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Girard Perregaux Força Constante

Iniciado por melao, 28 Março 2013 às 15:10:01

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melao

Muito interessante a nova tecnologia.Isso pode chegar a todos os relogios ou vao mante-lo só nos muito caros?

http://estacaochronographica.blogspot.com.br/2013/03/girard-perregaux-acabou-com-o-tic-tac.html

flávio

Eu tinha a patente deste troço aqui em casa, não sei onde está... Aguardemos... Na teoria, tudo funciona bem; na prática... Não há estudos a longo prazo com este escapamento e, dizem as más línguas, a GP não estava muito bem das pernas, financeiramente falando. Aguardemos...


Flávio

igorschutz

Eu não ponho muita fé nesse escapamento. Era da Rolex, foi pra GP... a Rolex largou o osso por quê? ...se bem que a Rolex largou o co-axial também... mas era outra época...
Opinião é como bunda: todos têm a sua. Você dá se quiser.
Opinião é como bunda: você dá a sua e eu meto o pau.

NÃO ACREDITE NO QUE 'FALAM' AQUI, ESTUDE BEM E TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES

Dorotheo

Se vai durar não sei, mas é uma alternativa ao clássico.
Abs
Todo ser humano é culpado do bem que não fez. Voltaire

flávio

#4
Eu sou fã de velharias reinterpretadas. Escapamento de força constante para mim sempre significou um remontoir. Então, acho bacana quando desenterram o remontoir clássico. Já disse aqui, por exemplo, que acho fantástica a utilização de novos materiais não metálicos em relógios mas... Silício? O que tem a ver isso com relojoaria? Não nego, por exemplo, a expertise técnica da Omega e seus calibres 8500 mas é estranho algo da época da computação, feito mais ou menos com a mesma técnica, colocado em um relógio que em síntese deveria ser METÁLICO! Eu tenho muito essa conexão "metálica", não sei se conseguiram captar, com a relojoaria. Prefiro. Acho mais bacana. Agora, se essas pequenas molas em silício, pela própria tensão no sistema, irão manter torque constante, não sei. Gostaria de testes. Mas não posso negar que, pelo menos visualmente, é bem bacana de ver.


Flávio

flávio

Saiu um texto agora na net com um vídeo da GP que mostra o escapamento em funcionamento em câmera lente. Faz sentido, custa 100 mil dólares e vejamos se no futuro fazem mais. Não posso negar: ver o troço em funcionamento é hipnotizante.


http://blog.perpetuelle.com/watches/in-depth-girard-perregaux-constant-escapement-explained/


Flávio

Adriano

Estou escrevendo uma matéria para a próxima Pulso sobre esse escapamento.

O lance do silício é uma questão de desempenho: o silício, em primeiro lugar, produz superfícies muito lisas. Como uma cerâmica. Em segundo, é muito mais estável quimicamente e fisicamente: não oxida, não reage com lubrificantes, é antimagnético, tem coeficiente de dilatação baixo... E o grande barato: o método de fabricação, tipo o LIGA, permite que se obtenha peças com uma tolerância incrível. Basicamente, tudo o que se faz em silício tem desempenho melhor que o de metal. Até em termos de resistência mecânica, já que a massa diminuta das peças não as fragiliza (ao contrário do que se pode pensar). O resultado é que uma roda de escape e uma âncora desse material oferece uma precisão geométrica absurda e superfícies tão lisas que pode dispensar lubrificação. Enquanto na confecção de molas, consegue-se também uma mola o mais próximo da perfeição e que ainda é antimagnética.

O que quero dizer é que essas são as justificativas para o uso desse material.

Abraços!

Adriano

TUZ40

"All your base are belong to us"

igorschutz

Como dizem os americanos, "a prova está no pudim", ou seja, chega de blábláblá de silicone, mais fino que fio de cabelo, conceito do c***lho a quatro... põe esse relógio pra competir com um movimento de âncora da mesma categoria e vamos ver quem se sai melhor.

