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10 dos relógios mais caros do planeta!

Iniciado por EduBr, 24 Outubro 2014 às 13:19:59

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EduBr

Não é de um site especializado, mas é interessante e mostra como o tema atrai interesse de todos os públicos.

http://www.tecmundo.com.br/relogio/64474-10-relogios-caros-planeta.htm

ogum777

uns são caros pois antigos, complicados.

outros só pq são cheios de peso pedras preciosas sem função...  ::)

Edmundo

Boa tarde!
Penso que o excelente relógio é aquele que tem embarcada tecnologia de ponta e esmero no acabamento
Tem valor de mercado muito alto, mas são " usáveis".
Os relógios jóia infelizmente tem que ficar guardados.

BigPaul

Gostei do Breguet Grande Complication Marie-Antoinette No. 160

agora uma pergunta, como conseguiam na época fabricar mecanismos tao pequenos e precisos?

agora fiquei ultra curioso, se alguem souber como eram feitos que fale para nós

zenetto

Parece que valem mais pelas pedras, etc..

TioWatch

Citação de: zenetto online 30 Outubro 2014 às 20:19:01
Parece que valem mais pelas pedras, etc..
Citação de: Edmundo online 24 Outubro 2014 às 18:01:50
Boa tarde!
Penso que o excelente relógio é aquele que tem embarcada tecnologia de ponta e esmero no acabamento
Tem valor de mercado muito alto, mas são " usáveis".
Os relógios jóia infelizmente tem que ficar guardados.

Revestir um LADA com ouro e diamantes, faria dele o "carro" mais caro do mundo?

Ainda que fosse uma Lambo, as pedras preciosas não o fariam correr nem 1 km/h a mais!

Como os Srs já disseram...

Mas o ser humano desde SEMPRE se impressionou muito com "o numero por si só", ou seja, o mais caro será o melhor para aqueles que não tem outros critérios de avaliação!
"De que serve o dinheiro na mão do tolo, já que ele não quer obter sabedoria?"
Pv 17:16

flavio

Faziam com o bom e velho torno, máquinas de corte de engrenagens, desenho e prancheta. Um bom livro para ver as técnicas tradicionais é o do Daniels. Flávio

TioWatch

Citação de: flavio online 30 Outubro 2014 às 23:41:27
Faziam com o bom e velho torno, máquinas de corte de engrenagens, desenho e prancheta. Um bom livro para ver as técnicas tradicionais é o do Daniels. Flávio

Flavio, qual a sua percepção do universo horológico na seguinte perspectiva...

No automobilismo, os grandes homens já estão sendo substituídos pelas grandes maquinas, uma vez que a eletrônica embarcada é quem controla as coisas atualmente.

No tocante a fabricação de relógios, creio eu que se trata de um dos "últimos refúgios" para o homem, dada a importância da manufatura.

Você acha que continuará assim, ou a tendência e a mecanização? Faz sentido meu raciocínio??
"De que serve o dinheiro na mão do tolo, já que ele não quer obter sabedoria?"
Pv 17:16

flávio

Cara, essa é uma discussão constante na atual relojoaria, sobretudo porque se tornou muito cara e as pessoas "esclarecidas" compram os produtos muitas vezes seduzidos por aquele "espectro" do passado, da coisa artesanal, o hand made por Leprechauns no fim do mundo.

Fato é que a indústria, sobretudo a Suíça, já havia deixado de fazer as coisas artesanalmente há mais de século. Se olharmos de forma bastante simplista a evolução da relojoaria mecânica, dos seus primórdios nos séculos XIV (relógios de campanário) e XV (relógios portáteis), veremos que inicialmente tudo era feito manualmente, por um relojoeiro (na época ferreiro), utilizando as ferramentas de outros ofícios (fabricação de fechaduras, etc). Basicamente usavam ferro e limas. Com a especialização foram surgindo os primeiros tornos, a produção pulverizou-se entre várias pessoas, ocorrendo divisão de trabalho.

Ora, a maior revolução na relojoaria ocorreu na parte de produção de máquinas, com pessoas do naipe de Frederic Ingold. E tais máquinas buscavam justamente suprimir o ser humano da equação em tarefas mais simples, mas também aumentando qualidade.

Olhando por esse lado, não vejo muita diferença entre um pantógrafo do século XIX e as atuais fresas CNC.

Na verdade, essa profusão de mecanismos complexos e, sobretudo, a possibilidade de testes com protótipos de forma mais simples só se tornou acessível a partir das fresas e tornos CNC.

É claro que, na produção, a "mão" humana acabe desaparecendo, mas ela sempre estará lá na montagem e, claro, projeto dos movimentos.

A comparação que faço com a indústria atual é mais ou menos a história do disco de vinil. Antigamente nós (pelo menos eu...) aguardávamos ansiosamente o lançamento de um álbum, porque não era barato produzir e divulgar um. A mídia mudou, passou para o CD, mas a coisa continuou a mesma.

Tudo se alterou com a facilidade de produção de discos por qualquer um dentro de casa, bastando ter um bom computador e programa de edição de áudio.

Hoje qualquer um lança músicas na net, mas para se sobressair, tem que suar. E as pessoas começaram a achar trivial ouvir centenas de músicas num MP3 o que, na minha opinião, tirou muito da graça da história. Explico.

Meu carro tem MP3, apesar de ser de 2006. Mas acredita que ainda ouço muito CD nele? É que quando pego um CD, aquele CD, é como se eu me preparasse para ouvir só aquilo. É um ritual.

Hoje, voltando ao assunto, qualquer pessoa com capacidade técnica e disposição adquire uma fresa CNC por cerca de uns 500 mil dólares, e consegue mandar brasa num relógio. Talvez por isso a profusão de fábricas totalmente obscuras que vemos hoje. São os produtores de música de fundo de quintal... Tem que se sobressair. E mesmo quando se sobressai, você começa a questionar. Pô, preferia saber que o cabra teve uma dificuldade maior em fazer isso, aí você se volta para uma relojoaria mais tradicional, começa a questionar valores e descarta determinadas fábricas. E separa seus "Cds", ou marcas que agregam valor mesmo, seja pela história, etc, para levar para casa.

Os métodos mudam, mas no fundo tudo ainda é "música", relojoaria mecânica, que seja feita com técnicas ultrapassadas ou do presente, continua me fascinando (muito embora nada de música atual me fascine!  ;D ;D ;D ;D ;D  )


Flávio

TioWatch

Prezado!

Agradeço realmente a resposta com a abordagem de tamanha amplitude sobre o assunto!

Em relação ao "CD", penso da mesma forma, kkkkkkkk

Aliás, acho que a vida já foi mais fácil, hoje em dia, TUDO que se faz nos obriga a fazer escolhas entre dezenas ou centenas de opções.

Pra mim, o grande problema da industrialização é "a perda da alma" que se colocava no objeto, a marca pessoal do criador!

Talvez, no futuro, eventuais relógios que contenham algum "erro" de grafia ou estético, que não comprometam seu funcionamento, terão um valor sobremaneira elevado justamente por resgatarem o conteúdo "humano" em sua produção.

Isso dá início a uma discussão de "50 anos", mas quando observo o que já foi produzido em termos culturais (musica, artes e etc.) e do pensamento filosófico, não vejo muita coisa relevante sendo produzida atualmente.

Não é à toa que as "novas releituras" estão tão na moda atualmente!
"De que serve o dinheiro na mão do tolo, já que ele não quer obter sabedoria?"
Pv 17:16