Fora da realidade...

[Dalll]

A H. Stern lançou uma linha de automáticos sociais muito bonitos, acho que há uns dois anos ou três. Eram ETA 2824 ou 2892, quase que certamente Elaboré. Mas os preços eram irreais. Tipo o dobro de um Tissot com mesmo mecanismo.

Abraços!

Adriano

Adriano, esses que citou acho muito bonitos. Mas o preço....

[mmmcosta]

Colegas, aproveitando o "ensejo", faz tempo que estou me coçando por conta de um AT 38,5 mm com fundo branco e pulseira em aço. Dependendo da qualidade do meu "choro", por quanto acham que consigo comprar numa boutique Omega "na parcela"?

[Henrique]

Não concordo.   Tenho Seamaster GMT que com 4 anos e todo o cuidado do mundo quebrou uma peça e me custou o conserto R$1000.   Tem outros colegas aqui do FRM que tiveram problemas também.
Celulares e eletrônicos podem até ser descartáveis e ter um ciclo de vida muito menor, porem o valor que os fabricantes investem em novas tecnologias e infinitamente superior ao que qualquer fabricante de relógio investe.
Um celular hoje tem mais poder de processamento que o computador que colocou o homem na lua.  O moon é o mesmo desde essa época, porque então custar tanto ? 

Caros,

Estamos discutindo coisas diferentes. Todos os relógios citados aqui (Speed, Colt, PO) são produtos que, salvo azar ou muito desleixo, durarão mais que nós e provavelmente nossos filhos. Não vale comparar com celulares, sejam Samsung, Apple ou qualquer outra, que não durarão sequer 5 anos, seja por obsolescência seja por desgaste mesmo.
Aliás, assim como o relógio da Apple recém lançado, que, tenho certeza, é apenas o primeiro de uma série, onde o seguinte (a ser lançado em no máximo 1 ano) substitui e torna o anterior obsoleto, como aliás ocorre em toda a indústria de info e eletrônica.
Nesses termos, e considerando que um smart desses custa cerca de R$3,2k e este relógio a partir de R$ 1,7k, o que é caro?

[mmmcosta]

Não concordo.   Tenho Seamaster GMT que com 4 anos e todo o cuidado do mundo quebrou uma peça e me custou o conserto R$1000.   Tem outros colegas aqui do FRM que tiveram problemas também.
Celulares e eletrônicos podem até ser descartáveis e ter um ciclo de vida muito menor, porem o valor que os fabricantes investem em novas tecnologias e infinitamente superior ao que qualquer fabricante de relógio investe.
Um celular hoje tem mais poder de processamento que o computador que colocou o homem na lua.  O moon é o mesmo desde essa época, porque então custar tanto ?

Na verdade o computador do modulo lunar tinha menos, mas muito menos capacidade de processamento que um celular de hoje:

"Computers have come a long way in the last 40+ years.  The digital watch you wear on your wrist has more computing power than the Lunar Module had for its navigation.  The Apollo flight computer had about 4K read/write memory and 32K ROM.  That's barely enough space to send a text message and small file attachment.  The smartphone you read this with has almost as much computing power as all of Mission Control and much faster processors.  That's all they had to work with."

Quem eu ouvi falando a primeira vez sobre isso foi Gene Kranz - diretor de voo da Apolo 11, 13 e outras - em um documentário sobre as missões à lua.

[waldirmello]

Não concordo.   Tenho Seamaster GMT que com 4 anos e todo o cuidado do mundo quebrou uma peça e me custou o conserto R$1000.   Tem outros colegas aqui do FRM que tiveram problemas também.
Celulares e eletrônicos podem até ser descartáveis e ter um ciclo de vida muito menor, porem o valor que os fabricantes investem em novas tecnologias e infinitamente superior ao que qualquer fabricante de relógio investe.
Um celular hoje tem mais poder de processamento que o computador que colocou o homem na lua.  O moon é o mesmo desde essa época, porque então custar tanto ?

