Menu principal

Emergentes ‘salvam’ os relógios de luxo

Iniciado por naio21, 17 Janeiro 2012 às 08:53:02

tópico anterior - próximo tópico

naio21

Saiu no Estadão ontem (16/01/2012):

CitarEmergentes 'salvam' os relógios de luxo

Com mercado em queda nos países ricos, fabricantes investem em novos mercados e veem vendas crescerem em países como China e Brasil

Diante da crise em mercados tradicionais, o setor dos relógios de luxo está sendo obrigado a se adaptar e buscar novos clientes justamente onde o consumo desses tipos de bens é um passaporte a um novo status social: os novos ricos dos países emergentes.

Ontem, em Genebra, a maior feira de relógios de luxo do mundo abriu suas portas. Mas, se a indústria ainda se reúne na Suíça, são os mercados emergentes que têm evitado um colapso do setor e, pelos corredores, investidores e clientes asiáticos disputam espaço com os tradicionais compradores.

Dados das maiores empresas do segmento de luxo mostram que a expansão de vendas na China, Índia, Rússia e Brasil está compensando a estagnação nos mercados europeus, do Japão e dos Estados Unidos. Hoje, as marcas sofrem para encontrar compradores nesses países.

O resultado da Richemont, uma das maiores empresas de produtos de luxo do mundo, escancara essa nova realidade. A empresa, que reúne marcas como Cartier, Van Cleef & Arpels e IWC, registrou vendas de 2,6 bilhões no terceiro trimestre de 2011, 24% acima do período anterior. Desse total, quase metade veio das vendas na China, onde o regime comunista parece não ter problemas com a expansão de 36% nas vendas de um bem de luxo e que por décadas foi o símbolo da ostentação capitalista.

Nas Américas, o crescimento foi de 23%, liderado pela expansão nos países sul-americanos. No ano, a Richemont teve uma expansão de vendas de 31%. Mas, na Ásia, a alta foi de 50%.

Para o grupo LVMH, a situação não é diferente. Francesco Trapani, responsável pela área de relógios do grupo, admitiu ao jornal suíço Le Temps que a China é "a prioridade número 1" para a empresa. Por ano, a empresa promete abrir entre cinco e seis lojas no país asiático. Hoje, o mercado chinês já responde por 18% das vendas de relógios do grupo. "As perspectivas para a Europa não são as melhores, com a crise do endividamento e a austeridade", justificou.

Mas a China não é a única que chama a atenção. Diante da constatação de que brasileiros gastaram US$ 6 bilhões no exterior em 2011 apenas em compras, uma série de marcas se apressam para abrir suas lojas no País.

Estreia. Uma das marcas que está chegando ao Brasil é a sofisticada IWC, de Schaffhausen, na Suíça. A partir de abril, a empresa terá sua primeira loja no País, no Shopping JK, em São Paulo. Além disso, a empresa promete reforçar sua rede de distribuição no restante do Brasil para relógios sofisticados, além de uma ofensiva para tornar a marca conhecida. Para promover a empresa, a IWC levará nesta semana para Genebra a modelo brasileira Adriana Lima como convidada especial.

A mesma ofensiva nos emergentes fará a Cartier, que deve abrir cerca de 30 novas lojas na Ásia e América do Sul até o final de 2012, uma expansão de 10% em sua rede. A fabricante de relógios tem uma ligação histórica com o Brasil. Em 1904, foi a primeira a fabricar um relógio de pulso, justamente para Alberto Santos Dumont.

Agora, a empresa está de olho numa nova geração de brasileiros. Segundo a consultoria Delloite, o Brasil está perto de ter mais de 1 milhão de milionários. Por ano, o setor de luxo cresce a quase 30% no País, movimentando mais de R$ 15 bilhões.

É amigos... cabe a nós continuar mantendo a Suíça na Zona do Euro...  ;D ;D ;D
Abs,

Ivan B. Prado

Daniel1

"Nunca discuta com pessoas burras, elas vão te arrastar ao nível delas e ganhar de você por ter mais experiência em ser ignorante." Mark Twain

Adriano

#2
Citação de: naio21 online 17 Janeiro 2012 às 08:53:02
Saiu no Estadão ontem (16/01/2012):


Ontem, em Genebra, a maior feira de relógios de luxo do mundo abriu suas portas.

Só uma correção: para variar, "jornalistas" bem informados escrevendo sobre o que não sabem...

O SIHH pode até ser o mais "chique", mais exclusivo e mais "glamouroso", mas não é nem de longe a maior feira ou salão de relógios. Baselworld é umas 10 vezes maior. São 18 expositores contra 1.900 em Basel, 15.000 visitantes contra mais de 100.000 em Basel, 30.000 m² contra 160.000 m² em Basel...

Abraços!

Adriano

Alberto Ferreira

 ;D

Salve!

