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Qual a quantidade de relógios ideal para uma coleção ?

Iniciado por automatic, 30 Agosto 2016 às 09:25:02

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Qual a quantidade de relógios ideal para uma coleção ?

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Votação encerrada: 13 Setembro 2016 às 09:25:02

Adriano

A percepção de risco eu acho que depende da experiência de cada um. Eu perdi a conta de quantas vezes eu vi assaltos acontecerem a poucos metros de mim, a ponto de que foi apenas uma questão de mera sorte que não tivesse sido comigo.

Até o dia que foi. Nunca andava com relógio na rua perto so trabalho, em região nobre da cidade (Jardim Paulistano). Até um dia que esqueci e desci para almoçar de relógio. Parei para telefonar rapidamente para minha esposa, na calçada, quando o marginal me abordou. Sacou a pistola, na porta do restaurante, 13h30, a uns 50 metros de dois policiais militares. Queria o celular mas viu o relógio e levou também.

Era o Seiko MarineMaster. Eu sonhei com o relógio por uns 10 anos até que consegui juntar a oportunidade e dinheiro para comprar (pois sim, tive que juntar e planejar para comprar um relógio que nem é muito caro). Poucas vezes na vida fiquei tão contente e orgulhoso com um relógio até porque tinha uma significado especial para mim, por ser um Seiko, que foi a marca que levou a tudo... Não foi só mais um relógio para a coleção. Usei apenas alguns meses até ser roubado. E nunca mais tive dinheiro de novo para compra-lo novamente e nem vejo nenhuma possibilidade de ter esse dinheiro de novo em um prazo de alguns anos.

Sendo assim, como considero que não posso mais me dar ao luxo de economizar por um bom tempo para pagar por um bem e ter ele roubado para nunca mais ter dinheiro para comprar outro, então prefiro bancar o paranóico e tratar esta cidade como uma ameaça constante de ser assaltado por qualquer razão e a qualquer momento. Para mim esta paranóia tem valido a pena. Quem sabe se tivesse sido um relógio que eu abri a carteira e comprei com um troco que sobrou do meu salário, e pudesse ter ido o dia seguinte comprar outro para repor, talvez minha percepção de risco tivesse sido diferente. Até porque, naquele dia, não era para eu estar com o Marinemaster, mas com outro Seiko, de 200 dólares que eu nem gostava muito. Se tivesse sido assim, talvez a minha percepção fosse diferente.

Mas não quero passar por isso de novo. Então bancar o paranóico e olhar todos na rua como possíveis bandidos sai mais barato para mim. Não dou informações na rua, não paro para ninguém que me chama e quase dei um soco na cara de um funcionário que fez aquela brincadeira estúpida de chegar por trás na rua falando que é um assalto. Falei na ele e para a esposa, que estava junto dele, que se eu tivesse uma arma ali ele estaria estirado no chão com pelo menos seis tiros.

Para mim tem valido bastante a pena agir assim. Nunca mais me levaram nada.

Abraços!

Adriano

Alberto Ferreira

#101
Boa noite, amigos!

A meu ver a tal de "percepção de risco" ou, como preferem dizer alguns, a tal de "paranoia" não é algo simples, não,...
É coisa muito complicada e, que queiramos nós ou não, nos afeta, sim, e muito.
Basta ver o tanto de palavras que nós já usamos por aqui, no FRM, para tentarmos "convencer" alguém (ou a nós próprios) de que não é nada daquilo...  Seja para lá, ou para cá...


E eu me permito dizer que ela nos cria a tal de "nossa realidade".
Em que nós tentamos acreditar ou que cremos mesmo. E assim nos sentimos melhor.

E talvez nós até possamos (con)viver das duas maneiras, seja sem maiores preocupações ou com muitas...
O tempo e novas circunstâncias podem nos fazer relaxar (no sentido de não ficarmos tão - e nem demasiadamente - tensos), mas...
Acontece que as coisas podem mudar e, infelizmente, sem aviso e com rapidez.


Quando eu vim morar aqui em Brusque, eu trouxe comigo aquele hábito dos chamados "grandes centros", aquele dos excessivos cuidados (exagerados?), ou seja, eu era muito "arisco" nas ruas...
Eu nunca fui assaltado lá em Sampa, os meus filhos, os três foram várias vezes, até com aquelas situações de "sequestro relâmpago" para sacar a grana dos cartões dos bancos, etc...

