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Sobre os movimentos "feitos em casa" ou in house

Iniciado por admin, 19 Janeiro 2016 às 16:04:12

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flávio

Essa resposta deveria ser curta e postada num tópico no qual essa discussão surgiu, abordando o SIHH. Lá pelas tantas escrevi demais no embalo e resolvi abrir outro tópico...

Inicialmente, lanço mais uma vez aquele texto que traduzi no longínquo ano de 2000 sobre o assunto. Minha posição prevalece.

http://www.relogiosmecanicos.com.br/ebauche.html

1) Essa história de feito em casa como símbolo de exclusividade e autenticidade mecânica é uma falácia criada no pós quebradeira de quartzo para dar legitimidade às fábricas, como se umas fossem melhores do que as outras. E digo isso porque a produção totalmente integrada pela indústria suíça nunca existiu de forma total, desde os primórdios. Aliás, o segredo do sucesso dos suíços é justamente a divisão de trabalho entre pequenos workshops, que podiam (e podem) se adaptar muito mais rapidamente às mudanças do mercado. Essa história de fábricas integradas surgiu, de uma forma simplista, com a Zenith e Longines no início do século XX, visando copiar o sistema americano de produção de peças completamente compatíveis entre si. Mas o sistema de divisão de trabalho deles nunca foi totalmente jogado por terra, mesmo na época mais verticalizada da indústria, até mesmo pela formação dos cartéis. Na indústria suíça, e até hoje, existe um "cada macaco no seu galho" fodido, e empresas que fazem mostradores, ponteiros, etc, acabam não se misturando àqueles que fabricam movimento e esses, até isso, aos de escapamentos.

Sobre a indústria, meu texto:

http://www.relogiosmecanicos.com.br/la%20chaux%20de%20fonds.html

2) O fato de um mecanismo ser feito em casa não garante que este movimento seja melhor do que outro feito por um "especialista". E não precisa ir longe... O ETA 2824 está aí há décadas, com algumas modificações DEU UM PAU em todos na última competição de cronômetros do observatório de Besançon e está para nascer alguém que consiga projetar algo igual, com a mesma confiabilidade, sem dar com os burros n´água. A única coisa que um movimento feito em casa traz, e isso é bacana, é "cor" ao hobby. Afinal, é uma experiência nova, e isso é bacana.

3) Há ETAs e ETAs. A ETA fabrica seus mesmos ebauches em 4 categorias. O ebauche, ou seja, platinas e rodagem pode até ser a mesma coisa, mas o escapamento e molas, etc, quanta diferença. E entre o mais simples e o mais caro a diferença pode chegar ao triplo do preço! Uma 7750 normalzona custa uns 350 dólares, enquanto a certificada como cronômetro, o Adriano pode confirmar isso, bate no dobro!

E a Breitling, citada acima, usa só cronômetros na sua configuração. Mas... Há fábricas, fazendo comparações estritamente técnicas, que oferecem a mesma coisa por menos. Exemplo? Tenho um Sinn 556 com uma ETA 2824 top (uma abaixo da cronômetro, mas o movimento é o mesmo, apenas não certificado), que custa 1000 euros na gringa. Um Breitling com a mesma categoria de movimento (e, para dizer a verdade, prefiro até mesmo a decoração da Sinn a da Breitling que, diga-se, NÃO É EXCLUSIVA, mas a padrão de cronômetro da ETA, apenas com um escrito Breitling estampado no rotor) não sai por menos de 3 mil. E aí? E aí que não é só isso que define preço, mas confesso que pondero essas coisas ao comprar um relógio.

Vejam, não estou dizendo que o MOVIMENTO que o relógio usa seja fundamental na minha decisão, mas ao comparar relógios similares NA TÉCNICA, se alguém estiver com um ponto MUITO FORA DA CURVA (vejam, isso é importante, EU DISSE MUITO!), é capaz de eu abortar a "missão".