É isso aí.  ;)

Valeu por compartilhar e postar a "notícia", naio21.  8)

Mas, como nós sabemos e o comentário do Adriano enfatiza,

A Net, ou a chamada Mídia (nem sempre) Especializada.
Ouve o cacarejo e já sai fazendo "omeletes"...   De trufas brancas...   :D

Abraços a todos!
Alberto

vinniearques

Assino embaixo Alberto, é triste nossa imprensa viu, muito triste, e olha que sou jornalista formado e desisti de trabalhar com isso, porque não tenho estomago, e agora que nem diploma precisa pra exercer.. ai danou-se por completo!

flávio

Essa é a maior discussão no lá pelas tantas chato livro A Time to Change. Mas a conclusão da própria FHH, lá pelas tantas, é a seguinte: empresas de relojoaria de luxo mantêm-se no mercado, NO MÉDIO E LONGO PRAZO, ressaltando seus valores de savoir faire. E isso é verdade. A solução das empresas em mudar suas linhas para atender aos mercados emergentes funciona no curto prazo e a aposta é perigosa, pois pode diluir a percepção global sobre ela.

Exemplo? A Zenith. A Zenith, sob a tutela do Tierry Nataf, inventou tanta moda e criou relógios tão diferentes do que estava acostumada a fazer, que simplesmente quase quebrou e só retornou com força total agora, que está de volta aos trilhos com seus modelos tradicionais.

E estou falando de fábrica centenária que não quebrou. Lembrem-se agora das fábricas minúsculas que surgiram para aproveitar uma onda e quebraram também.

Pois o mercado de luxo emergente um dia se tornará não emergente. E os gostos, querendo ou não, serão os mesmos dos europeus. O que as fábricas farão? Voltarão às tradições?

Cito pelo menos uma que parece que está voltando aos trilhos, a Vacheron.

E cito aquela que deve ser seguida, a Patek, que nunca mudou nada e ganha dinheiro pacas, porque segue o lema de que "você nunca é dono de um Patek, apenas o guarda para a próxima geração".

E cito, finalmente, a minha marca de coração, mas que está querendo bater de frente de novo com a Rolex, mas acho que ainda não se ligou: a Omega. A Omega atual parece a dos anos 70, com uma linha tão pulverizada, que eu nem sei qual modelo eleger com icônico!

Fábrica que dá certo tem um estilo próprio, construção clássica, etc.

Ver para crer: quando cito a Hublot como exemplo, é porque acho que eles estão aproveitando muito o momento, e ganhando uma grana com isso. Porém, sinceramente, vocês acreditam que a Hublot conseguirá se manter com os mesmos modelos (big bangs variados) nos próximos 10 anos? Eu não acredito.

Vou além, pois acho que há fábricas atualmente que não possuem custo benefício algum e nem sei como se mantém, financeiramente falando, se pelo puro marketing para emergentes, ou pelo que ganham na venda de relógios. Exemplo? Richard Mille.


Flávio

naio21

Bem, tirando o erro do jornalista e voltando ao assunto... é interessante ver essa atenção das corporações européias de alto luxo com o mercado emergente. Eu tenho duas hipóteses em relação a isso. Ou

1) Eles estão desesperados com a crise européia e matando cachorro a grito, ou...

2) Realmente o BRIC e afins estão ficando mais ricos. Nesse caso, se "tem tanta riqueza por aí, onde é que está, cadê minha fração"?  ;)
Abs,

Ivan B. Prado

flávio

Quem gosta deste assunto, volto a recomendar o livro A Time to Change. O nome diz tudo: hora de mudar. As empresas de relojoaria ganharam muita grana fácil nos anos 90 e 2000 e, com a quebradeira de 2008, viram seus lucros diluírem. Apostaram, então, nos mercados emergentes para aumentar seus lucros, mas mudando suas linhas, para se adaptarem ao gosto dos "BRICS". Porém, a conclusão da própria federação suíça - que parece não estar sendo seguida por todas as marcas - é: não apostem em mudança de linhas no longo e médio prazo, vocês vão dançar.


Flávio

Balla

Citação de: naio21 online 17 Janeiro 2012 às 13:10:53
"tem tanta riqueza por aí, onde é que está, cadê minha fração"?  ;)

UIA!!! Um fã de Plebe Rude!  :D

Desculpem o off-topic, mas ultimamente estou me sentindo uma ilha roqueira cercada de brega por todos os lados, então fiquei até aliviado em saber que não sou o único! Hehehe...

A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original. (Albert Einstein)

zandorman

#9
Alguém aqui já assistiu o documentário Zeitgeist? Aos que não, uma boa dica.

Vale lembrar que o montante de dinheiro no mundo é quase sempre o mesmo, ele apenas troca de mãos...

automatic for the people

Para algumas empresas de luxo ganhar dinheiro dos tupiniquins é fácil, principalmente quando um Tag Heuer custa aqui 3X mais do que no exterior, aí fica fácil...e as outras no mínimo o dobro, e sabemos, que não é só imposto...

