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Review Montblanc Heritage Ultra Slim

Iniciado por admin, 26 Junho 2015 às 14:18:14

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flávio

Vocês já sabem que não vou muito com a cara do nome Montblanc em relógios carérrimos como os da linha Villeret, que são o supra sumo da relojoaria mecânica e, ainda, prestam homenagem à Minerva. É que não consigo ver a Montblanc, uma fábrica originariamente de canetas, como produtora de relógios high grade.

No entanto, vejo com bons olhos suas linhas mais simples, por mais paradoxal que possa parecer, porque complementam o pool de produtos de luxo que oferece. E convenhamos, de uns três anos para cá, os caras tem apresentando alguns relógios para uso social muito da pesada e, melhor, a preços bastante, mas bastante competitivos.

Não é diferente com esse ultra slim. Tamanho bastante razoável para uso social, com 38 mm, visual idem. O movimento é o ETA Peseux 7001, cujo ebauche já foi parar até mesmo nas mãos da Blancpain, muito embora sua iteração mais conhecida seja o calibre alpha da Nomos. O movimento tem um design tradicional de corda manual e é extremamente plano, o que se reflete na possibilidade de construção de relógios finos, como é a proposta aí. O Montblanc tem apenas 5.8 mm. Aliás, eu não concordo com a crítica do articulista que o relógio não deveria se chamar ultra slim, porque tanto JLC quanto Piaget fazem modelos em torno de 4 mm. Ora, acredito que o critério de classificar um relógio com super fino não deve ser comparativo com os mais finos do mercado, mas senso comum. Eu, por exemplo, tenho um Zenith Elite dos anos 2000, que possui cerca de 7 mm. Alguém já pegou um desses relógios na mão? Caras, 7 mm é pouca coisa demais, toda vez que uso esse Zenith, é como se estivesse com uma moeda no pulso! O troço é muito fino, imagine então esse Montblanc.

Mas sabem o que é melhor nesse Montblanc? O preço. Você leva um para casa, coloca no seu terno da Hugo Boss e paga uma de patrão por dois mil dólares na versão em aço! O em ouro custa 6 mil, o que também não é caro, para quem sabe o preço dos relógios em ouro.

Tá aí... Gostei desse relógio. E gostei muito.

http://www.deployant.com/review-montblanc-heritage-chronometrie-ultra-slim/


Flávio


mestreaudi

Um espetacular exemplo de que "menos é mais".

Mostrador limpo, sem escrita excedente, indexes discretos e ao mesmo tempo fáceis de ler.
Relógio básico, simples, sem complicações. Ponteiros Dauphine de hora e minutos, só! Não precisa mais que isso.
Valor plausível com o que a peça oferece.
38 mm, tamanho excelente para grande parte da população. Não é pra quem tem pulso gigantesco, mesmo porque a coroa é pequena e esse relógio tem corda manual, além de ser ultra fino.

Tem mercado! Espero que faça sucesso.

Lindo relógio!

Abs!
Rafael.

mmmcosta

Foi o que eu pensei quando vi a foto do relógio no início da matéria:

"The only qualm that we have with it, is its uncanny visual similarity to Jaeger LeCoultre's Master Ultra Thin collection. Be it the case design or dial layout, the ultra slim from both manufactures look negligibly different, though as noted the JLC trumps the Montblanc in the thin-ness game by quite a margin. Coincidentally, Montblanc's CEO, Jérôme was previously CEO of Jaeger LeCoultre. Perhaps that might be a connection, although JLC's ultra thins pre-dates Jérôme."
Marcelo

TUZ40

O bom gosto atual da linha MB é sem sombra de dúvida mérito do Jérôme, e certamente gerir a JLC influenciou, ou aprimorou o bom gosto do executivo.

O que não consigo entender são as outras marcas apostarem nas aberrações que dominam o mercado, quando geralmente o segredo da elegância esta na simplicidade.

