Menu principal

Um vídeo da Patek sobre os procedimentos de revisão

Iniciado por admin, 24 Setembro 2012 às 12:04:33

tópico anterior - próximo tópico

flávio


Arkitekt

Quantos Rolex's sera que eu compro com o preço dessa revisão?!! :) :)

brincadeira a parte, muito legal ver toda a excelência por trás da revisão da Patek!!

abs!!!!!!!!

michelim

"The Quality Remains Long After the Price is Forgotten."

Paulistano

não obstante a excelência dos serviços, 3 coisas faltaram..

proteção no cabelo;
proteção na boca e nariz; e
proteção nos dedos na mão direita.

explico: o cabelo acumula grande quantidade de poeira, caspa, resíduos etc....é um passo para cair algo em cima do movimento.

a boca e o nariz expiram ar úmido, e ficar "bafando" em cima do movimento, NESTE PADRÃO DE RELOJOARIA, não é conveniente.

a proteção dos dedos da mão direita é aconselhável, pois evita que um deslize contamine o movimento.

vale ressaltar que as minhas observações são o que eu acho aconselhável, em se tratando de uma manutenção de alto padrão, como é o caso da PP.

de qualquer forma, inquestionável o maravilhoso serviço disponibilixado.

abraços.

ThiagoDF

Realmente bem impressionante o vídeo, apesar de concordar com as observações do Paulistano.

Se não entendi errado, eles ficam testando o relógio, após realizada a revisão, por 14 dias direto, antes de devolver a peça ao dono.

Isso sim é excelência de serviço.
Membro do RedBarBrazil

lucius

Um nivel muito alto de artesania.

Pode ser uma pergunta completamente noob, mas normalmente uma revisão teria que ir tão fundo? Praticamente refizeram o relógio.

Lucius
Corruptissima re publica plurimae leges

Paulistano

Citação de: lucius online 24 Setembro 2012 às 17:34:42
Um nivel muito alto de artesania.
Pode ser uma pergunta completamente noob, mas normalmente uma revisão teria que ir tão fundo? Praticamente refizeram o relógio.
Lucius

amigo
revisões bem feitas compreendem um trabalho criterioso, e isso implica no desmonte total do relógio, substituição de peças (principalmente guarnições) e remontagem com lubrificação.
o restauro da caixa também é necessário, para que o relógio (principalmente um PP) volte a ser o que era quando deixou a fábrica.
aqui também temos revisões criteriosas, como as feitas na rolex e na autorizada omega, do nosso amigo sumido Mauro, cuja gerência(eu acho) cabe ao mestre Adriano. lá, pelo que sei, o critério é alto...
enfim, revisão bem feita é isso....o resto é meia boca.
abraços.

igorschutz

O que se espera de uma revisão é que o relógio realmente volte ao dono como se tivesse saído da loja, então nada mais lógico que um relógio fabricado tão meticulosamente receba uma revisão do mesmo nível.
Opinião é como bunda: todos têm a sua. Você dá se quiser.
Opinião é como bunda: você dá a sua e eu meto o pau.

NÃO ACREDITE NO QUE 'FALAM' AQUI, ESTUDE BEM E TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES

Sifion

A PP aconselha revisar os relógios de quanto em quanto tempo?? Porque é meio como o colega disse, praticamente refizeram o relógio inteiro.

Se eles testarem o relógio por mais 14 dias depois de revisado o dono deve passar um mês ou mais sem a peça, nem acho que todas aquelas outras fases são feitas com alguma pressa....

Ainda assim, o nível de cuidado e a qualidade com que isso deve ser feito é absurdo!

Adriano

Só existem duas maneiras de se fazer tudo nessa vida: do jeito rápido, ou do jeito bem feito.

Abraços!

Adriano


flávio

#10
Eu postei o vídeo para que observassem o padrão de burocracia deles, que achei legal e, sobretudo, a grandiosidade (volume mesmo, tamanho). Digo isso porque a revisão deles em nada difere de qualquer revisão feita por um relojoeiro bom. Todo o relógio será desmontado, todos. Não há atalhos na revisão de um relógio.

