Citação de: Dicbetts online 11 Junho 2015 às 12:35:23
Como já virou off topic, vamos lá.
Não é uma questão de apostar, César. Essa discuto até o fim dos tempos.
O grande problema é que os analistas de tênis tendem a julgar a velocidade do jogo, hoje, pela velocidade que é impressa à bola. Isso é um erro e venho dizendo, há muito tempo, entre aqueles que conheço.
Como o tênis atualmente é uma pancadaria sem fim (basta comparar o porte físico do Federer com o do Borg, por exemplo), manda quem tem mais força. Ou você acha que a Serena Williams é daquele tamanho à toa?
Claro que isso não exime a técnica, mas caras que foram considerados gênios nas suas gerações (e te dou uma lista: Nastase, Ashe, Emerson, Borg, Lendl, Lecomte e por aí vai) dificilmente jogariam hoje. Nem veriam a bola.
E aquele jogo bonito, de subir à rede, de girar a quadra inteira, acabou. Hoje, a trocação é no fundo da quadra, uma porradaria interminável e monótona. Se alguém vai à rede, corre o risco de tomar uma paralela e ficar vendido.
Veja a quantidade de lobbys que são dados hoje. O jogador que toma um lobby, toma porque errou a estratégia.
E tem mais uma coisa. Todo jogo em que há maior troca de bola é sempre mais rápido. Veja o futebol: todos se espantam com o time do Barcelona, ou do Bayern, que troca (ou toca) bola a todo instante. Isso é um jogo rápido. Compare com o do Flamengo, ou da seleção brasileira, que "gastam" a bola. Uma monotonia só. Uma falta de ousadia irritante.
Isso é física aprendida no segundo grau. Quanto mais movimento, mais velocidade desprende. É a base do Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV).
Migrei do tênis para o squash exatamente por isso. Me movimento mais, mas não tenho de dar mais pancadas na bola. Pancada na bola é sinal de força, não de velocidade.
Por fim: quem quiser ver o jogo do Bjorn Borg com o Roscoe Tanner, está completo no YouTube. Uma aula hoje esquecida.
Dic
Dic,
Provavelmente estamos discutindo coisas diferentes:
Preferir o tênis da geração do Borg (hoje chamado de clássico, pontos mais curtos, mais variação, menos velocidade da bola, etc) ao tênis jogado hoje (mais físico, mais trocas, mais spin, menos variação, etc), beleza. É sua opinião e cada um tem a sua.
Mas, seja na época do Borg, seja atualmente, a quadra de grama de Wimbledon é mais rápida que a quadra de saibro de Roland Garros. Não concorda?
A comparação com o futebol não achei válida, os toque rápidos, curtos, são entre jogadores do mesmo time, no tênis não tem isso, é uma bola para fazer o seu adversário começar a devolver um pouco mais curto, ou que seja um winner. Não vi sentido nenhum na comparação...mas se quiser gastar mais teclado para explicar melhor, lerei!
No meu entendimento, e no de vários técnicos que conheço, tênis não é força. Mesmo essa pancadaria de hoje em dia. É velocidade, tanto de perna quanto de braço. Só precisa ser forte o suficiente para acelerar bem a raquete, nada mais que isso. Físico da Serena Williams atrapalha bastante ela, muito peso para carregar, sorte dela é jogar no feminino e conseguir acelerar bem a bola.
Ou você acha que Djokovic é um cara forte? Pode ser forte, elástico, mas não no estilo da Serena. Um homem do porte da Serena, na mesma proporção, não entra no top 100 hoje. http://images4.fanpop.com/image/photos/15600000/djokovic-shirtless-bulge-novak-djokovic-15616412-1024-1542.jpg
Segundo o próprio Lendl, a principal diferença do jogo hoje é o equipamento, primeiramente encordoamento (leia-se co-poly) e depois raquetes. Antigamente as raquetes eram pesadas e muito flexíveis e as cordas frágeis e não eram capazes de gerar tanto spin.
Eu não teria muitas dúvidas de que pelo menos alguns dessa sua lista se destacariam hoje em dia se fossem jovens, para mim gênio é gênio, independente da época.
Abraço
Ah... e quanto a aposta, discussão, off-topic... não me importo em discutir enquanto o nível se manter no cavalheirismo! Aliás, esse é um dos principais pontos desse fórum, em qualquer outro já estaria em bem mais baixo nível...