Salve!
Amigo Marcos,
Antes de qualquer outra coisa, por favor, considere o seguinte.
Eu odiaria e nem teria o direito de fazer com que o amigo perdesse sequer parte do "estímulo" de encarar o desafio, certo?Mas, vamos então às considerações que eu acho cabíveis neste seu caso.
- Eu sou um engenheiro mecânico e (coincidentemente, ou não,...
) também interessado em micro-mecânica (no caso os nossos amados relógios mecânicos).
- Eu não sei o seu grau de "entendimento" técnico da questão, portanto, por favor, não se ofenda, a minha intenção é ajudá-lo, certo?
- Eu creio que, antes de qualquer coisa, o amigo deveria se concentrar nos fundamentos de uma operação de usinagem (em um torno mecânico).
Se possível, converse com um professor em uma escola técnica, ou mesmo com um bom torneiro.
Dentre outras coisas, entenda os fundamentos, as
forças envolvidas, as
ferramentas, o que é e para que serve a
tolerância mecânica, etc.
Depois,...
Considere o seguinte.
- Como são, de fato, as
dimensões envolvidas no caso de peças de um relógio de bolso.
Veja por exemplo, e tente "visualizar", as dimensões que você mesmo menciona em sua mensagem.
- A operação de "pivotar" um eixo pressupõe a sua substituição por um elemento novo, este sim usinado.
Não dá para "corrigir" um desgaste "acertando", removendo mais material, o que ocorreria numa usinagem da peça gasta.
Agora um dado importantíssimo.
O torno que o amigo comprou é uma peça antiga, portanto, certamente já com desgaste (nele próprio), ok?
Como estaria a sua "exatidão", acuidade, "precisão". numa linguagem menos técnica?
Pode ser que esteja perfeita, dentro dos limites, etc. Se assim for, ótimo!
Mas se assim não for, lamento dizer, mas o seu valor é apenas como peça de museu, ou de coleção.
Bem,...
Eu espero que o amigo encare as minhas palavras de forma positiva e que não desista, antes se informe e apreenda o máximo que possa sobre o assunto.
Eu não poderia terminar sem deixar de pensar naquela frase, hoje tão em moda,...
"Yes, we can!"
Um grande abraço!
