Caros Amigos,
Não estou aqui querendo fazer o Advogado do diabo, rsss ,
Mais temos um grande problema , impostos , mais impostos,
Este bezel oficial Hublot custa U$$ 1500,00 preço fábrica, por importação convencional com custos , dobra este valor fácil fácil.
Se vir por DHL ou UPS 60 % de taxa de importação mais 18% de icms, mais frete e custo de armazenagem,
Conta rápida 1500x1,70=2550,00 + 60%=4080,00 + 18%= 4814,40 + 100 dolar de frete e demais = 4984,40 este é o custo Brasil.
Para o valor de 6000,00 a diferença é 20 % que no meu ponto de vista não é muito,
Agora se pensarmos em comprar fora e trazer na mala , 1500 doleta ou um pouco mais , fica um pouco mais da metade deste preço,
Isso é Brasil,
Abs,
Mauro
O problema não é esse Mauro. Não bastasse o absurdo de uma peça tão ridícula custar tão caro, há a imagem da marca, como ressaltado pela história da Zenith narrada há alguns dias. Eu, por exemplo, usei bikes da Trek e Fisher (ainda uso) há algum tempo. A garantia deles é vitalícia. Eles não querem nem saber se seus quadros dão defeito (nunca dão, para dizer a verdade), mas quando isso ocorria (e como era apoiado pelo representante em BH e praticamente era endorser da marca), sabia quando. Eles nem perguntavam o que tinha ocorrido, simplesmente trocavam a peça, sem perguntar nada. Simplesmente porque o custo de um quadro para eles, dentro de uma produção até grande, mas onde poucas coisas dão problema, era ridículo.
A partir de uma análise da peça, se Hublot verificasse que não houve choque com o bezel, etc, eu simplesmente trocava a peça, sem cobrar nada. E, mesmo que houvesse ocorrido um choque etc, como fabricante, sempre teria em mente cálculos atuariais para cobrança de custos de manutenção.
Lembro-me, por exemplo, que o motor 2.4 da Fiat costumava custar uns 20 paus se necessitasse de troca, quando nem os carros custavam isso.
Há um precedente antigo (uns 10 anos) envolvendo a Xerox, que foi parar no STJ e ela dançou: a fábrica não pode ter peças de manutenção e custos de mão de obra tão caros que, por vias transversas, impossibilitem o consumidor de realizar o serviço. No caso da Xerox, eles obrigavam o franqueado (na verdade o tipo de contrato é outro, mas fica assim) a pagar fortunas mensais pelos tonners, peças, etc, que em pouco tempo ficavam mais caro do que o aparelho.
Se algo semelhante ocorresse comigo, meteria um processo nos caras, como, aliás, já o fiz contra a HP, usando o mesmo precedente da Xerox. Eu possuía um notebook Compaq que havia custado, na época, 4.5 dólares (sim, custavam caro na época). Os anos se passaram, meu notebook não poderia ser vendido por mais do que 1500 reais. Por defeito de projeto, uma dobradiça dele se quebrou e eles falaram que trocariam e tinham a peça. Mas não apenas a dobradiça, pois ela vinha com a tela. Quanto? Na época quase 3000 mil. Eu disse: ora, mas isso é mais do que o preço de um notebook hp novo hoje! Eles disseram: o que podemos fazer? Eu disse: vocês nada, mas eu posso. Meti um processo nos caras. Eles sabiam que iam perder...Lá pelas tantas, terminou em acordo, não paguei nem o razoável, não paguei foi nada, deram a tela!
Por isso sugeri entrar em contato com a Hublot. Se o caso for como o colega narrou e a empresa for séria, o que presumo, não cobrarão nada. No entanto...
Vou citar porque é notório: o Igor simplesmente ficou puto com a IWC e duvido que compre algo deles novamente simplesmente porque tiveram a audácia de, num relógio que tem valor de mercado de não mais do que 7 mil reais (sim, zero custa o que Igor, uns 14?), querer cobrar uns 2 em um mostrador e ainda arrumaram uma confusão quanto a assistência técnica, não lembro do caso.
Nessas horas você fica puto com a marca - que pressupõe algo exclusivo - e nunca mais a compra. Imagine se eu tivesse uma Ferrari, o troço apresentasse defeito (já ficaria puto, pois isso não pode apresentar defeito e, pasme, tinha colegas em Floripa, um com uma 355, outro com uma Masseratti, que simplesmente as venderam porque apresentaram defeito! Não pode, eles estão desautorizados a apresentar defeitos, se é que me entende) e, depois, em algo que parecia ser defeito da fábrica, pois não houve colisão, nada, queriam cobrar absurdo pelas peças. Façam seus nomes, arquem com os prejuízos!
Na indústria de relógios, a Vacheron Constatin tem uma política legal. Suas revisões não são baratas, mas também não são astronômicas. O preço é fixo, gira em torno de 1000 dólares para relógios simples. E cobre qualquer peça quebrada no relógio, desde que seja por desgaste. Eles não querem nem saber, trocam.
Flávio