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Revolution in Time

Iniciado por Davi-RJ, 09 Novembro 2010 às 09:04:47

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Davi-RJ

Comecei a ler o Revolution in Time (obrigado pela dica, Flávio) e logo no prefácio à segunda edição me deparei com uma declaração que achei pesada. Vou colocar abaixo uma tradução aproximada do trecho que me chamou a atenção:

"Eu já visitei o Museu Seiko e analisei os vencedores (de seus concursos de design). Eles são decepcionantes. Como pode? Os japoneses tem uma merecida reputação de bom gosto e discernimento. Eles homenageiam seus maiores artesãos como heróis nacionais... E ainda assim, falta algo à sua estética horológica. Daí porque os ricos viajantes japoneses vêm à Genebra para comprar os grandes nomes das manufaturas suíças. Eles sabem."

Para ficar só na Seiko, o que têm de errado com a estética dos Seiko GS? E com a linha diver? Claro que que existe uma derrapada aqui e acolá, assim como nos suíços, mas ele praticamente disse que nada se salva. Bem, vou continuar a ler e mantenho os senhores informados.

Um abraço,
Davi

Alberto Ferreira

Salve!

Pois é...

Será que existe (ou existiu alguma vez) uma opinião inteiramente isenta?  ::)
No mais das vezes são "visões", com algumas nós concordamos, com outras (talvez) não.

Mas,...
Mentira,...  Talvez não seja...
Um ponto de vista a ser "refletido"? Muito possivelmente, sim...

Livros servem, dentre outras coisas, para nos "abrir a mente".
Não necessariamente para nos passar conceitos a la "magister dixit"...

E há que se "entender" o contexto em que o livro foi escrito e a proposta do seu prefácio.

Um grande abraço!
Alberto

Davi-RJ

Caro Alberto,

O David Landes tem todo direito a dizer que relógio é o suíço, que carro é o alemão ou que picolé é o Chicabom. O que estranhei é o sujeito dar uma porrada dessas logo no prefácio e ainda por cima em um livro cuja base é eminentemente técnica. Veja bem, ele não disse que japonês não sabe projetar relógio. Ele disse que japonês (e todo o resto do planeta) não sabe fazer um relógio com aparência adequada. Ou seja, em um livro técnico, que conta a evolução mecânica dos dispositivos de medição de tempo e seu impacto nas sociedades, ele resolve logo no prefácio fazer um julgamento estético da relojoaria mundial. Pra quê?

Nesse tipo de livro eu quero ler sobre o impacto dos relógios de Harrison, de novos metais para molas, do escapamento co-axial, etc. e não esperava uma "provocação" barata como essa da questão estética.

Tenho certeza que o resto do livro será muito interessante, mas que achei esquisito este prefácio, achei sim.

Um abraço,
Davi

Alberto Ferreira

Salve!

É, Davi, eu também acho...

Mas,...
É mesmo como nós dissemos, você e eu...

E qual seria a "intenção" de um prefácio?
Apresentar, convidar à leitura, instigar?...

Mas, certamente, dependendo da "opinião" ali expressa, o tiro pode não acertar (bem) no alvo...

Abraços,
Alberto

flávio

Esse prefácio, diga-se, não é o original. Lembram-se das mudanças que falei? Esqueçam o tal prefácio e a nova conclusão e sigam adiante no melhor livro do mundo sobre o tema.


Flávio

Wadley

Quando li o prefácio e vi essa afirmação, também fiquei triste..... :'( :'(

Apesar disso, o livro é muito bom.
Wadley