Eu comecei a perder a conta de quantas coisas minhas estão perdidas e eu perdi as esperanças de que vão chegar. O curioso é que isso nunca aconteceu antes. Quando a receita fiscalizava menos, as coisas chegavam, pelo menos.
Acho curioso como somos tratados como bandidos apenas porque vivemos numa ilha isolada no meio do oceano e tentamos comprar produtos que não se encontram aqui. Estou esperando inúmeros objetos com valores ridículos que não chegam a US$ 30,00 incluso o frete. Não é porque quero dar uma de Gerson e pagar mais barato, mas simplesmente porque aqui na ilha isolada esses produtos não existem. Exemplo? Pincel de barbear. O melhor que existe aqui na ilha é feito de piaçava... Sabão de barbear em barra? O melhor que tem custa uma grana e não faz espuma. Uma saboneteira que caiba um sabão de barba redondo? Não existe aqui na ilha. Tem que importar, pelo absurdo preço de US$ 8,00. Mas parece que esses singelos itens estão sendo tratados como contrabando... Itens proibidos de entrar aqui na ilha... Será que é o embargo???
Hoje faz 30 dias que uma caneta Pelikan está parada na situação de "verificação de autenticidade"... Será que uma caneta Pelikan (nem é uma marca cobiçada ou falsificável), e ainda por cima barata, precisa desse tratamento? Desnecessário dizer que a caneta, obviamente, é original....
Ok, acho louvável que a Receita esteja preocupada com a entrada de falsificações no país e ... Mas já que é assim, eu gostaria saber por onde entrar os produtos que abastecem as 25 de março, galeria Pajé, etc. etc. etc.
Enfim, fico aqui esperando meu contrabando chegar... sem fazer a barba... talvez quando chegarem essas coisas, ela já esteja do tamanho das barbas do comandante daquela outra ilha lá, parecida com a nossa...
Aliás, vai ver que a barba dele é daquele tamanho pelo mesmo motivo: ele deve estar esperando o embargo acabar para receber seu sabão Williams e meia dúzia de lâminas...
Abraços!
Adriano