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As assinaturas secretas Breguet

Iniciado por flávio, 16 Novembro 2021 às 15:31:59

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Apesar de Breguet trabalhar para a aristocracia e, inclusive, ser considerado o relojoeiro preferido de Luiz XVI, ele nutria simpatia pelas ideias políticas que fervilhavam na França da época. Breguet, então, uniu-se aos Jacobinos, grupo político liderado pelo radical Jean-Paul Marat. Em 1793, porém, os Jacobinos dividiram-se em dois grupos: os moderados Girondinos e os radicais Montagnards, liderados por Robespierre. Marat filiou-se aos Montagnards e, apesar da posição mais moderada de Breguet, ambos permaneceram amigos.
Em abril de 1793, Breguet e Marat resolveram visitar um amigo em comum em Paris. Enquanto estavam na sua residência, uma multidão partidária ao rei se aproximou e passou a gritar, exigindo a cabeça de Marat. Breguet, então, vestiu Marat como se fosse uma mulher, inclusive o maquiando, e deixou a residência fingindo estar acompanhado, enganando a multidão furiosa.
Os meses passaram e a situação em Paris ficou perigosa... As ligações de Breguet com aristocracia e sua nacionalidade suíça o transformaram em um alvo dos radicais. Marat, então, retribuiu o dia no qual Breguet salvou sua vida e confidenciou-lhe que o relojoeiro estava marcado para morrer na guilhotina. No dia 12 de agosto de 1793, com um salvo conduto fornecido por Marat, Breguet fugiu para a Suíça.
Algum tempo depois, Breguet soube que vários relógios fabricados por ele e confiscados de aristocratas guilhotinados haviam alcançado preços altíssimos em leilões. E tais preços haviam incentivado a falsificação dos seus produtos... Na Suíça, Breguet contatou Jean Pierre Droz, que projetou e fabricou um pequeno pantógrafo, através do qual ele podia inserir uma minúscula assinatura com cerca de 3mm nos mostradores dos seus relógios. A assinatura "secreta" de Breguet é utilizada até hoje nos relógios da marca, muito embora inserida através de raio laser. Inspirou outros fabricantes, como por exemplo Cartier e Rolex, a colocarem escritos "anti falsificação" em seus relógios.


flávio


Devenalme Sousa

Que legal, Flávio. Breguet era demais mesmo! Além de ser um gênio, ainda ficou do lado certo na Revolução! Hahaha Bela história!