Esse MB e o Tudor Style são ótimos exemplos de peças de bom gosto, com preço razoavel, lançadas em 2015. Entre os dois eu fico com o ultra slim, mas a falta de segundeiro pode afastar algumas pessoas.
"All your base are belong to us"

Alberto Ferreira

Boas...

Eu concordo com a visão do Flávio e digo mais (numa frase de efeito)...

A elegância pode custar pouco (ou ter um custo razoável...), basta ser (simplesmente)...
...elegante.

Alberto

Koopa

Citação de: Schütz online 26 Junho 2015 às 16:00:22
mas a falta de segundeiro pode afastar algumas pessoas.

Exato, faltou apenas o segundeiro. E no meu caso, afastaria.

Já os 38 pra mim é pequeno demais. Acho menor que 40 não veste bem em pessoas "grandes" como eu hehehe

TUZ40

Citação de: Koopa online 26 Junho 2015 às 16:17:21
Exato, faltou apenas o segundeiro. E no meu caso, afastaria.

Já os 38 pra mim é pequeno demais. Acho menor que 40 não veste bem em pessoas "grandes" como eu hehehe

Acho que o Tudor Style é o seu numero então, ele tem 41mm e conta com o segundeiro, na mesma faixa de preço.

Eu gosto dos dois, mas nesta faixa de preço quem tem o meu voto são os Nomos, o Tangente e o Orion você compra neste valor.
"All your base are belong to us"

Spring

Relógio bonito, realmente a MB tem mostrado muitas coisas elegantes. Mas tenho um paradigma, citado por vc no texto, difícil de ser quebrado. Quando penso Montblanc só penso em canetas.

No masterpiece was ever created by a lazy artist.

gabriel

Citação de: Spring online 26 Junho 2015 às 16:34:00
Relógio bonito, realmente a MB tem mostrado muitas coisas elegantes. Mas tenho um paradigma, citado por vc no texto, difícil de ser quebrado. Quando penso Montblanc só penso em canetas.

Penso parecido, mas o relógio tem um desenho muito bom, me lembrou de um Le Coultre fininho em aço.

Abs gabo  :)

heracles

Relógio lindo, limpo, fino com ponteiros dauphine que na minha modesta opinião são os mais acertados e bonitos para essa proposta, sem o segundeiro que é um charme, tamanho perfeito para a proposta.
Para ser perfeito falta só um detalhe......

Colocar um Minerva nesse mostrador...aí ninguém segura... :-*

Mas, teria um fácil..... fácil.... 8)

Heracles

Adriano

#10
Achei muito bonito esse relógio, ainda mais considerando-se que tenho cada vez menos me impressionado (isso quando não me decepciono) com lançamentos, em todos os sentidos. Tenho um pouco de dúvidas sobre a inscrição "Mecanique" no mostrador, mas ok.

Mas, para variar a indústria está com uma mania de que, quando não caga na entrada, caga na saída: "Heritage Chronométrie" sem segundeiro? Quem bota qualquer alusão a cronômetro em um relógio sem segundeiro, e que portanto, não pode receber certificação, ao menos não pelas vias "naturais". (Se a Montblanc tiver alguma certificação interna que consiga atestar relógios sem segundeiro, ignorem meu comentário).

Então, considerando-se que o 7001 justamente sem um belo segundeiro às 6 horas, ou mete o segundeiro e certifica o relógio, ou suma com qualquer termo que faça alusão a cronometria.

Não entendo como conseguem bater na trave e fazer algo meramente bonitinho quando podiam ter feito algo espetacular. Com a capacidade de manufatura que a marca tem hoje, peguem esse relógio, metam segundeiro, e adaptem nessa antiquada máquina um balanço de inércia variável. Basta isso para transformar o bonitinho em espetacular. E olhe que nem estou falando em fazer sua própria máquina slim, pois entendo que preço está em jogo aí e meter um slim ou ultra-slim de manufatura aí, levaria o produto para uma categoria completamente diferente.

E se meter o segundeiro e certificar ele levaria para outra faixa de preço, sem problema, mas então suma com a referência a cronometria.

Enfim...

Abraços!

Adriano

Alberto Ferreira

Bom dia!

