Relojoeiros esquecidos!!!

[Paulo Sergio]

Olá amigos...
Primeiramente, quero deixar bem claro que não conheço o vendedor e acredito que seja um bom produto... meu objetivo é utilizar uma das fotos para fazer uma observação neste tópico (desculpem, não sei editar fotos - poderia ter pego aquela do interesse deste tópico somente - a 5ª de cima para baixo - se o Alberto ou outro membro do Fórum puder ajudar, agradeço).
Vejam:


Foto proveniente de um anúncio no ML

Observem que não existem os 2 parafusos que fixam o mecanismo no aro interno.
Pergunto: o que faz com que um relojoeiro não recoloque no lugar todos os parafusos que retirou?
Conhecem muitos casos assim?
Têm outros exemplos?
Abraço
Paulo Sergio

[Adriano]

Eu não tenho como contar quantos casos de "barbeiragens" eu já vi. Esse é bastante leve. Adaptações absurdas são comuns. Mas existem duas que considero muito absurdas, e que já perdi a conta de quantas vezes já vi, pois são recorrentes:

1 - Relógios de ouro com caixa monobloco, comum em um certo modelo de Tissot. O relojoeiro não percebe que caixa é monobloco e tenta abrir com um canivete, como se fosse fundo de pressão. Sentindo a dificuldade em abrir o suposto fundo, e ainda crente em seu julgamento inicial, pega um martelo e bate no canivete para soltar o fundo. Muitos conseguem abrir quase que completamente o fundo, por incrível que pareça. Dependendo do caso, um ourives consegue tapar o buraco aberto. Em outros casos, a caixa está perdida.

2 - Existe uma mania comum também de se adaptar a peça mais difícil ao invés da mais fácil. Sabemos que existem muitos relógios com garras de tamanho ímpar (15mm, 17mm, 19mm, etc.) e são poucas pulseiras "genéricas" de couro nessa medida. A adaptação óbvia é usar uma pulseira maior e desbastar ligeiramente os cantos. Mas para um número assustador de relojoeiros, a adaptação mais óbvia é usar uma pulseira menor e entortar as garras do relógio para dentro. Chegam a usar pulseiras de 16mm em relógios de 18mm... Em caixas de ouro, desentortar as garras não é muito difícil mas corre-se o risco de tirar a circunferência da caixa, criando problemas de vedação e fixação do vidro. Em caixas de aço, corre-se o risco dela simplesmente quebrar. E quando um relógio assim chega na assistência técnica e é sugerido uma troca de caixa, a culpa automaticamente recai sobre a assistência técnica, por cobrar tão caro por uma caixa nova...

Esses são apenas dois dos absurdos que me lembro por serem graves e infelizmente muito comuns.

Abraços!

Adriano

[Alberto Ferreira]

Salve!

Poie é, amigos!

Como bem disse o Adriano, essa é até "leve", e há profissionais negligentes em qualquer profissão.

São relojoeiros, barbeiros...
...barbeiros, mecânicos...
...mecênicos, açougueiros...
 


A "perda", falta, ou (pior ainda) adaptação forçada de parafusos e outras peças, vinda de um profissional que deveria ter no seu "DNA" técnico, a atenção aos detalhes e o respeito pelo seu "paciente", é mesmo algo inaceitável.

Talvez porque, como em muitas outras profissões, falte o principal, a verdadeira vocação.
E a conseqüência é um trabalho feito no "vapt-vupt".
Isso não é tão raro assim, não.

Infelizmente.
Para todas as partes envolvidas.



Abraços a todos!

[Vicente]

no ML é normal ver este tipo de coisas nos relogios..

[Paulo Sergio]

A questão que levantei não é o número de relógios a venda, em qualquer lugar que seja, com falta de parafusos!!!
A questão é como foi colocada pelo Alberto...falta um DNA (ou melhor, vergonha na cara)!!!
Será que o cara não vê que sobraram peças???
Fico com medo daqueles relojoeiros que encontramos por aí, que nos dizem: "tenho uma caixinha cheia de parafusos...vou ver se encontro um para o senhor"!!!       
Abraço
Paulo Sergio

[Robson]

...um número assustador de relojoeiros, a adaptação mais óbvia é usar uma pulseira menor e entortar as garras do relógio para dentro. Chegam a usar pulseiras de 16mm em relógios de 18mm... Em caixas de ouro, desentortar as garras não é muito difícil mas corre-se o risco de tirar a circunferência da caixa, criando problemas de vedação e fixação do vidro. Em caixas de aço, corre-se o risco dela simplesmente quebrar. E quando um relógio assim chega na assistência técnica e é sugerido uma troca de caixa, a culpa automaticamente recai sobre a assistência técnica, por cobrar tão caro por uma caixa nova...

Um sujeito desse tem que tomar uma surra com vara de goaibeira!!!