Henrique,
Quanto o valor do conserto representou percentualmente o valor do relógio? E quanto vale HOJE o relógio? Experimente transferir a questão para um smartfone com o mesmo tempo de uso.
Eu posso te dar um testemunho. Tenho um smartfone Nokia N8 em uso. Comprei-o há 5 anos e creio que me custou na época cerca de R$2k. Quem tiver a tabela de câmbio, por favor converta. Este aparelho só se encontra em uso porque gosto muito dele, e certamente é mais bem construido do que os iphones que vejo por aí, mas a verdade é que está totalmente defasado em relação ao Samsung que uso na linha de trabalho (que também não é grande coisa). Quanto vale ele? Nada. Quanto eu investiria nele hoje se quebrasse? Nada.
Quanto ao Moon ou outros relógios, inclusive seu Seamaster, creio que, embora não haja investimento do fabricante no mesmo (pelo menos não de forma a ser percebido pelo comprador), o valor intrínseco do mesmo existe e representa um percentual relevante no valor que se investe no mesmo, mesmo em modelos fabricados há mais de 40 anos.

[Henrique]

Foi exatamente o que falei, um smartphone é muito mais poderoso que um computador de 40 anos atras isso é evolução.

Na verdade o computador do modulo lunar tinha menos, mas muito menos capacidade de processamento que um celular de hoje:

"Computers have come a long way in the last 40+ years.  The digital watch you wear on your wrist has more computing power than the Lunar Module had for its navigation.  The Apollo flight computer had about 4K read/write memory and 32K ROM.  That's barely enough space to send a text message and small file attachment.  The smartphone you read this with has almost as much computing power as all of Mission Control and much faster processors.  That's all they had to work with."

Quem eu ouvi falando a primeira vez sobre isso foi Gene Kranz - diretor de voo da Apolo 11, 13 e outras - em um documentário sobre as missões à lua.

[waldirmello]

Na verdade o computador do modulo lunar tinha menos, mas muito menos capacidade de processamento que um celular de hoje:

"Computers have come a long way in the last 40+ years.  The digital watch you wear on your wrist has more computing power than the Lunar Module had for its navigation.  The Apollo flight computer had about 4K read/write memory and 32K ROM.  That's barely enough space to send a text message and small file attachment.  The smartphone you read this with has almost as much computing power as all of Mission Control and much faster processors.  That's all they had to work with."

Quem eu ouvi falando a primeira vez sobre isso foi Gene Kranz - diretor de voo da Apolo 11, 13 e outras - em um documentário sobre as missões à lua.

Marcelo,

Eu trabalho na área de tecnologia desde 1982. Os top microcomputadores de 82, época ainda da reserva de mercado (acho que a maioria sequer sabe o que foi isso). eram os clones de Apple II plus, de 8 bits e que tinham 64Kbytes de memória RAM, comparado com as 32+4 da Apollo, sendo que na Apollo 32K eram apenas para os programas pré-gravados na ROM, enquanto no Apple II plus vc poderia usar os 64K para dados e programas, sem limites. E esse micro de 8 bits, em 82 já dava um banho no IBM 1130 que ele estava substituindo...

[Henrique]

O conserto custou 1/6 do valor do relógio, para um relógio com 4 anos e praticamente zero é um absurdo.  Se tentar vender vão me dar R$3000 no máximo nele ou seja uma senhora desvalorização em um produto desses.
Smartphones assim como qualquer produto de tecnologia tem um ciclo de vida muito menor, cerca de 3 anos no máximo.

Henrique,
Quanto o valor do conserto representou percentualmente o valor do relógio? E quanto vale HOJE o relógio? Experimente transferir a questão para um smartfone com o mesmo tempo de uso.
Eu posso te dar um testemunho. Tenho um smartfone Nokia N8 em uso. Comprei-o há 5 anos e creio que me custou na época cerca de R$2k. Quem tiver a tabela de câmbio, por favor converta. Este aparelho só se encontra em uso porque gosto muito dele, e certamente é mais bem construido do que os iphones que vejo por aí, mas a verdade é que está totalmente defasado em relação ao Samsung que uso na linha de trabalho (que também não é grande coisa). Quanto vale ele? Nada. Quanto eu investiria nele hoje se quebrasse? Nada.
Quanto ao Moon ou outros relógios, inclusive seu Seamaster, creio que, embora não haja investimento do fabricante no mesmo (pelo menos não de forma a ser percebido pelo comprador), o valor intrínseco do mesmo existe e representa um percentual relevante no valor que se investe no mesmo, mesmo em modelos fabricados há mais de 40 anos.

