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Recuperação ou remoção de PVD em relógios

Iniciado por leandroqbs, 01 Maio 2017 às 20:55:22

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leandroqbs

Pessoal, boa noite.

Procurei na Busca e não encontrei nada específico sobre o assunto, então vamos lá:

Alguém sabe algum serviço de recuperação de PVD no Brasil?

Ou alguém já poliu um relógio em PVD visando remover toda tinta? Se sim, poderia postar fotos?

Se o tópico já existir, podem remover este sumariamente. Obrigado.

Alberto Ferreira

Boa noite!

Leandro,
Remover e reaplicar um tratamento em PVD eu não acredito que seja viável, pelo menos não economicamente falando.
Outro problema, e grande, é encontrar quem aplique PVD em escala não industrial.

Veja algumas conversas nossas sobre o assunto.

Aqui ---> http://forum.relogiosmecanicos.com.br/index.php/topic,13174.msg263415.html#msg263415

E mais aqui ---> http://forum.relogiosmecanicos.com.br/index.php/topic,3779.msg74507.html#msg74507

Ah!
O PVD não é uma pintura, portanto não é uma tinta, e polir para remover, simplesmente esqueça. Não dá para remover totalmente e o resultado seria um "desastre" estéticamente falando.

Abraços!
Alberto

leandroqbs

Alberto,

Muito obrigado pelas dicas. Vou ler os dois tópicos. Valeu mesmo!

Adriano

Remover é difícil. Pode precisar retirar material demais e deformar a peça. E se conseguir, bem provável que não valha a pena. Não espere gastar menos de uns 1500 ~ 2000 reais para fazer isso em uma caixa apenas, e mais esse tanto para um bracelete. Sem contar os custos para desmontar, remontar, etc.

Abraços!

Adriano

CSM

eu mandei fazer o meu panerai neste cara nos estados unidos, o trabalho ficou do caraleo..... pode ser que ele refaça o tratamento, sei lá..... mas a brincadeira é carinha... custou 1k dólares na época.

http://internationalwatchworks.com/

abraços
Membro do RedBarBrazil

flávio

Resumo da história: quer algo que dure? Fuja de PVDs.



Flávio

lucasvp

E aqueles tratamentos similares ao que a Sinn aplica, efetivamente são mais duráveis?

Enviado de meu SM-A710M usando Tapatalk


flávio

Olha, a SINN muda a estrutura cristalina do aço utilizado para torná-lo mais "duro" na escala Vickers. Problema nenhum, porque a intenção é tornar a própria caixa mais dura, não colocar uma PROTEÇÃO mais dura sobre ela. O problema de folheados, PVDs, etc, é que se arranhar, não dá para polir, pois a caixa é algo composto de proteção, feita de uma coisa, e caixa mesmo, de outra.

No passado, quando de fato se usavam folhas de ouro para folhear a caixa (e o nome, óbvio, vem daí...), o troço era muito, mas muito resistente. Com 40 a 80 microns, mesmo arranhando ainda tinha material suficiente para polir a caixa toda sem chegar no aço da base, mesmo com dentes. Mas PVD? O troço não tem nem 10 microns!

Eu estou fora de qualquer coisa que adicione "capas" nas caixas. A ideia não me atrai...


Flávio

leandroqbs

Citação de: lucasvp online 02 Maio 2017 às 14:57:26
E aqueles tratamentos similares ao que a Sinn aplica, efetivamente são mais duráveis?

Enviado de meu SM-A710M usando Tapatalk



Manda o link aí, por favor, só para eu conhecer!

Citação de: flavio online 02 Maio 2017 às 15:19:02
Olha, a SINN muda a estrutura cristalina do aço utilizado para torná-lo mais "duro" na escala Vickers. Problema nenhum, porque a intenção é tornar a própria caixa mais dura, não colocar uma PROTEÇÃO mais dura sobre ela. O problema de folheados, PVDs, etc, é que se arranhar, não dá para polir, pois a caixa é algo composto de proteção, feita de uma coisa, e caixa mesmo, de outra.

