Menu principal

Relógios automáticos e necessidade de revisões

Iniciado por admin, 26 Novembro 2014 às 14:20:28

tópico anterior - próximo tópico

RCComes

Aproveitando o gancho quanto a magnetização:

Deixar o relógio perto de televisores (imagino que os LED não interfiram tanto quanto os de tubo), ou outros aparelhos eletrônicos pode magnetizar a peça?
Membro do RedBarBrazil

igorschutz

Adriano, o que eu quis dizer foi o seguinte:

1- O Chrono Cube precisa ser conectado a um PC via cabo USB para funcionar.

2- Essa exigência provavelmente se deve ao fato do equipamento precisar de alguma informação contida no PC para operar.

3- Imagine que a Witschi preparou em seu software uma forma das fabricantes colocarem os dados de ângulo de levantamento de TODOS os movimentos utilizados em seus relógios.

4- Vai lá a marca X e põe um Cubo desses em cada boutique, e ainda prepara uma tabela com a indicação de todos os seus modelos e os respectivos ângulos de levantamento e põe no PC.

5- Quando o cliente chega na loja, o representante seleciona no PC qual será o modelo a ser analisado, espeta o Cubo no USB e então mede o relógio.


Ou seja, você efetivamente insere a informação sobre o ângulo de levantamento no aparelho, porém faz isso através do PC, e não diretamente no Cubo.

Opinião é como bunda: todos têm a sua. Você dá se quiser.
Opinião é como bunda: você dá a sua e eu meto o pau.

NÃO ACREDITE NO QUE 'FALAM' AQUI, ESTUDE BEM E TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES

Adriano

Citação de: ESTRELADEDAVI online 27 Novembro 2014 às 13:52:13
Tive problema com polimento somente 2 vezes, a primeira em 2005, se trata de um Omega Speedmaster Date, foi polido e arrancado o número de série, reclamei e foi reposto um novo medalhão com número de série (tudo idêntico), neste caso nem fiquei chateado.

Na outra situação apagaram de forma parcial uma inscrição em um relógio vintage, aí fudeu porque o relógio não é mais fabricado e fiquei no preju.

Agora Adriano, fico mais puto com o seguinte, o adesivo anti-abrasivo existe, já vi em vídeos também uma tinta ou verniz, não sei, porém deve ser anti-abrasivo também. Porque o cara da Assistência não coloca isso antes de polir??? Preguiça???

Qual é o melhor, polir 50 relógios em um dia de forma correta ou polir 100 arrancando inscrições e números de série em todos???

Abraços

Weber


Uma das barreiras é cultural. O polidor pode ter todas as ferramentas, todos os treinamentos, mas ele não é um profissional altamente gabaritado nem pertence a escala mais alta da hierarquia de uma oficina. E não importa o quando seus superiores orientem, a noção da importância que uma inscrição tem para ele não é a mesma que tem para nós. E numa dessa, os erros acontecem. E o perigo do polimento é que possivelmente os erros são irreversíveis.

Abraços!

Adriano


Adriano

Citação de: RCComes online 27 Novembro 2014 às 14:15:52
Aproveitando o gancho quanto a magnetização:

Deixar o relógio perto de televisores (imagino que os LED não interfiram tanto quanto os de tubo), ou outros aparelhos eletrônicos pode magnetizar a peça?


Pode, mas depende do relógio, depende do aparelho... Tudo que gerar um campo/fluxo magnético (não exijam de mim os termos absolutamente corretos, não sou especialista nessa área), pode magnetizar um relógio.

Abraços!

Adriano

Adriano

Citação de: Alberto Ferreira online 27 Novembro 2014 às 14:06:56

Então, digamos que agora seja uma dúvida conceitual.
Se passado num desmagnetizador, com a caixa fechada, o relógio voltar ao comportamento anterior ao problema, portanto deixando de "acelerar" a marcha, poderia haver algum problema remanescente, tipo magnetização residual, ou algo assim?
E neste caso, quais os riscos que isto poderia acarretar?

Alberto

Amigo Alberto, se ele voltar exatamente com a mesma marcha anterior, é porque funcionou. Mas nem sempre isso acontece e é isso que pode acarretar. A desmagnetização pode não ser completa e ele pode não voltar à marcha ideal. E isso pode acontecer mesmo desmontando tudo.

O ideal é desmagnetizar e conferir se a marcha está inalterada e normal. Pois é relativamente comum mesmo com total certeza de que tudo está desmagnetizado, ele precisar receber uma pequena regulagem de marcha.

Um exemplo numérico simples: o relógio sempre adiantou +8 s/dia. Um belo dia magnetizou e ficou doido, passou a adiantar + 200 s/dia. Você vai e desmagnetiza totalmente dentro do protocolo técnico e é muito improvável que ele volte para os +8 s/dia. Pode voltar como +2 s/dia e você precisar re-regular. É bem comum isso.

