Eu tenho um desses com mostrador bege claro, e acho o relógio muito bonito!!
Lembro que fizeram o crono dele e o Alberto(das antigas!!) tinha um. Lindo!!
Quando eu era estagiário, em 2001, comprei um Omega Dynamic Crono por R$ 2.650,00, em 10x de R$ 265,00, e está comigo até hoje, com caixa documentos, nota fiscal e comprovante do cartão de crédito.
Na época era praticamente o mesmo preço de um Speedmaster Schumacher vermelho e de um Longines Dolce Vita crono quartz.
Hoje estagiário mal paga o transporte a e alimentação.
É bizarro cara. Para pelo menos 80% dos interessados, a desvalorização do dólar e o incremento REAL do preço dos relógios em dólar foi game over para o hobby. Eu não fui muito "afetado" por isso porque minha praia, como sabem, nunca foi TER relógios, mas ESTUDAR relógios. Ou seja, o ter relógios para mim foi uma consequência do meu interesse pelo hobby, não o contrário. Eu mesmo não compro relógios há exatamente 7 anos, não vou comprar e, se me derem, qualquer um, é capaz de eu ficar com raiva, pelos problemas que terei no futuro com ele (é como se me dessem um cachorro de presente: os bônus não compensam os ônus). Mas quando você acha que nada pode piorar, aparece o Instagram... Affffffffff.... Eu passei a escrever no Instagram para ver se coloco um pouco de interesse por histórias na cabeça do povo, como fiz aqui nos últimos 21 anos, por falta de paciência (eu iria dizer raiva, mas fica a falta de paciência) com essa pagação de rico que se tornou o local, com cada um querendo provar que seu pinto é maior do que o do outro. Meu Deus, coisa chata do caralho. E tudo isso se reflete no mercado atual, onde certamente uma MERDA de Patek Nautilius fabricado ontem (e nos anos 2000 ninquém queria isso, o troço encalhava nas revendas Patek, assim como o Aquanaut) provavelmente alcançaria um preço superior ao dos "Harrison", se estes não fossem tombados pelo patrimônio histórico britânico e fossem levados a leilão.
Os fóruns de discussão eram mais restritos, mas mais profundos. Mas eu preferia um público mais restrito mas interessado, como ocorreu aqui nas últimas décadas, a milhares de consumidores que não sabem o que tem no pulso e não estão nem aí para isso.
Eu comparo o mercado atual de relojoaria ao mercado fonográfico, e eu passei por várias fase, do vinil, para o cd, para os streamings restritos, para os pen drives, e para os streamings globais e... Não é porque as pessoas tem mais acesso a músicas que "ouvem" melhor o que estão escutando. Não é porque é muito, mas muito mais fácil produzir discos hoje, que há discos melhor produzidos ou melhores músicos.
Nós andamos para trás... Minto, o mercado é business, e assim, andou para frente: as marcas estão rindo até a China, literalmente, pela grana que estão fazendo nos últimos anos. Mas isso não quer dizer que o mercado seja mais interessante para quem realmente gosta do riscado. Não é... Não precisa ir longe: as publicações históricas e técnicas de relojoaria que são referência foram redigidas.... Dos anos 90 para trás! Eu não consigo citar um livro relevante escrito depois, toda base de consulta que temos é "antiga". E isso diz muito sobre o estado de coisas atual.
Flávio