Pois bem,...
Eu nunca uso relógios muito caros, simplesmente porque não os tenho.
Mesmo assim, ao chegar por aqui, em Brusque, eu me senti mais "seguro".

Mas,...
Eu estou aqui há relativamente pouco tempo, 5 anos, e falando dos últimos meses eu já vi uma pessoa ser assaltada na rua, ao meu lado, para levarem seu o celular, o que nunca tinha visto pessoalmente lá em Sampa.

Os que querem acreditar, alguns dos brusquenses, dizem que é "gente de fora"...
Eu não discordo...
...e nem concordo.

Então, a conclusão, um tanto pessimista, a que eu chego é que...
...como no dizer do poeta, "nada será como antes".

E seja lá onde for, em Busque, Sampa, Brasília ou Estocolmo, um tiro gratuito no pescoço pode ser para sempre.

Então, os ditos "cuidados básicos" são como o tal "caldo de galinha"...
Mas...
Na verdade, verdadeira, pouco, ou nada, pode proteger integralmente um ser humano de um outro, se mal intencionado e no lugar errado.
Pena... Mas real.

Abraços!
Alberto

TUZ40

Citação de: mmmcosta online 09 Setembro 2016 às 14:19:00
Também na Austrália, Japão, Canadá, algumas capitais dos EUA e outros pouquíssimos cantos.

Hahahaha...

Não, eu quis dizer que abastados brasileiros não usam, só quando viajam, e se acham muito civilizados por fazer. [emoji16]
"All your base are belong to us"

mmmcosta

Citação de: TUZ40 online 18 Setembro 2016 às 19:07:16
Hahahaha...

Não, eu quis dizer que abastados brasileiros não usam, só quando viajam, e se acham muito civilizados por fazer. [emoji16]
Tem toda razão! [emoji51]
Marcelo

TUZ40

Não achem que eu penso que Sampa é um mar de rosas, lógico que existe essa indústria do roubo de relógios.

Eu mesmo já fui vítima, mas é que da forma que colocam por aqui, parece que se vc usar qualquer coisa melhor que um Casio, é certo que será tomado ao colocar o pé para fora de casa.

A partir do momento que eu acreditar nisso, paro de comprar relógios.

A última coisa que quero é ficar que nem aquela galera que só usa as peças em casa ou quando viaja para fora do país.
"All your base are belong to us"

Adriano

Acabei de ouvir no rádio que a Secretaria de Segurança Pública registou um aumento de 50% no número de assaltos na Av. Paulista nos primeiros seis meses deste ano, comparado com o mesmo período do ano anterior. Boa parte do aumento se deve ao aumento de assaltos aos fins de semana.

Abraços!

Adriano

TUZ40

Já viu o tanto de gente que posta selfie na Paulista aos domingos agora?

Iphones reluzentes não são perdoados.  ;D

E isso pq a maioria nem faz bo...
"All your base are belong to us"

Adriano

Exato, é o que falei: hoje assalta-se para pegar qualquer coisa. Assalta-se para pegar o cartão do "Bilhete Único". E numa dessa o relógio vai junto. Se numa dessa você está de Champion, beleza. Mas se estiver com outra coisa... Meu Marinemaster foi assim. Eu estava fazendo uma ligação. Era para eu perder só o celular. Não foi o relógio que chamou a atenção. Mas acabou indo de brinde.

Ah sim, e esqueci desse detalhe: desde então, e já fazem uns 4 anos, eu não atendo mais celular na rua. Se eu estiver na rua e meu celular tocar, não atendo, não tiro no bolso a não ser que eu possa parar em algum lugar aparentemente seguro, sem muitas pessoas em volta, olhar para todos os lados, e aí então tirar o celular do bolso. Perdi a conta de quantas pessoas já vi perderem o celular na minha frente por estar usando eles na rua. Seja alguém de bicicleta que passa e pega, seja a pé que pega e sai correndo. Tudo nas áreas "nobres" de São Paulo.

Igualmente, não posso me dar ao luxo de dar um celular de graça para um bandido. Eu sou daqueles brasileiros que tem smartphone razoavelmente bom, mas dividido em 10 vezes no cartão. Se me roubarem, estou fodido. Então essa paranoia tem valido a pena até agora. Mas para quem pode repor um smartphone bom no dia seguinte sem fazer um rombo nas contas, essa minha postura deve parecer uma paranoia mesmo, uma idiotice sem tamanho. Coisa de pobre que compra carro zero e não tira o plástico do banco. Fazer o que?