[mmmcosta]

Foi exatamente o que falei, um smartphone é muito mais poderoso que um computador de 40 anos atras isso é evolução.

[emoji106]

[asenjo]

H.Stern é uma piada de mal gosto.

[Adriano]

O conserto custou 1/6 do valor do relógio, para um relógio com 4 anos e praticamente zero é um absurdo.  Se tentar vender vão me dar R$3000 no máximo nele ou seja uma senhora desvalorização em um produto desses.
Smartphones assim como qualquer produto de tecnologia tem um ciclo de vida muito menor, cerca de 3 anos no máximo.

Sim, mas ninguém morre sem Smartphone, menos ainda sem relógio mecânico. Conheço um monte de gente que se enveredou nos relógios mecânicos por livre escolha e descobriram ser caro demais manter esse hobby. Solução? Technos, Magnum, Champion...

E além disso, para todas as manutenções, existem opções de até R$ 50,00. Tem cara que faz revisão em Speedmaster por R$ 80,00.

Abraços!

Adriano

[Adriano]

E outra: atrelar o custo de manutenção do relógio ao seu preço é uma questão absolutamente pessoal. É tratar o relógio mecânico como qualquer outro objeto de serventia, como um automóvel. E se for assim, de fato, o relógio mecânico já é uma mancada na hora da compra, pois um famigerado Casio FW91 faz muito mais que muito mecânico e custa US$ 15,00.

Pelo contrário, as pessoas que julgam se uma manutenção em relógio bom vale ou não a pena pelo seu preço, arrisco até dizer ser minoria. Fosse assim, não teria gente fazendo manutenção de 3, 4, 5, 6 mil em relógios que valem 200 reais numa feirinha. Não teria gente revisando Speedmaster Professional de 1965, 68, 74, 86, só porque na época pagou uma fração dos 12 mil que custa agora.

Abraço!

Adriano

[jfestrelabr]

"Tem cara que faz revisão em Speedmaster por R$ 80,00"

Aqui em Brasolia tem alguns assim, manutenção baratinha e dor de cabeça para o resto da vida.

[Carbonieri]

O conserto custou 1/6 do valor do relógio, para um relógio com 4 anos e praticamente zero é um absurdo.  Se tentar vender vão me dar R$3000 no máximo nele ou seja uma senhora desvalorização em um produto desses.
Smartphones assim como qualquer produto de tecnologia tem um ciclo de vida muito menor, cerca de 3 anos no máximo.

Um Seamaster GMT ano 2011, por 3 contos? Vc entrega por esse preço? acho que vale no mínimo o dobro se estiver em bom estado. abraço.

[Dicbetts]

E outra: atrelar o custo de manutenção do relógio ao seu preço é uma questão absolutamente pessoal. É tratar o relógio mecânico como qualquer outro objeto de serventia, como um automóvel. E se for assim, de fato, o relógio mecânico já é uma mancada na hora da compra, pois um famigerado Casio FW91 faz muito mais que muito mecânico e custa US$ 15,00.

Perfeito, definitivo.

Quando se opta pelo relógio mecânico, a primeira coisa que o cara tem que saber é que ele não se auto conserva. Ou seja, mais dia menos dia terá de ser aberto para manutenção.

A segunda coisa é que qualquer máquina dá problema. Mau funcionamento é natural. Não há controle de qualidade infalível, apesar dos altíssimos níveis de acompanhamento. Fosse assim, o Challenger não teria explodido.