Se for o GP, aí respeito. Senão, é só perfumaria para abobados com dinheiro...
Opinião é como bunda: todos têm a sua. Você dá se quiser.
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Adriano

#9
Só uma observação, a respeito do primeiro texto, do colega de Portugal. Ele disse que o relógio não pode ser testado pelo COSC uma vez que o tic-tac dele é diferente, é numa frequência bem baixa. Bem, eu sei o que ele pensou quando escreveu: nos cronocomparadores, vulgo Vibrograph e Witschi por aí. Sim, esse relógio não pode ter sua marcha aferida por esses aparelhos pois eles se baseiam no som do tic-tac para medir a marcha e não estão programados para fazer a leitura dessa frequência de oscilação.

Porém, isso nada tem a ver com o COSC pois os relógios lá não são aferidos com meros cronocomparadores acústicos, mas sim, visualmente, ou opticamente (já que visualmente não é o termo apropriado pois não fica um caboclo lá 24 horas olhando para o ponteiro do relógio) pelo ponteiro de segundos. Sim, os mecanismos são enviados sem relógio mas montados em um mostrador especial (na verdade, um mostrador bem simnples mas com marcações bem precisas e contrastadas) e ponteiros. A marcha é medida pelos ponteiros.

Logo, a frequência de oscilação não é empecilho para o teste no COSC, mas sim a ausência do ponteiro de segundos. Um caso clássico são os Panerai Marina. Os modelos são certificados, exceto o basicão sem ponteiro de segundos. Não há como ser aferido pelo COSC.

Outra coisa, ele comenta que o relógio acelera a marcha com muita corda e diminui a marcha com pouca corda. É o oposto na verdade, em teoria, e até certo ponto. A tendência do relógio teórico e sujeito à um isocronismo bom, ainda que imperfeito, é ter uma marcha mais lenta quando a amplitude é alta, logo, com corda cheia, depois ir acelerando a marcha conforme a amplitude cai. E volta a atrasar quando a amplitude está realmente muito baixa, com o relógio quase morrendo.

Ou seja, contraria a crença popular, e compreensivelmente, pois parece óbvia, de que o relógio anda rápido com muita corda e devagar com pouca corda.

Abraços!

Adriano

CSM

Phudeu, achei que alguem fosse mais preparado que eu para aferir a precisão do meu pam 372, dado que eu nao consigo pela falta do ponteiro dos segundos, mas nem o Cosc pode hahaha.....mas tambem, para que que vou querer saber a hora certa...

Abracos
Membro do RedBarBrazil

flávio

Para ilustrar o conceito que o Adriano falou, nada melhor do que imaginar um relógio de pêndulo tabajara (tenho um tabajara em casa, embora alemão e da Hermle. A única coisa de "precisão" nele é o escapamento Graham Dead Beat). À medida que a corda vai acabando, o pêndulo percorre cada vez mais arcos curtos e mais rápidos. Com corda cheia, ele faz tiiiiiiiiiiiiiiiiiiiic, taaaaaaaaaaaaaac, tiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiic, taaaaaaac. Corda vazia? Tic, tac, tic, tac, tic, tac... Uma metralhadora!

No geral, porém, esse meu relógio em particular adianta, cerca de 5 minutos por semana e, acreditem se quiser, tem variação de temperatura fácil de notar: se a temperatura praticamente constante de Brasília cai, ele adianta mais ainda.

Porém, a teoria não é tão simples, sobretudo num balanço. Lembro-me que certa vez discutimos isso analisando figuras do livro de Theory of Horology e, para chegarmos a uma conclusão, foi um parto. Onde foi parar esse tópico?

Outra coisa: Adriano, no livro Wristwatches Chronometers que tenho há pelo menos um modelo que foi levado a competição de observatóriio SEM PONTEIRO DE SEGUNDOS! Como os caras observavam sua marcha? Fiquei a pensar...


Flávio

igorschutz

Se o relógio tiver um ponteiro de minutos beeeeeeeeeeeeeeeem comprido, dá pra medir também.
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flávio

Gostou da minha escrita titi? :D


Flávio

mmmcosta

Marcelo


mestreaudi

Tópicos mesclados.
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Esse vídeo realmente é bem legal!  ;)

Abs!
Rafael.