Além de emergentes somos burros! Já basta alguns itens que é impossível buscar lá fora, como carros, outra robalheira braba das empresas/governo, eu não alimento esse crescimento, compro meus relógios pelo valor REAL que eles custam!

abs

AFTP

rasbrito

Citação de: automatic for the people online 17 Janeiro 2012 às 15:49:52
Para algumas empresas de luxo ganhar dinheiro dos tupiniquins é fácil, principalmente quando um Tag Heuer custa aqui 3X mais do que no exterior, aí fica fácil...e as outras no mínimo o dobro, e sabemos, que não é só imposto...

Além de emergentes somos burros! Já basta alguns itens que é impossível buscar lá fora, como carros, outra robalheira braba das empresas/governo, eu não alimento esse crescimento, compro meus relógios pelo valor REAL que eles custam!

abs

AFTP
Assino embaixo... não sou cliente das grandes marcas mas, mesmo nos modelos de preços populares, me recuso a pagar o absurdo que se cobra em terras tupiniquins... faço uso da nobre virtude da paciencia e aguardo alguem viajar e trazer pra mim.
Já basta os abusos de preços do dia a dia...

R.H.P

Citação de: automatic for the people online 17 Janeiro 2012 às 15:49:52
Para algumas empresas de luxo ganhar dinheiro dos tupiniquins é fácil, principalmente quando um Tag Heuer custa aqui 3X mais do que no exterior, aí fica fácil...e as outras no mínimo o dobro, e sabemos, que não é só imposto...

Além de emergentes somos burros! Já basta alguns itens que é impossível buscar lá fora, como carros, outra robalheira braba das empresas/governo, eu não alimento esse crescimento, compro meus relógios pelo valor REAL que eles custam!

abs

AFTP


Nesse ponto eu destaco a Rolex, das marcas de luxo, penso que ela seja uma das únicas que praticam um preço n Brasil pelo menos "aceitável" em relação ao preço praticado lá fora. Hj um sub aço/ceramica que se paga uns US$ 8 k lá fora, aqui no Brasil custa R$ 19 k com a possibilidade de parcelar...

Os meus 2 coroados foram adquiridos lá fora, porém foram aproveitando a oportunidade de estar lá ou de ter alguém por quem encomendar... Obvio que é mais barato comprar fora, mas não é uma diferença discrepante como vemos em Tags e Cartier, por exemplo

automatic for the people

Bem lembrado RHP, no caso da Rolex, paradoxalmente talvez seja até mais negócio comprar por aqui...

abs

AFTP

Sergiaum

Citação de: automatic for the people online 17 Janeiro 2012 às 17:44:35Bem lembrado RHP, no caso da Rolex, paradoxalmente talvez seja até mais negócio comprar por aqui...

abs

AFTP

isso já foi comentado aqui algumas vezes... parece q eh a manufatura q tem o menor "acrescimo de preco" em relacao ao praticado por ela la fora (aki eh "apenas" cerca de 40% mais caro)...

nao sei ate q ponto vale efetivamente a pena ir pra la so pra comprar um rolex (se vc foi pra la por outro motivo, ai sim...), mas ainda acho q as lojas aki do BR q vendem rolex poderiam parcelar os coroados em mais vezes (10x, como, p.ex., a montblanc)...

abs.

flávio

Mas aí vem um problema, que TAMBÉM é discutido no livro a Time to Change. A maior parte dos emergentes ainda compra seus relógios durante viagens e, para marcar algum momento. Para mim, não teria o mínimo sentido comprar algum relógio aqui. Aliás, meu Explorer I comprei aqui. Qual valor sentimental ele possui para mim? Absolutamente nenhum, é apenas um relógio que gosto. O Milgauss GV comprei na minha viagem para a Suíça, especificamente para visitar as fábricas. Ele PASSOU a ter um significado, porque na verdade não havia planejado comprar nada nesta viagem.

Ou seja, dinheiro até tenho para comprar aqui, de 10 vezes, mas os relógios para mim são cápsulas do tempo, lembram-me algum evento especial da minha vida. Bem, pelo menos a maioria deles...

Aqui não teria graça comprar!

Flávio

automatic for the people

Flavio

Mais um belo argumento! Vai ficar marcado pelo resto da minha vida, minha compra do Aqua Terra em Miami em setembro do ano passado, aqui, além de ser economicamente inviável (para mim pelo menos), teria muito menos graça mesmo...

Mas falando em "parcelamento", é típico de mercados emergentes, hein? Em nenhuma loja que se visita na europa ou Estados Unidos, oferecem essa "vantagem"...

abs

AFTP

Luis Costa

Vejam que interessante, a queda nas vendas dos relógios de luxo no "1º mundo" fez surgir por lá, como alternativa, o aluguel desses modelos, conforme matéria veículada hoje no IG:

http://luxo.ig.com.br/objetosdedesejo/relogio-de-aluguel/n1597566505312.html


vinniearques

Nossa que ideia louca, imagina aqui no brasil você aluga um pra pagar de gatão na balada e os ladrões leva, alias aqui já ia montar fraude pra seguro de relogio, pra alugar roubar esquentar e revender, não ia rolar. rsrsrsrs

não estou falando mal do Brasil, mais é assim aqui, roubam muitos relogios e revendem depois, e o povo compra mesmo sabendo que é roubado!