A terceira coisa é que manutenção não é gasto, é investimento. É a certeza que o objeto vai durar muito, e se pagar inúmeras vezes.

A quarta coisa é que manutenção tem preço. A que é feita no cabeçudo, é sempre baratinha. Já na autorizada, com toda responsabilidade que a envolve, costuma ser mais cara (se esse preço é justo ou não, vai do valor percebido pelo dono do relógio).

Se considerados esses quatro aspectos, evita-se muita chateação.

Dic

[mmmcosta]

A H Stern é tão sem-vergonha que em 2009 tiveram a coragem de informar o preço de R$ 1.600 pela pulseira do meu JLC.

Não, sem o fecho. Só o couro. Ou seria "o ouro"?

Nos EUA custava menos de 25% deste valor.

A H Stern forma, junto com as montadoras, distribuidoras e lojas de brinquedos, fabricantes de celulares e outros empreendimentos o feliz grupo do "Lucro Brasil". [emoji37]

[FALCO]

Pelo contrário, as pessoas que julgam se uma manutenção em relógio bom vale ou não a pena pelo seu preço, arrisco até dizer ser minoria. Fosse assim, não teria gente fazendo manutenção de 3, 4, 5, 6 mil em relógios que valem 200 reais numa feirinha. Não teria gente revisando Speedmaster Professional de 1965, 68, 74, 86, só porque na época pagou uma fração dos 12 mil que custa agora.
Abraço!
Adriano

Eu sei que é uma informação estratégica, além de muito difícil de levantar, mas tenho curiosidade de saber quantos relógios sofrem ao menos uma revisão/manutenção ao longo de sua vida. Imagino que seja um percentual baixo, tenho esta curiosidade.

[Henrique]

Se for pensar assim para que smartphone, é só usar o telefone público (Orelhão - aqui no RJ).

E outra: atrelar o custo de manutenção do relógio ao seu preço é uma questão absolutamente pessoal. É tratar o relógio mecânico como qualquer outro objeto de serventia, como um automóvel. E se for assim, de fato, o relógio mecânico já é uma mancada na hora da compra, pois um famigerado Casio FW91 faz muito mais que muito mecânico e custa US$ 15,00.

Pelo contrário, as pessoas que julgam se uma manutenção em relógio bom vale ou não a pena pelo seu preço, arrisco até dizer ser minoria. Fosse assim, não teria gente fazendo manutenção de 3, 4, 5, 6 mil em relógios que valem 200 reais numa feirinha. Não teria gente revisando Speedmaster Professional de 1965, 68, 74, 86, só porque na época pagou uma fração dos 12 mil que custa agora.

Abraço!

Adriano

[Henrique]

Eu não entrego , mas já tiveram a cara de pau de me oferecer isso.

Um Seamaster GMT ano 2011, por 3 contos? Vc entrega por esse preço? acho que vale no mínimo o dobro se estiver em bom estado. abraço.

[Adriano]

Eu sei que é uma informação estratégica, além de muito difícil de levantar, mas tenho curiosidade de saber quantos relógios sofrem ao menos uma revisão/manutenção ao longo de sua vida. Imagino que seja um percentual baixo, tenho esta curiosidade.

Uma informação que não é exatamente o que foi perguntado, mas pode ter alguma relação: em uma assistência onde se consertam algo como 7 ou 8 mil relógios por ano, acontece apenas um ou duas vezes por ano de chegar um cliente pedindo uma revisão e você perguntar "mas qual o defeito" e a pessoa dizer "nenhum, quero apenas fazer uma revisão preventiva". Repito, uma ou duas vezes POR ANO entre 7 ou 8 mil consertos.

Ou seja, na hora de comprar todo mundo pergunta "de quanto em quanto tempo devo revisar". No fórum, todo mundo pergunta, e discussões infindáveis são geradas em torno disso, de que é caro, de que isso é "ladroagem" das marcas, de que depois de 10 anos o relógio se torna inviável e blá blá blá.

E sabe quem faz revisão preventiva em relógio? Virtualmente NINGUÉM.

Abraços!

Adriano