4) Falando especificamente da Omega vs Breitling, eu confesso que sempre preferi, mesmo na época dos 1120, os movimento daquela. É que o 2892 da Omega não é um 2892 apenas modificado esteticamente. Ok, há alguns, entres os quais me incluo, que preferem o 2824 ao 2892. O problema é que os 2892 da Omega, na sua conformação 1120, tinham acabamento decorativo exclusivo, dois rubis a mais no tambor e um sistema de cliqués e rolamentos do rotor COMPLETAMENTE DIFERENTE DOS originais, eliminando ou pelo menos quase eliminando O MALDITO pau por engrossamento de lubrificante clássico dos 2892 padrão. Aliás, é um mistério porque a ETA não adotou esse sistema aprimorado da Omega.

Depois, e já vai um tempo, adotaram neste movimento o escapamento Coaxial que, pelo menos na teoria, é melhor do que o de âncora, conquanto MUITO mais complexo. Porém, volto a tal "cor" que disse acima. Os 2892 da Omega, sem entrar no mérito se melhores ou piores que um 2824 da Breitling, ofereciam coisas singulares no mercado.

Mas no final das contas, concluindo, eu só não quero ser enganado. A marca usa um 7750 não modificado no seu interior? Que diga isso. O problema é falar que usa um 8934 Tabajarator Mega Zord, cobrar caro por isso e, quando se analisa o troço... Um 7750 padrão.



Flávio

RCComes

Bom, lendo teu texto, Flávio, ele só baliza minha concepção do in-house: projetado e manufaturado do Zero. Pegar um calibre X, modificar, seja suprindo um defeito ou melhorando uma característica qualquer é modificação, tão somente. Tenho um calibre que tem base em outro, renomeado - mesmo no caso do 2892 da Omega, não deixa de ser mera modificação a meu ver.

A grosso modo, comparo os calibres modificados com um Rolex Bamford. Não deixa de ser rolex. Mas é modificado para parecer como os caras da Bamford acham que um rolex deve ser. Se gostam ou não é outro papo, mas no fim é quase o mesmo.
Membro do RedBarBrazil

flávio

É por isso que, no passado, havia os fabricantes de EBAUCHES (platina e rodagem sem acabamento) e os de movimentos, que acoplavam escapamentos de especialistas aos ebauches, além do acabamento funcional e estético.

Essa diferenciação ebauche vs movimento continuou, conquanto terminologicamente incorreta, como ressaltei acima. Hoje, costuma-se referir ao ebauche como "movimento base", ou seja, aquele movimento totalmente funcional que poderia, inclusive, ser colocado num relógio e posto para funcionar, dos modificados, aos quais se "autoriza" a substituição do número dado, se a fábrica introduziu alterações.

Mas vejam, e por isso ressalto que a posição do texto que traduzi em 2000 prevalece, há modificações e modificações. Eu sempre direciono as pessoas à foto daquele que, em um momento histórico, foi o movimento de relógio de pulso mais complexo em fabricação, o Il Destriero, que está na página inicial do site mãe.

Acreditem, mas aquilo é um ebauche 7750! Acreditem se quiser! Toda rodagem, platina inferior e sistema de cronógrafo é do 7750. Porém, a IWC alterou de tal modo o troço que sequer podemos ver, mesmo o mais treinado dos olhos, que aquilo foi um 7750 algum dia.

A comparação com motores de carro é sempre salutar, e vou colocar aqui uma absurda, outra nem tanto. Vocês sabiam que o bloco dos absurdos motores BMW da era F1 turbo era de BMWs M10 da década de 60? Pior: USADOS! Esse motores de 1.5 litros produziam 80 cv e eram usados em carros de rua mas, modificados décadas mais tarde, chegaram a produzir 1500 cv! Esses motores, fazendo uma comparação tosca, são os congêneres do 7750 e Il Destriero, ou seja, modificados extensivamente.

Peguemos, não exagerando tanto, os motores da série 3 e das M3. Os blocos também são os mesmos. Aliás, não só blocos, no caso da M, as modificações não são tão extensivas assim, provavelmente chegam a bielas, turbos, etc. O normal, aí, poderia ser um 2892 padrão. Os M, os 1120.


