Não existe muito segredo para relógios antimagnéticos. Quase todo relógio atende à norma ISO 764 ou DIN 8309, que reza que o relógio deve resistir à uma exposição à um campo magnético de corrente direta de 4800 A/m (+/- 60 Gauss) sem ter sofrer uma mudança de marcha superior a mais ou menos 30 s/dia em relação à marcha apresentada antes da exposição.
O relógio mecânico possui seus elementos cruciais feitos de ligas resistentes à campos magnéticos, como a Glucydur do balanço e a Nivarox das espirais. Mas o relógio pode ainda possuir elementos em sua construção para bloquear o magnetismo. A calota antimagnética entre o mecanismo e a tampa do fundo promove um bom auxílio. É comum, por exemplo, nos Speedmaster Professional (e derivados como os Broad Arrow), assim como nos Seamaster Professional.
Mas há construções de altíssima resistência, como a encontrada nos Omega Railmaster, Rolex Milgauss e IWC Ingenieur. Nesse caso, o aro que fixa a máquina na caixa, a calota na tampa traseira e o mostrador são feitos de materiais com muito ferro (ou puro ferro). Esse são capazes de suportar campos de 1000 Gauss (como sugere o nome do Rolex) ou 80.000 A/m.
A IWC fez certa feita um Engenieur resistente à incríveis 500.000 A/m.
A idéia desses relógios que citei é que pudessem ser usados para atividades em ambientes de forte campo magnético, como por exemplo uma locomotiva elétrica ou diesel (como sugere o nome do Omega Railmaster).
A Omega relançou o Railmaster recentemente como um variante da linha Aquaterra, mas apesar de ser lindíssimo, ele replica apenas a aparência do Railmaster originaç, e não sua resistência aos campos magnéticos.
Abraços!
Adriano