Pois é.
Fundamentalmente sem comparar com outras opções do mercado...
E sempre entendendo que Minerva está em outra "praia".

Pela "proposta" que eu percebi... E que não nego, eu gostei.
Eu creio que o melhor mesmo seria tirar o "Chronométrie" e continuar apenas na "praia" do elegante, social e bonito...
8)

Abraços a todos,
Alberto

lemos

#12
Realmente muito bonito,mas a falta do segundeiro não me agrada muito ,
tira um pouca da"graça" do relógio,gosto de ver o ponteiro deslizar,mas gosto é gosto.

O fato de conseguir fazer um relógio nessa largura realmente é incrível,considerando a complexidade que é a parte mecânica,e fica muito agradável de ver,mas sempre que vejo um relógio slim, fico na duvida quanto a durabilidade,pode ser besteira da minha cabeça,mas da impressão que não é a mesma coisa se comparado a um do mesmo padrão só que de dimensões normais.


abç

edson rangel

Muito bonito, tenho a preferência pelo segundeiro, mas ficou tão bonito que passa batido a falta do segundeiro,
FIQUEM  TODOS NA PAZ DE DEUS !!!!

Adriano

Mas máquinas planas são mesmo mais delicadas. A 7001 mesmo, é comum chegar para revisão com corda quebrada, tambor estourado ou roda de centro descravada e com dentes tortos meramente porque alguém forçou a coroa ao dar corda. Eles requerem cuidado.

Abraços!

Adriano

flávio

Ia dizer a mesma coisa. As Peseux estão no mercado desde que Adão rodava peão e, como disse, já mostraram iterações das mais simples às mais "pica", como usadas na Blancpain. Mas relógio de corda manual, sobretudo plano, exige "dedos delicados" ao dar corda. Aquele crec crec crec na pressão como, por exemplo, num 7765, simplesmente não rola. Mas também não tem nada demais, é só encarar o produto como o que é. Portanto, ao chegar ao final da corda, nada de colocar pressão a mais no sistema. Deu, acabou a corda, retroceda um pouco e coloque no pulso.

Sobre o visual, gostei justamente da ausência de contador de segundos, e olha que gosto disso normalmente. Sobre o Mecanique e Chronometrie, etc, passável.


Flávio

Adriano

Existe outra curiosidade aí Flávio: a Tissot usa o 7001 nos Lisboa e nos Porto. Dificilmente vi um Lisboa arrebentado, já o Porto... razão? O diâmetro da coroa. A coroa do Porto é grande demais, facinho de um dono descuidado aplicar torque em excesso nela... já a coroa do Lisboa quase precisa usar as unhas para dar corda.

Ou seja, mecanismo plano com coroa grande não combinam. É receita para o desastre.

Abraços!

Adriano

lemos

#17
Vivendo e aprendendo,
então realmente é um mecanismo mais delicado,não é só aparência,
mas pelo jeito não é nada de outro mundo,basta ter cuidado.Assim como todo relógio mecânico,
não combina com força bruta.

    Achei interessante essa questão do tamanho da coroa,aparentemente um detalhe estético que pode pôr em xeque todo o mecanismo por acaba induzido o mal uso.Coisas como essas que me fazem ter admiração por relógios em si e em quem os projeta,é um processo muito meticuloso,incrivelmente um detalhe pode mudar tudo.

abç

ESTRELADEDAVI

Muito interessante as suas declarações Adriano, queria aproveitar da sua experiência e perguntar com relação ao Omega Speedmaster (321 e 861) você já pegou algum com os mesmos problemas dos que você sitou, peças quebradas devido a falta de cuidado do dono ao dar a corda?

Grande abraço

Weber
"A felicidade de sua vida depende do caráter dos seus pensamentos." (Marco Aurélio)

Adriano

Não, nunca vi um 321 ou 861 danificado por conta disso. Já vi corda quebrada, especialmente em mais antigos, mas nada semelhante à isso que citei, que se refere especificamente a mecanismos planos/extra-planos.

Abraços!

Adriano