Flávio

ejr888

#3
Citação de: flavio online 19 Janeiro 2016 às 16:35:20
É por isso que, no passado, havia os fabricantes de EBAUCHES (platina e rodagem sem acabamento) e os de movimentos, que acoplavam escapamentos de especialistas aos ebauches, além do acabamento funcional e estético.

Essa diferenciação ebauche vs movimento continuou, conquanto terminologicamente incorreta, como ressaltei acima. Hoje, costuma-se referir ao ebauche como "movimento base", ou seja, aquele movimento totalmente funcional que poderia, inclusive, ser colocado num relógio e posto para funcionar, dos modificados, aos quais se "autoriza" a substituição do número dado, se a fábrica introduziu alterações.

Mas vejam, e por isso ressalto que a posição do texto que traduzi em 2000 prevalece, há modificações e modificações. Eu sempre direciono as pessoas à foto daquele que, em um momento histórico, foi o movimento de relógio de pulso mais complexo em fabricação, o Il Destriero, que está na página inicial do site mãe.

Acreditem, mas aquilo é um ebauche 7750! Acreditem se quiser! Toda rodagem, platina inferior e sistema de cronógrafo é do 7750. Porém, a IWC alterou de tal modo o troço que sequer podemos ver, mesmo o mais treinado dos olhos, que aquilo foi um 7750 algum dia.

A comparação com motores de carro é sempre salutar, e vou colocar aqui uma absurda, outra nem tanto. Vocês sabiam que o bloco dos absurdos motores BMW da era F1 turbo era de BMWs M10 da década de 60? Pior: USADOS! Esse motores de 1.5 litros produziam 80 cv e eram usados em carros de rua mas, modificados décadas mais tarde, chegaram a produzir 1500 cv! Esses motores, fazendo uma comparação tosca, são os congêneres do 7750 e Il Destriero, ou seja, modificados extensivamente.

Peguemos, não exagerando tanto, os motores da série 3 e das M3. Os blocos também são os mesmos. Aliás, não só blocos, no caso da M, as modificações não são tão extensivas assim, provavelmente chegam a bielas, turbos, etc. O normal, aí, poderia ser um 2892 padrão. Os M, os 1120.


Flávio


Boa! Muito justa a sua comparação.
Não compensa as relojoarias projetarem um mecanismo do zero, muitas fábricas automotivas
pegam o que está na prateleira, modificam e lançam o motor.
O mesmo vale para o mecanismo de relógios in house.
E Flávio obrigado pelos links, vou estudar com calma e adquirir conhecimentos.

pedrobotelho

Muito bacana o texto, obrigado por compartilhar. Opinei hoje sobre os novos Oversears que vieram com mov. in-house e que possivelmente vão cobrar mais caro por isso. Concordo com tudo que você disse, pelo pouco que entendo o movimento de casa não quer dizer que é melhor, mas é invariavelmente mais caro, por isso deve-se analisar muito bem a relação de custo e beneficio apresentada (como você disse, se a tecnica não for MUITO FORA DA CURVA, não justifica o preço ser!).

aguiar

                  Flávio ,concordo com tuas posições. Acho importante o debate sobre esse tema até para mostrar que a idéia de que por ser "in house " é melhor , não é verdadeira !!!

                   Abs.
                 

TUZ40

Bom, concordo com o que foi apontado pelos colegas.

Maaaaaaaassss, o que tenho observado, é que cada vez mais as grandes casas procuram desenvolver seus calibres inhouse, e na grande maioria dos casos eles apresentam realmente grandes melhorais se comparados aos modelos básicos em linha dentro da própria marca, que utilizam muitas vezes Sellita ou ETA. Ou seja, as marcas tem a preocupação em agregar algo sempre, para não parecer que apenas encareceram o produto como os comentários acima fazem acreditar.

