Marcus, a Cartier sempre lançou tendências, muito embora, na época, não parecessem ser "adequadas". Eu gosto disso na Cartier... Mesmo hoje, seus relógios são peças de arte além de um simples produto que marca as horas, gostem ou não. Enquanto uma Rolex, por exemplo, mantém-se fiel à mesmice que todos gostam (e isso não é ruim, afinal, são relógios que se parecem... Relógios), a Cartier tende a ser mais ousada. O problema, é claro, que alguns designs cansam, enquanto outras cartadas, porém, permanecem. Os Tank, por exemplo, estão aí há quase 100 anos, o que é absolutamente fantástico.
Dito isso, saca só como sua percepção pode vir a mudar com essa história.
O vice presidente da Cartier, nos anos 60, morreu num acidente fatal de carro, que pegou fogo. E ele usava um Cartier oval... O relógio derreteu e... Quando o relógio foi recuperado, a imagem (isso é um tanto mórbido, mas é a história) do relógio derretido impressionou a Cartier, que lançou o "Crash" em homenagem ao dito cujo.
Fato é que eram os anos 60, LSD e psicodelismo na alta, Salvador Dali, patati, patatá e...
O relógio tinha tudo a ver.
Ou seja, como peça de arte e "pá", estou aqui com um relógio desse porque tenho muita personalidade, acho muito, mas muito massa. Veja, não é para qualquer um. Eu, por exemplo, acharia massa poder USAR um relógio desses, pela personalidade que possui (como um Hamilton Ventura, por exemplo). Comprar já é um outro esquema. O legal, de qualquer maneira, é que foge do lugar comum. Imagine você num terno "na estica" usando um troço desses? Imaginou? Achou massa? Eu me imaginei e achei MASSA!
Um artigo antigo sobre o troço do Timezone
http://people.timezone.com/library/comarticles/comarticles0025Flávio