Movimentos SELLITA

[Paulo Sergio]

Obrigado amigo Eneias!!!     

[flávio]

Gente, vou repetir, apesar do que alguns foristas dizem: OS MOVIMENTOS NÃO SÃO IGUAIS. Quando a Sellita entrou no mercado, ela se preocupou apenas em oferecer aos fabricantes que já usavam ETA uma oportunidade de migrarem de movimentos sem precisar alterar nada em suas caixas, mostradores, etc. Ou seja, um relógio que usa ETA 2824 pode ter colocado no lugar um Sellita clone, pois as furações de ponteiros caem no mesmo lugar, o diâmetro é o mesmo, etc. Porém, as peças não são compatíveis entre si e, para dizer a verdade, segundo reclamações que já li por aí, piores do que as ETA. A questão gente, é de fiabilidade. Um ETA 2824 está no mercado há séculos e já foi atualizado, sobretudo em engenharia de metais, para peças que resistem à fadiga. Um Sellita pode ser visualmente um ETA, mas o modo como cada peça é fabricado, não. Por exemplo, as rodas reversoras ETA "colam" por lubrificação inadequada ou ressecamento com o tempo e passam a não carregar. Mas não há histórico de desgaste nessas peças, não que eu saiba. Mas há histórico de desgaste de peças Sellita que não ocorrem em ETAs. Ouso dizer, pois, que um ETA é melhor que seu concorrente Sellita. Nas conformações top grade e Chronometer então... A ETA, queiram ou não, é referência em fabricação de movimentos. Houve uma época no mercado, aliás, que 90% das peças de escapamento, mesmo das marcas "in house", eram adquiridas da Nivarox/FAR, do Swatch Group, tal o grau de especialização necessário. Aliás, Rolex, Seiko, etc, eram as poucas que se arriscavam a fazer por conta própria escapamentos. Entre Sellita e Eta, fico com a ETA. Aliás, um ETão 2824, no padrão chronometer, em questão de fiabilidade e capacidade cronométrica, bate de frente com, na minha opinião, os melhores movimentos em confiabilidade do mercado, os Rolexes. De uns tempos para cá, como já ressaltei, mudei muito minha concepção sobre esse lance do "feito em casa", o in house: hoje quero um movimento que não me dê problema. Ele não precisa sequer ser bonitinho... Mas não o quero ordinário.


FLávio

[viniciussg1995]

Flávio, desculpe a ignorância, mas a sellita é uma marca criada recente? Ela surgiu na época em que a Swatch group disse que não venderia mais os seus movimentos a terceiros, para assim abocanhar uma fatia do mercado que não poderia fabricar calibres in-house?

[flávio]

Sim e não. A sellita é antiga, fazia peças para o Swatch Group, na divisão intrínseca de trabalho que caracteriza a manufatura Suíça. Então, com o fim do monopólio da Swatch eles resolveram voar com as próprias asas e fabricar, com o know how que já tinham, clones eta. Flávio

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[eflach10]

Gente, vou repetir, apesar do que alguns foristas dizem: OS MOVIMENTOS NÃO SÃO IGUAIS. Quando a Sellita entrou no mercado...

FLávio

Show, Flávio! Obrigado!


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[Paulo Sergio]

Valeu amigo Flavio!!!     

[Adriano]

Recomendo que sempre leiam com ressalvas o que eu mesmo escrevi anos atrás. Opiniões mudam, experiência muda, aumenta, etc...

Abraços!

Adriano

[Enéias]

Gente, vou repetir, apesar do que alguns foristas dizem: OS MOVIMENTOS NÃO SÃO IGUAIS. Quando a Sellita entrou no mercado, ela se preocupou apenas em oferecer aos fabricantes que já usavam ETA uma oportunidade de migrarem de movimentos sem precisar alterar nada em suas caixas, mostradores, etc. Ou seja, um relógio que usa ETA 2824 pode ter colocado no lugar um Sellita clone, pois as furações de ponteiros caem no mesmo lugar, o diâmetro é o mesmo, etc. Porém, as peças não são compatíveis entre si e, para dizer a verdade, segundo reclamações que já li por aí, piores do que as ETA. A questão gente, é de fiabilidade. Um ETA 2824 está no mercado há séculos e já foi atualizado, sobretudo em engenharia de metais, para peças que resistem à fadiga. Um Sellita pode ser visualmente um ETA, mas o modo como cada peça é fabricado, não. Por exemplo, as rodas reversoras ETA "colam" por lubrificação inadequada ou ressecamento com o tempo e passam a não carregar. Mas não há histórico de desgaste nessas peças, não que eu saiba. Mas há histórico de desgaste de peças Sellita que não ocorrem em ETAs. Ouso dizer, pois, que um ETA é melhor que seu concorrente Sellita. Nas conformações top grade e Chronometer então... A ETA, queiram ou não, é referência em fabricação de movimentos. Houve uma época no mercado, aliás, que 90% das peças de escapamento, mesmo das marcas "in house", eram adquiridas da Nivarox/FAR, do Swatch Group, tal o grau de especialização necessário. Aliás, Rolex, Seiko, etc, eram as poucas que se arriscavam a fazer por conta própria escapamentos. Entre Sellita e Eta, fico com a ETA. Aliás, um ETão 2824, no padrão chronometer, em questão de fiabilidade e capacidade cronométrica, bate de frente com, na minha opinião, os melhores movimentos em confiabilidade do mercado, os Rolexes. De uns tempos para cá, como já ressaltei, mudei muito minha concepção sobre esse lance do "feito em casa", o in house: hoje quero um movimento que não me dê problema. Ele não precisa sequer ser bonitinho... Mas não o quero ordinário.


