Prezados :
Bom dia !
Há tempos eu não me "manifestava" de maneira mais contundente por aqui.
Mas acho que agora é uma boa hora.
Desde o antigo FRM, que conheci graças ao Mestre Gravina, sempre tivemos os inevitáveis "vai-e-vem" de assuntos, o que é absolutamente normal.
Por vezes, muitas postagens sobre técnica e história da horologia. Depois, consultas de interessados na compra de alguma peça específica, nova ou
vintage. Uns dias, ou mesmo semanas depois, uma avalanche de fotos das novas aquisições, ou então comentários e mais comentários sobre algum relógio especial, que mexia com as "lombrigas" de todos.
Era uma alternância muito salutar de temas, pois não saturava nem uma nem outra vertente, e sempre permiitu a participação efetiva de todos, sobretudo dos mais inexperientes como eu, "abelhudo" e curioso, mas detentor de parcos conhecimentos técnicos e com pouquíssima bagagem histórica para criar um tópico sobre o assunto, por exemplo.
Mas eu me sentia muito bem por lá, e tive uma recepção fenomenal de todos, sem exceção, ainda que tendo um padrinho de peso como o Mestre Gravina, as coisas pudessem ficar mais fáceis...
Ao fazermos a "mudança" para cá, capitaneada - nos aspectos técnicos - pelo Bruno Recchia, essas características permaneceram, e além disso, o que já era louvável, na minha humilde visão dos fatos, o Fórum ganhou muito mais visibilidade, e novos colegas passaram a integrar essa comunidade.
Em pouquíssimo tempo, tivemos um crescimento exponencial de membros, a maioria deles ativos, e o retorno daqueles que, por quaisquer motivos, tinham ido "tomar um suco", como diz o Lorde Alberto Ferreira.
Infelizmente, de uns tempos para cá, parece que a coisa degringolou...
(PARÊNTESES) Tópico criado por mim, obviamente que espelha a minha mais que exclusiva opinião, que não sei se é compartilhada por mais alguém. Mas prefiro correr o risco de ser voz solitária, e voto vencido.
Sinceramente, está chato, na acepção mais direta do termo, ler alguns tópicos ultimamente.
Qualquer comentário mais direto, ou incisivo, ou nem mesmo com essa carga de assertividade, é levado (nem sempre, é claro, mas muitas vezes...) para o lado pessoal, o que dá margem às infindáveis menções, veladas ou explícitas, a este ou aquele membro.
E mais. Uns se arvoram no direito de "defender" terceiro, o que aumenta ainda mais a animosidade entre os foristas, e cria, em algumas oportunidades, discussões infindáveis, que fogem totalmente ao teor daquele tópico específico, até que um "iluminado" venha e retome a questão crucial ali tratada.
Pessoal, se entendo, hoje, um pouco de Seiko, devo isso ao zE_ e ao Alberto Ferreira. Se meus conhecimentos sobre a marca Omega cresceram, enormemente, foi por conta do que li e ouvi do Nilo e do Mestre Gravina.
Se aumentei meu repertório sobre história da indústria relojoeira mundial, muito se deve aos posts do Igor e do Flávio, nosso "patrão".
Artigos técnicos, chama o Adriano !
Passei a enxergar a marca Rolex com outros olhos, em razão dos inúmeros
e-mails trocados com o Wilton (que nem participa por aqui, mas é um profundo entendedor da marca) e com o Lobo (participante ativo do "antigo" FRM, que foi "tomar um suco" bem demoradinho, por sinal...).
Temos os nossos "especialistas" em
divers (como o Chris), o nosso "buscador oficial", sempre com alguma novidade (Cigano), o "Dr. IWC" (Lessa), o Mauro com suas viagens de treinamento, nos maiores centros mundiais, o "rei dos relógios baratos" (Sandro - sat), o Solano com seu humor picante - e belos relógios, também...
Perceberam que TODOS contribuem de alguma forma para este espaço ? Os Mestres, os técnicos, os historiadores, os curiosos, os bem humorados, até eu, naqueles desafios que o Humberto não ressuscitou, até agora !!!
Não importa,
para mim, pessoalmente, repito, se o tema de um
post é um Damas de 50 reais, ou um Audermas Piguet de 40 mil (meros exemplos, sem entrar no mérito se são bons ou maus relógios, se representam alta horologia ou não)... Quem arrematou o Damas num leilão virtual, acompanhou e deu lances durante vários dias, o fez por algum motivo muito particular, que pode ou não ser relevante para nós.
O comprador de uma peça raríssima, de sei lá quantos mil reais (ou dólares) pode ter "raspado o cofrinho" por aquilo, independentemente de acharmos que vale a pena ou não.
Mas são os motivos de cada um, e isso pode, deve e urge seja respeitado.
Não vamos nem nos levar muito a sério, nem essas tais "maquininhas de marcar o tempo"... Como alguém já disse, com enorme propriedade (me perdoe o autor da frase, por não mencioná-lo expressamente), "são só relógios".
Não são nossos valores familiares, nossos entes mais queridos, nossa convicção religiosa, nossas carreiras profissionais. Só, apenas e tão somente, relógios.
Claro, são inegáveis provas da capacidade humana, da inventividade do homem. Também os amamos e queremos cada vez aprender mais sobre eles, mas... não viveríamos sem eles ?
Vale a pena arriscar a vida, num assalto, por exemplo, por causa de um... relógio, raríssimo que seja
Já pisei na bola com algumas pessoas que aqui conheci. Ou por força de alguma divergência comercial, um comentário mais infantil etc. Mas tudo está acertado, entre nós, "ofensores" e "ofendidos"... Não vamos transformar esta confraria num Tribunal permanente, onde "acusação" e "defesa" ficam travando um embate tolo, desnecessário e cansativo.
Meus, sei lá, 50 cents...
Grande abraço a todos, Flávio.
P.S. As citações de nome são exemplificativas, ainda que sejam uma singela homenagem da minha parte aos que efetivamente me influenciaram e continuam influenciando, ensinam e, por que não, me fazem rir (às vezes, muito). Os "não citados", por favor, não se sintam diminuídos ou desprezados... Tenho muitos defeitos, mas costumo ser coerente : se disse acima que TODOS são importantes, é assim que penso, independentemente de tê-los mencionado expressamente, ou não !!