De fato é mais raro encontrar tiges tortas em coroas de rosca. Por outro lado, na ocasião de uma impacto na coroa, o tubo pode ser danificado também, complicando e encarecendo o conserto.
Além disso, do ponto de vista da manutenção, coroas de rosca são consideravelmente mais caras que coroas comuns, no mínimo o dobro do preço e são peças fundamentais para a vedação. Infelizmente, a troca da coroa para fins de vedação é algo pouco compreendido entre as pessoas, que sempre acham que é um item desnecessário de ser substituido em uma manutenção. Que dirá então se todas fossem de rosca, ainda mais caras.
Além disso, as coroas de rosca são necessariamente maiores, seja no diâmetro ou no comprimento, ou em ambos, o que as tornam imcompatíveis com relógios mais sociais, por exemplo, um Constellation moderno.
Por isso, apesar de tecnicamente ser preferível que mais relógios tivessem coroa de rosca, é necessário levar em consideração esses contras que citei.
Sobre o ato de dar corda, depende do tipo da coroa: algumas coroas possuem um miolo com mola e perfil quadrado, que permite que ela gire independe da tige quando pressionada. Desse modo, nesse tipo de coroa, quando se pressiona ela para rosquear contra a caixa, ela se desegaja da tige e gira livre, sem dar corda. Já outras coroas não possuem o sistema e no momento de rosqueá-la, automaticamente já se dá um pouco de corda. Esta última é favorável aos que tem pouco hábito com relógios automáticos e não têm o hábito de dar corda auxiliar antes de usar o relógio parado. Desse modo, o usuário pega o relógio parado, ajusta as horas e ao rosquear a coroa novamente, já dá um pouco de corda.
Então há os dois tipos. É apenas questão de projeto e não há vantagem ou desvantagem que se possa levantar.
Abraços!
Adriano