Normal...
Há uns cinco anos, eu gostava muito de motos. Frequentava fóruns, grupos de discussão, assinava revistas, ia na Boca, etc. Só andava de moto, fizesse chuva, sol, frio, vento...
Um dia, num belo domingo, num lugar tido como seguro, enfiaram um revolver na minha barriga e no meio da minha fuça. Levaram a moto e tudo o mais que eu estava carregando.
Poucos dias depois, um colega foi roubado e acabou morto: os bandidos levaram a moto dele e, para que ele não corresse para ligar para a polícia, deram um tiro na perna. Acertaram a artéria e ele morreu sangrando na pista... Deixou mulher e filha.
Comprei outra moto e toquei minha vida, mas já não era a mesma coisa. Fiquei desanimado.
Andava cada vez menos com a moto, a ponto de tê-la por uns 8 meses e apenas 200 km rodados... Vendi!
Do vício da moto, passei para o vício dos relógios...
Hoje eu ainda gosto muito de moto. Sempre vejo várias maquinonas na rua, e fico babando, mas ainda não tive coragem de voltar. Mas não é por medo, e sim porque não tenho garagem para guardá-la...
Portanto, amigo, seu sentimento é normal, mas uma hora passa.
Se achar que não deve adquirir outro relógio agora, se ficar com medo, vá tomar um suco (como dizemos por aqui) e faça uma pausa. Mas não deixei que os bandidos lhe levem essa alegria.
Pelo seu relato, você não foi assaltado por causa do relógio. Mesmo sem o Monster no braço, ocorreria a fatalidade! Portanto, não se prive de curtir as coisas que gosta.
Curte o Monster? Compre e use em casa; compre e use só em festas. Aos poucos vá reintroduzindo-o à sua convivência diária.
Um abraço,
Igor