Clélio,
O COSC testa apenas os movimentos, que são montados em caixas, mostradores e ponteiros fornecidos pelo próprio Centro (como um kit).
Depois de aprovados, os movimentos são retirados destes kits e montados nas suas caixas finais, para venda.
Já neste ritual, o movimento pode receber alguma modificação que o desregule e o tire dos padrões, afinal, nada garante que o mecanismo testado não fique parado muito tempo na fábrica até ser montado na caixa final. E, além disso, o relógio passa em MUITOS lugares antes de ir ao pulso do cliente: estoque da fábrica, centro de distribuição, transportadora, importadora, estoque da loja, vitrine, manipulação por funcionários despreparados, etc. Então é fácil que o relógio perca a regulagem de cronômetro.
Por isso o certificado NÃO tem uma validade determinada.
No entanto, o certificado expedido pelo COSC comprova que, ao menos um dia, o referido movimento já foi um cronômetro, e nada impede que isto possa voltar a acontecer; basta receber a devida manutenção por um relojoeiro treinado.
Hoje em dia, praticamente todos os movimentos suíços são capazes de receber a certificação do COSC, pois não existe mais movimento fuleiro. E a tecnologia a disposição dos relojoeiros também é imensa (timing machines, ferramentas de qualidade, óleos sintéticos de primeira, etc.). Então é relativamente tranqüilo reajustar um movimento aos padrões de cronômetro.
Abraços,
Igor