No passado, quando de fato se usavam folhas de ouro para folhear a caixa (e o nome, óbvio, vem daí...), o troço era muito, mas muito resistente. Com 40 a 80 microns, mesmo arranhando ainda tinha material suficiente para polir a caixa toda sem chegar no aço da base, mesmo com dentes. Mas PVD? O troço não tem nem 10 microns!

Eu estou fora de qualquer coisa que adicione "capas" nas caixas. A ideia não me atrai...


Flávio

Valeu pela explanação. Muito interessante. Realmente to achando que não vale a pena.

Citação de: Adriano online 02 Maio 2017 às 07:56:15
Remover é difícil. Pode precisar retirar material demais e deformar a peça. E se conseguir, bem provável que não valha a pena. Não espere gastar menos de uns 1500 ~ 2000 reais para fazer isso em uma caixa apenas, e mais esse tanto para um bracelete. Sem contar os custos para desmontar, remontar, etc.

Abraços!

Adriano

É, realmente fica inviável para o relógio que estava pensando, pois é um relógio de 1k dólares.

Citação de: flavio online 02 Maio 2017 às 13:49:31
Resumo da história: quer algo que dure? Fuja de PVDs.



Flávio

Também estou chegando à essa conclusão hehehe!

Citação de: cesar online 02 Maio 2017 às 12:44:52
eu mandei fazer o meu panerai neste cara nos estados unidos, o trabalho ficou do caraleo..... pode ser que ele refaça o tratamento, sei lá..... mas a brincadeira é carinha... custou 1k dólares na época.

http://internationalwatchworks.com/

abraços

Caramba! Vi o site agora. Excelente trabalho mesmo. De fato é bem caro! Para um PAM vale, mas para o meu caso, sem chance.


Clélio

 Olá a todos.

    Eu adoro o acabamento em PVD, tenho alguns antigos com este acabamento, realmente é muito raro ver algum modelo com o acabamento intacto, qualquer batidinha parece "quebrar" a casca de PVD
    Mais difícil ainda é achar uma pulseira com o acabamento...um destes relógios quanto recebi vi que o antigo dono havia pintado a pulseira com um tipo de tinta... ficou uma bo**a  :(

    Eu já via alguns modelos que tiveram o PVD removido,  a impressão é que isso foi feito com um tipo de "raspagem".

     Em tempo, outro tipo de acabamento sujeito a estas quebras é a "videa", já vi alguns modelos muito bonitos totalmente comprometidos... exemplo o Omega Anakin Skywalker... :'( :'(

Abs

Alberto Ferreira

Bom dia!
Apenas para uma colocação conceitual, ok?

PVD - Physical Vapor Deposition ---> http://revistaih.com.br/revestimentos-pvd-e-cvd/.
O PVD é o método - quem faz a diferença numa eventual resistência maior ou menor da superfície contra a abrasão (riscos) é o material empregado.

Pintura epoxy - um método antigo.
Nele o material, em forma de pó, é atraído para a superfície metálica (por diferencial de cargas estáticas) e depois fundido em um forno.
Este acabamento costuma "lascar" ou com o tempo, o uso e as batidas perder material (desgastar) nas arestas.

Vídia - Ou Widia (numa alusão a wie diamant, como diamante, em alemão).
Foi originalmente criado pela Krupp, em 1927, sendo àquela época uma marca registrada.
Este está normalmente nas "carrures" (aquela capa que encobre a caixa de certos relógios - notadamente alguns Rado´s).
Também conhecido como "metal duro", na verdade é um material sinterizado (em geral carboneto de tungstênio em uma matriz de cobalto, mas pode haver outras combinaçõs neste sinterizado).
Se receber impactos fortes, especialmente nas quinas, pode quebrar ou lascar.

Modernamente há outros métodos de "revestimento" das superfícies metálicas, com outras marcas registradas.

Abraços!
Alberto