Fala Clélio! O sistema de rolamento não tem a ver com ele ser martelo ou rotor livre de 360º, mas sim o sistema de fixação do rotor apenas. Existe o de rolamento de esferas, como nós conhecemos nos ETA, nos Seiko, nos Orient, nos Citizen e tantos outros, e há o sistema de eixo comum, como nos Omega 565, na maioria dos Rolex, Tissot série 700 e tantos outros. O rotor, ao invés de girar sobre um rolamento de esferas, gira diretamente sobre um eixo e é preso com um grampo ou presilha parafusada. Embora em teoria o sistema de eixo seja mais sujeito a desgastes, não é bem o que se nota na prática: o rolamento também sofre grande desgaste de não fôr dada a manutenção adequada e há incontáveis mecanismos com sistema de eixo, usados por décadas, sem grandes desgastes, ainda mais se usado um rubi como mancal. Então do ponto de vista da manutenção, o rolamento precisa tanto quanto o eixo e não vejo problemas de eficiência do sistema de eixo, apesar de ser considerado antiquado.
O mecanismo da foto já é um ETA e não um clássico Eterna. E são duas empresas diferentes, embora a ETA desde o princípio utiliza basicamente o mesmo layout desenvolvido pela Eterna, especialmente do sistema de carregamento bidirecional. O sistema do 2892 é basicamente o mesmo sistema inventado pela Eterna há mais de 60 anos, com apenas uma roda inversora. Logo a Eterna modificou o sistema para o clássico de duas rodas inversoras, que ficam bem visíveis e tornam o visual das máquinas Eterna quase inconfundível. Sistema este que está aí até hoje nos ETA 2824. É excelente, ainda que antiquado e longe de ser um exemplo de eficiência.
Abraços!
Adriano