Abraços!

Adriano

TUZ40

Eu acho que tem que ser zeloso sempre Adriano, é que da forma que pintam as coisas aqui, parece que SP é Beirute nos anos 80.

Não dando moleza, tem como navegar por aqui sem ser assaltado semanalmente.
"All your base are belong to us"

CSM

Citação de: TUZ40 online 18 Setembro 2016 às 15:56:36
Ontem fiquei para cima e para baixo pelos Jardins e Itaim com meu Tudor, passei em shopping visado, caminhei um monte pelas ruas do Itaim, peguei Taxi, almocei em restaurante de gente bonita, elegante e sincera, e pasmem, não fui assaltado, não guardei meu relógio nenhuma vez, e o melhor de tudo, estou vivo para contar isso tudo para vcs.

São Paulo não é essa merda que vcs pintam aqui, isso que fiz ontem, faço todos os dias. [emoji6]


Enviado do meu iPad usando Tapatalk

Po mas tudor também né.....  ;D ;D ;D
Membro do RedBarBrazil

aguiar

#110
Citação de: cesar online 19 Setembro 2016 às 12:20:23
Po mas tudor também né.....  ;D ;D ;D

               Queria ver fazer isto tranquilao com  Rolex.

vinniearques


TUZ40

Vai brincando, já me colocaram revolver na cabeça para levar um SEIKO SOLAR.  ;D ;D ;D

Foi o único relógio que me tomaram no transito.

"All your base are belong to us"

jfestrelabr

Rolex ou Rolex.

Fórum Genérico, respostas genéricas.

Davi-RJ

Caramba, esse Seiko solar (SNE039) é hoje meu relógio do dia a dia. E eu achando que podia ficar tranquilo...

Um abraço,
Davi

JotaA

Galera, moramos no Brasil, um dos países mais violento do mundo.

Todos corremos riscos, as vezes nos deixamos levar por alguns casos especificos de roubo de Rolex e outros...

Mas você pode ter seu Atlantis roubado e ainda levar um tiro, é um problema de segurança pública.

Quem aqui, nunca foi assaltado?

Dicbetts

E se o cara perder só o relógio, sem tomar um tapa na cara porque está demorando a entregar, está no lucro.

Dic

Cosentino

Citação de: Dicbetts online 21 Setembro 2016 às 13:50:15
E se o cara perder só o relógio, sem tomar um tapa na cara porque está demorando a entregar, está no lucro.

Dic
Hoje em dia com essa legislação de M.. e o povo dos direitos humanos, os caras tiram a vida por qualquer motivo. Temos que agradecer mesmo se levarem só os bens materiais.

JotaA

Eu morei em BH por 12 anos, numa época morei no Lagoinha,   famoso edifico Paulete. Era jovem, dezenas de vezes ia jogar sinuca no centro e tomar cerveja, voltava a pé, passava pela rodoviária, por aqueles elevados de madrugada e nunca me aconteceu nada.

Depois me mudei pro Buritis, região tida como nobre. Em pouco menos de um ano, sofri um assalto saindo da faculdade, já na esquina da minha casa. Dois noiados querendo celular, ofereci até dinheiro. Mesmo assim fui baleado na barriga. Quase morri.

Infelizmente corremos risco só por ter saído de casa. Não dá pra prever. Infelizmente é assim.

Agora, se eu deixar de usar relógio com medo de ser assaltado, é melhor eu nem comprar. Economizo uma grana e ando mais tranquilo.

raulfragoso

Que episódio lamentável, Jota. Obviamente fico feliz de você estar aqui hoje para poder contar.

Infelizmente esse é o retrato da violência no país, principalmente nos grandes centros. Me considero privilegiado por morar numa cidade de 20 mil habitantes no interior de SP, mas mesmo aqui a criminalidade também vem aumentando a cada ano.

Mas como você bem colocou, o medo de ser assaltado não pode nos deixar reféns para sempre. Devemos ter cuidado, sim, mas o dia que eu não me sentir mais à vontade para poder usar meus relógios diariamente, ao invés de mudar de hobby, eu mudarei de país.
"It's easy to make something complicated, but much less easy to make it simple." - François-Paul Journe