos exemplares com um bom desconto (eu intermediei para um amigo a compra de um). A situação atual da Vulcain é um mistério... Vou falar de memória, pois sinceramente não parei para pesquisar a fundo, mas é mais ou menos isso.
A Vulcain era a marca mais conhecida do grupo MSR, que tinha a Revue, Thommen e Vulcain como integrantes, mas marcas separadas. Com a crise dos anos 70, o grupo ficou mal das pernas no ramo relojoaria, mas como a Thommen detinha um quase monopólio da produção de altímetros para aviação, com o ressurgimento dos relógios mecânicos, nos anos 90, ele fizeram um retorno nessa área... Mas retornaram como Revue Thommen, e sepultaram o nome Vulcain, vá entender o motivo... Se alguém souber, me explique. Digo isso porque pouco me importa que a Thommen fosse uma marca conhecida e respeitada no ramo de aviação, porque no de relojoaria (relógio de pulso), não era. Eu nem sei se existiu relógio de pulso Thommen antes da "Revue Thommen".
Enfim, o Cricket foi relançado em 1997 num novo design, maior (eu tenho um, já mostrei aqui, várias vezes), não mais como Vulcain Cricket, mas Revue Thommen Cricket, usando o mesmo movimento que a Vulcain produzira durante décadas.
Mas não durou muito... Em 2001, salvo engano, a nova empreitada faliu e a Revue Thommen foi comprada por uma tal Grovana, coisa de chineses... Mas... Sabe-se-lá o que rolou na negociação, o nome Vulcain foi vendido para outro grupo (PMH), que relançou o Cricket como "Vulcain Cricket". Em 2017, mais uma vez sofrendo das pernas, a Vulcain foi vendida para um grupo investidor e...
Hoje eu sequer sei se estão em operação, eu li boatos em fóruns de discussões gringos que a fábrica sequer está produzindo mais.
Mas voltando a AS. Que eu saiba eles não tinham relojoeiros próprios, em sim terceirizavam os reparos para a Watchtime de Sampa, Curitiba e Rio. E alguns Breguet sequer eram reparados aqui, mas necessariamente enviados para fora.
Em resumo. Hoje a Breguet e Vulcain não são mais representadas no Brasil e eu sequer sei como ficará a questão dos reparos. Sobre a Breguet a resposta é menos complicada, pois ainda que não tenha representação aqui, a fábrica existe. E a Vulcain, que eu sequer sei se existe mais e tem possibilidade de fornecer as peças para reparo, a qualquer pessoa que seja?
Mistério... Se o Adriano, que é gerente de operações da Watchtime, estiver autorizado a dar uma luz na questão, agradeço.
Flávio