Quanto ao tempo entre uma revisão e outra, antes de criar prazos, mellhor levar o relógio anualmente para inspeção e observar como ele está no aparelho de diagnóstico. Qualquer outra coisa é cabala. Eu já notei, por exemplo, que Rolexes vão longe nas revisões, mesmo com o uso diário. 10 anos e só aí começam a apresentar algum problema. Em compensação, há relógios tão delicados que não aguentam nada! Os novos Omega 8500, para citar mais um exemplo, estão saindo de fábrica com 4 anos de garantia. Presume-se, pois, que irão longe. Na minha experiência, os únicos relógios meus que arregaram relativamente rápido foram aqueles com base ETA 2892 sem grandes modificações. Meu Longines Avigation Chrono, como já citei aqui, foi revisado umas 3 vezes (duas em autorizada) em 12 anos e continua UM LIXO! Agora deu para atrasar muito, mas tenho até medo de colocá-lo numa máquina de diagnóstico.

Ah, e foi publicado novamente no The Purists há uma semana texto antigo sobre "efeitos de não revisar um relógio". As fotos falam por si:

http://www.watchprosite.com/?show=nblog.post&ti=815733&fi=1223



Flávio

flávio

Ah! E que fique claro como também não é tão simples quanto parece verificar apenas no "olhômetro" o estado de um relógio, citando também o exemplo do Longines. Ele tem display back. Portanto, posso pelo menos no "chutômetro" afirmar se a amplitude está razoável. Está, consigo ver isso. A carga é ruim, uma característica dele, já aprendi a conviver com isso: se vou usá-lo, tenho que dar corda total (umas 50 voltas na coroa. Dá para ouvir também a brida deslizando no final, embora baixinho. Não é como no Swatch Automatic, que você ouve um clác). Ele, então, segura uso diário, mas perdendo um pouco de carga a cada dia, eis que só carrega, no máximo, umas 10 horas em um WatchWinder na maior velocidade. Os atrasos...Não sei se é porque tem ficado muito tempo no WW e acumulado o erro posicional da coroa à direita. Vou testá-lo no pulso essa semana toda.

Mas enfim, o que quero dizer com isso é que nossas observações não são exatas. O aparelho de diagnóstico é exato. Então, na minha opinião, se usa mesmo o relógio e o quer deixar em bom estado, uma vez por ano o leve a um relojoeiro que presta, porque senão nem o aparelho de diagnóstico terá, e o verifique. Nem precisa abri-lo. Arregou? Revisão.

Flávio

Adriano

Sim, os 2892 normalmente arregam cedo. Especialmente por causa do sistema de carga. Simplesmente pára de carregar.

Apenas um comentário rápido sobre os Omega 8500, sem fugir do assunto: sobre sua provável robustez, vi semana passada um 8500 acidentado que destruiu o relógio. A porrada principal foi justamente onde o relógio não deve apanhar: na coroa. Pois a chance da energia dessa porrada ir parar na máquina é grande. Resultado: a máquina não sofreu nada, nem desrregulou. O que achei excelente para uma porrada na coroa (entre outras porradas que o relógio levou) e para um mecanismo complexo.

Abraços!

Adriano

Adriano

#13
Citação de: flavio online 25 Setembro 2012 às 10:21:57


Ah, e foi publicado novamente no The Purists há uma semana texto antigo sobre "efeitos de não revisar um relógio". As fotos falam por si:

http://www.watchprosite.com/?show=nblog.post&ti=815733&fi=1223


Flávio

Welcome to the jungle!

Ótimo artigo para quem acha que agentes antidispersantes são frescura, e que óleo é tudo igual, em qualidade, em viscosidade, em quantidade, e na maneira como é aplicado...