FLávio

Interessante que qualquer relógio que tenho, por mais simples e barato que seja, usando ETA 2824, nunca me deu problema. NUNCA!

[flávio]

Os ETA 2824 são old school e, acredito, foram "substituídos" pelas marcas durante algum tempo pelo 2892 porque este era extra plano e, portanto, ocupava melhor os relógios da moda da época, mais finos. Sua reserva de marcha baixa também era um problema, algo em torno de 38 horas. Porém, os 2824 raramente deram e dão pau e sempre serviram muito bem na função de serem acoplados a módulos, que normalmente adicionam mais necessidade de torque. Mas o 2892 nunca foi confiável como os 2824, pelo menos pelo que já vi nesses anos de reclamações. E, como ressaltou, considerando que a ETA o oferece em 4 categorias, da mais básica à chronometer, podem ser encontrados em Tissots a Breitlings e Tudors...  E mesmo sendo um projeto das antigas, mostrou que ainda tinha fôlego para ser atualizado, o que ocorreu com a adoção de espiral em silício e redução de frequência, o que aumentou sua reserva para mais do dobro! E nunca é demais lembrar que um Tissot, no último campeonato de cronometria de Besançon, ganhou a competição com uma precisão absurda, chutando a bunda de marcas muito mais caras, equipado com um modelo novo de 2824 desses, com espiral em silício. O 2824 é o feio que satisfaz...


Flávio

[MarkT]

Flávio,
Gostaria de aproveitar teu conhecimento sobre as máquinas ETA e perguntar: A ETA 2836-2 que equipa o Tissot Visodate é uma boa versão? Parece-me que a reserva de marcha é de apenas 38 horas e eu já vi muita gente nos fóruns se queixando da falta de precisão desse Tissot.
Pergunto isso porque estou seriamente pensando em comprar um Tissot desses. Será que vale a pena?

[Enéias]

Eta 2836, tem um bom material aqui mesmo do Fórum:

Eis: http://forum.relogiosmecanicos.com.br/index.php/topic,4547.msg88359.html#msg88359

[Adriano]

Flávio,
Gostaria de aproveitar teu conhecimento sobre as máquinas ETA e perguntar: A ETA 2836-2 que equipa o Tissot Visodate é uma boa versão? Parece-me que a reserva de marcha é de apenas 38 horas e eu já vi muita gente nos fóruns se queixando da falta de precisão desse Tissot.
Pergunto isso porque estou seriamente pensando em comprar um Tissot desses. Será que vale a pena?

É uma versão de entrada. Mas me espanta a queixa da precisão. Essas máquinas são muito precisas e vêm de fábrica muito bem reguladas.

Já sobre a reserva de marcha, 38 é o normal para qualquer 2824 e afins. Mesmo os Top/COSC.

E não entendo muito essa discussão de reserva de marcha. Há uns 15 anos, quando quase todo mecanismo tinha a mesma reserva, ninguém falava no assunto. Isso não era assunto em debate entre colecionadores. NINGUÉM sentia falta de mais reserva de marcha. Aliás ninguém sentiu falta, por um século inteiro.

De repente, os fabricantes descobriram que aumentar a reserva de marcha era um ótimo truque para driblar as regras antiquadas do COSC e conseguir o certificado mesmo com mecanismos de precisãobe qualidade duvidosos. Mas como fica meio vergonhoso assumir isso, decidiram começar a dizer que a reserva de marcha maior era um benefício para o usuário.

De repente também, a reserva de marcha virou argumento de venda, hoje está na boca de todo vendedor (pode perceber, eles não sabem o calibre, quantos rubis tem, mas sabem de cor e salteado a reserva de marcha de TODOS os relógios na loja) e hoje todo mundo debate essa questão e avalia - muito equivocadamente - a qualidade de um mecanismo pela reserva de marcha. Na roda de colecionadores, o que tem um relógio com 55 horas de reserva debocha do que tem um com 42 horas.

Parabéns aos departamentos de marketing das marcas. Espero que todos tenham recebido aumentos.

Abraços!

Adriano

[Adriano]

A tempo: com a reserva de apenas 38 horas, fico com um ETA 2824 e não troco por quase nenhum (e digo "quase" apenas por segurança de não cometer injustiças) calibre de manufatura moderno fabricado em massa.

Abraços!

Adriano

[MarkT]

 Obrigado ao Adriano e Enéias pela contribuição!

[Enéias]

Eu acredito que o ETA 2824 deveria estar num pedestal. Sou fã.

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[Paulo Sergio]

X 2... 

[flávio]

Eu acredito que o ETA 2824 deveria estar num pedestal. Sou fã.

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Dois. Na minha sincera opinião, a ETA só embarcou no 2892 porque, na época do seu projeto, o "in" era o relógio fino (o 2892 pode ser considerado extra plano, pois tem apenas 3 mm e pouco, algo assim, enquanto o 2824 tem 4 e pouco). O tempo passou, a moda alterou e... Hoje, os movimentos Omega "feitos em casa" são mais altos do que os 2824.


Flávio

[eflach10]

Eu também sou fã do 2824.
Já que o Flávio citou os Omega, uma pergunta: esse negócio de ser anti-magnético realmente traz benefícios tangíveis?


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[flávio]

Eu também sou fã do 2824.
Já que o Flávio citou os Omega, uma pergunta: esse negócio de ser anti-magnético realmente traz benefícios tangíveis?


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http://forum.relogiosmecanicos.com.br/index.php/topic,14817.msg296870.html#msg296870

[eflach10]

Obrigado!
Lembrava desse tópico, mas não tava encontrando...
Abs!