O imposto nos USA é estadual e só é pago se o produto for retirado na loja, ou, se em compras pela internet, for entregue para um endereço no mesmo estado no qual a vendedora está localizada. Por isso, se comprar de uma loja em Miami (Florida) e mandar entregar no hotel em Nova York (NY), não paga nada de tax. Agora, se estiver em NY e for comprar na loja, vai pagar 9% de imposto sem choro nem vela. Por isso, se for passar por um ou mais estados diferentes, muitas vezes é jogo negociar no local, mas pedir pra loja enviar via Fedex para o próximo destino na sua viagem.
Olá LF e Paulo Sérgio.
Estou partindo da explicação (ótima, diga-se) do LF para fazer algumas considerações neste sentido.
Como sou apenas "usuário" das leis do Brasil e dos EUA talvez não utilize os termos adequados, mas os conceitos estão certos.
O "state tax", como eles chamam, que na verdade é uma composição de impostos estaduais e municipais, é devido pelo comprador, ou pelo consumidor, não pelo logista, por isto este valor é, em 99% das vezes discriminado na nota fiscal. O logista é apenas um repassador/recolhedor.
Como esta lei é estadual, quando o comprador está em outro estado, ele não é alvo (objeto?) da mesma, logo, o "tax" não é recolhido pelo vendedor, mas
É DEVIDO PELO COMPRADOR, NO ESTADO DE DESTINO DA MERCADORIA. Como não existe (existia) obrigação do vendedor informar o órgão do estado de destino da transação, a única forma do estado recolher seria a declaração espontânea do comprador desta dívida, coisa que claro, pouca gente fazia, mas acreditem, alguns faziam. Eu pus um existia entre parênteses porque atualmente, caso o vendedor tenha presença física no estado de destino, ele é obrigado a informar esta venda, e, por isto, é obrigado à recolher a taxa.
Como, no passado, estas transações eram raras, ou, em pequeno número (e valor), isto era negligenciado pelos órgãos arrecadadores estaduais.
Hoje, com Internet, Amazon e tudo mais, estas transações atingiram um valor que não pode mais ser desprezado pelos estados, além de ser uma forma "desleal" de concorrência, logo, o cerco sobre esta "situação" está muito mais fechado.
Com isto não estou dizendo que, hoje, seja mais difícil de comprar desta forma do que foi no passado, ou que seja menos vantajoso do que já foi, apenas acho que, diferentemente do que achava no passado, esta prática pode não ser mais tão interessante, sempre na minha opinião, pois acho que esta conta pode ser cobrada em um futuro próximo.
Tenho até alguns exemplos práticos de como esta "situação" está mudando, que se for de interesse, posso elencar.
Esta lenga-lenga toda que escrevi se resume em - quando não pagamos este imposto, não estamos nos beneficiando de uma isenção, mas sim de uma dificuldade de cobrança no formato,
não encontramos uma forma de não dever, mas sim de não pagar.
PS1. Nada do que escrevi é sobre moral ou honestidade, apenas para deixar claro, falo apenas do lado prático.
PS2. Tudo baseado em minhas experiências, que podem ser diferentes das dos demais e nem por isto invalidam ou são invalidadas.
PS3. Já fiz dezenas de compras utilizando deste artifício, basicamente me beneficiando da "Tri-state area" (NY/NJ/CT) e, ao longo dos anos, o comportamento dos lojistas veio evoluindo, na tentativa de se proteger.