Ou que eu sou um nojento quando digo como é o jeito certo de se fazer as coisas...

Abraços!

Adriano

flávio

Bom tocar nesse assunto Adriano. Tomemos o 2892 como exemplo. Sabendo que o mecanismo de carga dele arrega primeiro que todo relógio, é comum apenas retirá-lo (até mesmo porque massa oscilante, rodas reversoras, etc, estão em uma mesma ponte) e revisar só essa parte, se o cliente pedir? Digo isso porque já fiz isso num Omega. O relógio estava novo, no diagnóstico tudo ok, mas a carga ruim. Foi revisado apenas a carga o que, claro, me custou muito, mas muito menos e, ademais, relógio entregue rápido!

Flávio

Adriano

Flávio, honestamente, a tabela da Omega prevê um valor de serviço parcial em mecanismo. Isso pode ser interpretado como regulagem, ajustes, e reparo somente na parte do automático.

Porém, sou mais honesto ainda em dizer que ninguém aqui usa isso. Por uma razão simples: CDC. Não há consumidor, nem juíz, nesse mundo, que entenda que um mecanismo de relógio, como um motor de um carro, possui elementos relativamente independentes. Pois no carro, o que acontece: você leva e o cara mexe numa coisa no motor. O carro volta a falhar, e ele fala que é outra coisa, você paga denovo. Aí falha denovo, e aí é um novo defeito, você paga denovo, e por aí vai. Eu já cheguei a pagar muito caro por 5 serviços diferentes no motor do meu carro. O sintoma era sempre o mesmo, mas o diagnóstico sempre diferente. Nunca fui coberto pela garantia.

Com relógio, parece que é diferente: abriu o relógio, tudo o que vier a acontecer com o relógio dali pra frente é problema seu. Não interessa o que você mexeu, não interessa que dê por escrito, nada. Abriu e mexeu, todos os problemas conseguintes são seus. Logo, existe um risco gigantesco em eu revisar a parte do automático do seu relógio, dali um mês, seis meses, um ano, dois anos, ele começar a atrasar, ou adiantar e etc. sem ter nada a ver com aquilo que foi mexido. Nenhum consumidor vai entender que a oficina só mexeu no automático. Se você mexeu, é problema seu. É assim que funciona. Por isso, tudo que envolve mecanismo, não se faz serviço parcial. É revisão completa ou nada. Assim, dou a garantia e se realmente apresentar um defeito nesse período, o problema é realmente meu.

Estou falando do consumidor "médio", aquele que representa 99,99% da clientela da assistência técnica. Não estou falando de um entendido de relógios. Seja feita essa diferença.

Abraços!

Adriano

Adriano

Ah, acho que vale aqui recuperar dois excelentes tópicos:

http://forum.relogiosmecanicos.com.br/index.php?topic=5313.0

http://forum.relogiosmecanicos.com.br/index.php?topic=4277.0


Que aliás, deveriam já estar nos clássicos, pelo meu entendimento.

Abraços!

Adriano

igorschutz

Opinião é como bunda: todos têm a sua. Você dá se quiser.
Opinião é como bunda: você dá a sua e eu meto o pau.

NÃO ACREDITE NO QUE 'FALAM' AQUI, ESTUDE BEM E TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES

michelim

Citação de: Adriano online 25 Setembro 2012 às 10:54:11
Citação de: flavio online 25 Setembro 2012 às 10:21:57



Ótimo artigo para quem acha que agentes antidispersantes são frescura, e que óleo é tudo igual, em qualidade, em viscosidade, em quantidade, e na maneira como é aplicado...



Isso aí Adriano!!




Sem falar no problema de se ter a ferramenta adequada...

"The Quality Remains Long After the Price is Forgotten."

ThiagoDF

Nossa, fiquei tenso de somente olhar pra essa foto da pilastra "consertada" com fita durex... :P

Lí os tópicos indicados pelo Adriano, muito interessante. ;)
Membro do RedBarBrazil