O que quero dizer então é que, ser inhouse não é garantia de nada, mas o posicionamento atual do mercado nos mostra, que as grandes casas tem o intuito de posicionar estes como algo melhor e mais exclusivo, e por isso mesmo fazem questão de oferecer algo a mais junto, como por exemplo, uma reserva de marcha que vai muito além dos 2 dias que estamos tão acostumados a ver.
"All your base are belong to us"

flávio

Isso é verdade. O único problema nessa equação é o teste do tempo... Concordo que na teoria as marcas tem sim, com o intuito de efetivamente diferenciarem se umas das outras, apresentado movimentos com vantagens teóricas aos anteriores. Mas por enquanto há muita teoria sendo levantada como argumento de superioridade. A omega, para citar uma major, fez isso. E seus 2500 série a deram um monte de defeitos por idiossincrasias de projeto só corrigidas nas versões posteriores. Portanto, às vezes o bom é aquele que está no mercado há décadas, testado e aprovado. Os novos? Bem, eu os aguardo comer um pouco de arroz com feijão, se é que me entendem... Flávio

Alberto Ferreira

Boa noite a todos!

Muito bons os esclarecimentos e a oportunidade para os debates e dúvidas.
Em especial para os que estão chegando e esperam ter uma boa orientação.

Legal!

Abraços!
Alberto

bog47

Muito bacana a explicação e a discussão que seguiu. Há pontos positivos e negativos tanto no in house quanto no "terceirizado". Sempre aprendendo por aqui!

Abs
Membro do RedBar Brazil

Matt5

Excelente texto e abordagem. Concordo em gênero, número e grau com tudo que disse.
Realmente alguns ebauches modificados "in house" conseguem ter mais trabalho e desenvolvimento que alguns movimentos totalmente "in house".

E fiquei muito feliz pela analogia aos motores BMW, apenas uma ressalva para encher linguiça: Os motores das bmw M pré-turbo moderna, eram extensamente modificados, parte interna, cabeçotes, valvetrain, sistema de admissão, lubrificação e escapamento completamente diferentes, alguns sendo inclusive únicos como o V10 (S85B50) das M5/M6 e seu irmão com uma dupla à menos de cilindros S65B40 das M3. Atualmente as modificações realmente são muito menos extensas se comparados com motores "de linha".

Desculpa pela empolgação, é que tocou na outra paixão. ;D

Abraço!

Dicbetts

Acho que a questão do in-house é mais uma dessas falácias que o consumidor faz questão de endossar.

A fábrica, que de boba tem nada, tem um departamento de marketing extremamente bem pago para inventar verdades e jogar com a vaidade das pessoas. E não são poucos os que enchem a boca para se colocarem, por conta própria, num suposto patamar de superioridade por causa desse in-house.

Compro relógio pelo conjunto. Para mim, um calibre supermegabaster in-house numa peça feia, mal ajambrada, nada representa. Da mesma forma, um relógio lindo com uma máquina meia-boca eu dou passagem.

Taí a Seiko que detém, creio, 100 por centro do processo de fabricação. E vejo poucos donos de Seiko ressaltando isso como se fosse uma exclusividade que só uns ungidos têm acesso.

Mas quando a marca é suíça... O cara mais parece o príncipe herdeiro do trono britânico.

Dic.

Matt5

Tem até suiço com "in-house" japan movit...

TUZ40

#13
Ainda acho que criticar iniciativa "inhouse" virou meio que "modinha" entre os "mais" entendidos, mas como dizem, it's just a fad, assim como criticar peças maiores, ou falar mal de clássicos consagrados, para remar contra a maré, apenas por remar. [emoji16]

Das grandes marcas, não vi movimentos inhouse que não oferecerem melhorias, pelo menos não nas linhas que me interessam.

Um exemplo, comprei um PAM 00000 por três motivos. Gosto do visual, estava em dúvida se a respeito da minha adaptação, e era mais barato. Sabia que tinha um Unitas dentro, e este era o motivo do valor mais acessível, como comprei sem saber se era aquilo mesmo que eu queria, escolhi o mais barato.

Adorei, e agora quero um PAM 00560, com o calibre inhouse e a corda de 8 dias, imagino ser um produto melhor, apesar de não ter as décadas de testes comprovados do 6497. O tempo dirá se estou errado, mas hoje acho que o pulo do valor vale muito a pena.