Abraços!

Adriano


Adriano

Citação de: flavio online 27 Novembro 2014 às 14:15:06
Quanto ao magnetismo, não acho que isso seja problema atual, o Adriano pode confirmar. Quantos são os relógios afetados por magnetismo atualmente?

Realmente é pouco comum hoje em dia. Bem pouco comum.



Citação de: flavio online 27 Novembro 2014 às 14:15:06
Por outro lado, há algo que detona relógios e que ninguém está nem aí e parece um absurdo as lojas não terem como analisar: resistência a água. Ora, um aparelho de vácuo daqueles completamente a prova de idiota deveria existir em cada revenda. Tais aparelhos podem ser operados até mesmo por um macaco amestrado, porque funcionam no parâmetro "passou ou não passou".

Exato. Teste de resistência a água não carece de interpretação.


Citação de: flavio online 27 Novembro 2014 às 14:15:06
Sobre os escritos. Há uma "pau cuzagem" atual das fábricas nos seus escritos: inscrição a laser. Esse troço é uma porcaria, porque superficial, até mesmo o uso diário apaga. Sabendo disso, porém, as empresas SEQUER deveriam passar perto de tais inscrições, porque apagam só de você olhar.

Concordo totalmente. É comum número de série saírem até com o uso.


Citação de: flavio online 27 Novembro 2014 às 14:15:06
O outro problema ocorreu com o rotor, como narrei aqui, em uma revisão em autorizada. Lavaram-no na máquina, mas suas inscrições eram pintadas. E máquina não gosta de inscrição pintada, o rotor deve ser lavado a mão com pincel. E minhas inscrições foram apagadas, por erro deles... Trocaram o rotor por um novo, depois de um processo judicial que meti contra eles.
...

Flávio

Rotor com inscrição pintada sem ser em baixo relevo são uma mancada também. Mas é usado por ser barato. Pega-se um rotor padrão e pinta-se sobre ele.

Abraços!

Adriano

Alberto Ferreira

Eu creio que, como disse o Adriano, a eventual magnetização depende do relógio e do televisor, ou monitor.

Nos modelos antigos, em especial os relógios sem blindagem magnética, isto pode ocorrer, sim.
E a razão é relativamente simples.

Naqueles modelos de tubo, os antigos CRT´s - os chamados "tubos de raios catódicos"...  ;)) , ao ser ligado, justamente para desmagnetizar a tela, um forte campo magnético é gerado e aplicado através de uma espécie de cinta que envolve a borda do tubo.
A razão é "apagar" as eventuais manchas devidas à magnetização acidental do próprio tubo no uso anterior.

Este tal pulso magnético é bem forte e pode magnetizar um relógio antigo, se ele estiver sobre o televisor.

Nos monitores modernos, eu não sei dizer se pode haver problemas deste tipo, mas a princípio eu creio que não.

Alberto

CSM

Adriano, não é verdade que sua orelha fique quente por causa dos zapzaps...... pelo menos não dos que eu participo rsrsrs....

abraços
Membro do RedBarBrazil

Adriano

Citação de: igorschutz online 27 Novembro 2014 às 14:33:45
Adriano, o que eu quis dizer foi o seguinte:

1- O Chrono Cube precisa ser conectado a um PC via cabo USB para funcionar.

2- Essa exigência provavelmente se deve ao fato do equipamento precisar de alguma informação contida no PC para operar.

3- Imagine que a Witschi preparou em seu software uma forma das fabricantes colocarem os dados de ângulo de levantamento de TODOS os movimentos utilizados em seus relógios.

4- Vai lá a marca X e põe um Cubo desses em cada boutique, e ainda prepara uma tabela com a indicação de todos os seus modelos e os respectivos ângulos de levantamento e põe no PC.

5- Quando o cliente chega na loja, o representante seleciona no PC qual será o modelo a ser analisado, espeta o Cubo no USB e então mede o relógio.


Ou seja, você efetivamente insere a informação sobre o ângulo de levantamento no aparelho, porém faz isso através do PC, e não diretamente no Cubo.



Ok Igor, mas mesmo na sua explicação, você precisa saber o calibre, no mínimo. Você conhece a Omega. Você acha que dá para fazer uma tabela com a indicação de todos os seus modelos e respectivos calibres? Você acha que um cara que não seja um Gravina ou um Ghelfond consegue olhar para um Constellation e saber se ele é um calibre 505, 565 ou 1012, sem abrir, sem ver a referência de caixa? Ou um antiguinho sem linha específica, se é um 30mm, se é um 371, ou sei lá o que?

Eu não consigo e não há tabela hoje que faça isso. Se eu não abrir, eu não sei dizer que calibre é.

Abraços!

Adriano