Imagine, a pergunta não é irrelevante, pelo contrário.
Não tenho como comprovar cientificamente isso, mas baseado na minha observação, experiência e um pouco de conhecimento científico, uma das vantagens do sistema unidirecional é também de ser, em geral, mais eficiente na horizontal justamente por fazer mais uso da sua inércia. É fato que num geral os sistemas unidirecionais oferecem menos atrito (giram mais soltos) e tiram mais proveito da inércia do rotor. Logo, nessa situação de carregamento por pura inércia ele me parece mais eficiente.
Basta ver o tanto que o rotor de um 7750 ou outro unidirecional (Citizen 8200, Frederic Piguet 118x, Omega 33xx) gira "num pau só" no sentido em que não carrega, quando o relógio está na horizontal. Quem tem esses relógios já sentiu isso pelo menos uma vez. Por mais que não carregue nesse sentido do giro, ele tem que estacionar e fazer algum vai e vem, e aí, sempre carregará. Essa é a parte da minha observação + experiência.
Em outras palavras, ainda, um bidirecional meio "preso" que nem os dos ETA 2892, que com corda cheia tiram bem pouco proveito da inércia em qualquer movimento (afinal, tiram até pouco proveito da própria gravidade...), já podem sofrer. Pois um dos problemas é esse: por inércia o rotor se move muito pouco mesmo quando está tudo novo e lubrificado. A resistência do sistema é muito grande e a massa do rotor é insuficiente. E massa é massa, com ou sem gravidade. O peso muda com a gravidade, a massa não. Essa é a parte científica da coisa.
Com o tanto de tarefas que os caras têm o dias todo "lá em cima", acho que os relógios deles carregam mais lá no espaço do que os meus aqui na Terra. Sério.
Abraços!
Adriano