O que vale é o conjunto da obra, ninguém vai comprar uma peça que considera mais feia só por ser inhouse.
"All your base are belong to us"

Adriano

Eu sigo um pouco mais a linha de pensamento do Dic. Há cerca de uma década, departamentos de marketing das marcas "pescam" opiniões entre grupos influentes de colecionadores e coisas assim, amplificam a "coisa", e começam a empurrar goela abaixo do consumidor de entrada. O resultado é uma legião de consumidores que ontem não sabiam o que era algo "in-house" e hoje consideram uma "qualidade" indispensável.

Eu também enxergo esse apelo do "in-house" algo metade fabricado pelo marketing.

E sou bem mais cético que Arthur na questão de que os in-house frequentemente trazem melhorias ou vantagem. Eu já acho que uma minoria, quem sabe metade, dos calibres in-house trouxeram mesmo avanços realmente palpáveis (e não subjetivos ou emocionais) em termos de desempenho (precisão), robustez ou durabilidade em relação aos ETA, principalmente.

Abraços!

Adriano

aguiar

#15
                       Vejo exatamente como o Dic e o Adriano , o setor de marketing das marcas de luxo ( muito competente por sinal ) à tempo já identificou que para o consumidor ,principalmente o de entrada neste mercado ,ser " in house " torna o relógio mais exclusivo e de qualidade superior .
                       Tenho dúvidas também sobre as melhorias que estes calibres "in house " trazem na precisão,desempenho ao longo de anos e durabilidade.

                         Abs

                     

TUZ40

Mas quando não falamos em inhouse, 99% das vezes, na indústria Suíça, não estamos falando de 2824, 2892, 2893, 7750, 6497 e 7001, fora os clones destes mesmos?

Não me levem a mal, tenho várias peças com estas máquinas, e me atendem plenamente.
"All your base are belong to us"

Enéias

Este assunto é bem interessante e volta e meia me vejo pensando nisso e pondero:

1. Qual Rolex crono eu preferiria: o antigo ou o com máquina própria?
2. Por que eu quero ter um crono com o movimento Zenith El Primero, não me importando se seja num Zenith ou em outra marca?
3. Eu tenho enorme simpatia pelos movimentos ETA 2824 e 2892. Isso para mim é mais importante que a marca? Sim. Só quero um acabamento de primeira.

Até porque dos movimentos feitos em casa eu gosto mesmo são os da série 500 da Omega e fabuloso 6119 da Seiko. Claro que me baseio naquilo que tenho, deixando de fora o muito que eu gostaria de possuir.

Eu sairia por aí divagando, para no final dizer que o texto do Flávio é muito bom.

aguiar

Citação de: Schütz online 19 Janeiro 2016 às 22:14:08
Mas quando não falamos em inhouse, 99% das vezes, na indústria Suíça, não estamos falando de 2824, 2892, 2893, 7750, 6497 e 7001, fora os clones destes mesmos?

Não me levem a mal, tenho várias peças com estas máquinas, e me atendem plenamente.

            Entendo seu raciocínio , mas veja por exemplo , a Panerai que você citou , os modelos com calibre ETA são mais baratos do aqueles  com "in house" e qual a justificativa na ponta da lingua dos vendedores : são mais caros porque são "in house ", não por serem mais precisos , duráveis , etc. E até quem já possui como vc um Panerai equipado com Unitas, sente vontade de ter um de calibre próprio, se ele é melhor´( em todos os sentidos, até no custo benefício ) para mim ainda é uma interrogação.

            Abs.
           

TUZ40

#19
Mas eu acabei de dizer, eu prefiro o P5000 por ter 8 dias de reserva.

Quanto a durabilidade, o tempo dirá, não dá para ter uma idéia agora, fora os testes acelerados que a casas efetuam. Mas se eu depender disso, nunca vou experimentar nada novo.

A unica vantagem que consigo enxergar no uso do Unitas, é que posso largar o meu relógio em qualquer lugar, fora o preço de entrada. Mas mesmo assim, não pretendo deixar relógios de 7k de dólar no "relojoeiro do bairro", pelo menos não com o tanto de histórias boas que ouvimos por aqui...
"All your base are belong to us"