[Paulo Sergio]

Obrigado pela edição Alberto!!!
Paulo Sergio

[Vicente]

A questão que levantei não é o número de relógios a venda, em qualquer lugar que seja, com falta de parafusos!!!
A questão é como foi colocada pelo Alberto...falta um DNA (ou melhor, vergonha na cara)!!!
Será que o cara não vê que sobraram peças???
Fico com medo daqueles relojoeiros que encontramos por aí, que nos dizem: "tenho uma caixinha cheia de parafusos...vou ver se encontro um para o senhor"!!!       
Abraço
Paulo Sergio

sim eu seime referi que tem muito porcdo por ai

[Correia]

Relojoeiro é como qualquer outra profissão, há muito bom e muito mau.

[Paulo Sergio]

Oi Vicente!
Entendi o que o amigo disse...     
É que a raiva maior não é, muitas das vezes, sobre o vendedor, e sim sobre o "marreta"!!!     
Abraço
Paulo Sergio

[Vicente]

claro amigo!concordo 100%!

[Advogado]

Olá amigos.
Também quero participar desta discussão, pois já sofri muito vendo meus inestimáveis relógios sendo riscados, entortados e até mutiliados por maus profissionais. Por isso e também por gostar muito de relógios é que eu desenvolvido o hoby de consertar meus relógios. Porém, ainda não consigo desempenar a mola espiral ("cabelo"), que, invariavelmente sofre empenos com quedas, penetração de umidade, etc. Até trocas de eixos exigem especial habilidade. Por isso, eu mesmo desmonto o relógio com todo carinho e cuidado possível, e, só levo para o profissional a platina com a ponte do balanço. Depois é só montar e conferir a precisão no vibrograf. Nunca mais me decepcionei com relojoeiros...

[Byron]

Esses "profissionais" irresponsáveis não faltam por aí.
Dia desses fui simplesmente trocar a bateria de um Citizen promaster na autorizada...e o animal que me atendeu acabou arranhando a tampa do relógio! Acreditam?

Abraço, Byron

[Vicente]

não é novidade amigo!

[ESTRELADEDAVI]

Uma coisa que me irrita muito é relojoeiro que teima em riscas a tampa do fundo, escreve data, hora e assina, pra mim profissional que faz isso não é profissional.

Abraços

Weber

[Alberto Ferreira]

Uma coisa que me irrita muito é relojoeiro que teima em riscas a tampa do fundo, escreve data, hora e assina, pra mim profissional que faz isso não é profissional.

Abraços

Weber

Salve!

Essa "prática" era até bastante comum no passado (há relógios com um verdadeiro "relato", passo-a-passo, das revisões feitas, etc...    ) e ainda pode ser vista por aí.

Para ser franco, eu não sei o que seria a maior prova de falta de profissionalismo.
Se aquele negligente/incompetente que arranha a tampa, ponteiros, ou algo assim, em uma operação estapafúrdia ou descuidada, ou um "mestre" desses que assina a sua obra na tampa interna (à revelia do respeito pelo patrimônio de outrem  ).

Querem saber de uma coisa?
Ao receber um relógio "assinado" (arranhado) assim na tampa interna.
O dono, candidamente, deveria pedir uma pinça ao "magarefe" e riscar no braço dele,...

...RECEBIDO!    


Arre! Sô!



Abraços a todos!

[Vicente]

boa ideia!!

[Daniel]

Olá a todos !!!

Esse negócio de tirar parafusos e não coloca-los no lugar ... é uma coisa intrigante .....  e não aconteçe somente em relógios !! tenho um amigo que gosta de motocicletas de alta performance, 1200 cc,  etc ... e sempre levou as máquinas para serem revisadas na concessionária, até que um dia achou o preço um absurdo e resolveu mandar ao mercado paralelo !!!! retirada a moto,  sentiu a uns 200 km/h,  que ao entrar em curvas a motos "jogava" a frente, achou estranho mais foi levando, até que um dia levou a concessionária para que dessem um olhada ... resultado : na revisão anterior, tinham retirado um parafuso que evitavam este jogo em altas velocidades, e o mecanico da autorizada disse que isto é COMUM !!!!! fazerem em oficinas, alegam que o parafuso não serve para nada.

Acho que isso é mania !!! acham sempre que sabem mais que o engenheiro que projetou o relógio ou moto.

abs.

Daniel

[Vicente]

neste caso poderia ser mais grave

[Robson]

Assim que comprei o meu Orient Submariner não gostei do vidro com a bolhinha e mandei trocar o vidro por um sem a bolinha num relojoeiro em Campo Grande (Zona Oeste do Rio), um velhinho simpático, elogiou o meu relógio, puxou conversa, falou sobre Omega, Tissot e tal. Pensei: "O velhinho deve ser bom!"

Quando fui pegar o relógio, o velhinho pega uma caixa de madeira, pouco menor que uma caixa de sapatos, bota em cima do balcão e começa a remexer a pilha de relógios à granel, me entrega o relógio com o vidro com a bolhinha, e perguntou: "É isso que o Sr. queria?"

Sei que não é isso que Jesus ensinou, mas as vezes o ódio toma conta com coração....