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E meu speedmaster automatic foi para a revisão depois de 5 anos...

Iniciado por admin, 28 Agosto 2009 às 21:17:26

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flávio

Pois bem, na verdade mais do que isso. Em 2002 (o relógio é de 1998), este parou de funcionar sem motivo aparente e meu relojoeiro o revisou (acompanhei a revisão). O mistério é que não detectamos nada, mas parecia que algo no crono estava afetando a amplitude de marcha do 2892. Em síntese, sem saber porque o relógio parou, depois de revisá-lo, o troço voltou a funcionar perfeitamente. Ah, não foi usado o d5 nele, mas o Microtime 5, para relógios de parede. Nenhum problema.

Lá por 2004, a porra do relógio começou a me torrar o saco pela carga. Lá pelas tantas, disse para o relojoeiro: cara, desmonte o sistema de carga e coloque essas rodas reversoras sem lubrificação (sério! Eu já tinha dito isso aqui).

Pois bem, o relógio foi aberto novamente em 2004 para polimento, mas na autorizada em Brasília.

Agora o mistério...


De uns meses para cá, o relógio começou a ficar com a tige dura para puxar e suspeitei de falta de lubrificação. Como estava (estou em BH), resolvi dar um pulo no relojoeiro e só pedir para olhar isso. Realmente a lubrificação estava fraca, mas não a ponto de causar as travadas, e chegamos à conclusão que as travadas eram eventuais por eu ter o hábito de puxar as coroas por baixo. Puxando como uma garra, ok.

Porém, para minha surpresa, notei uma inscrição de revisão do relógio em 2004 na tampa interna (que não autorizei) e uma névoa estranha sobre o tambor de corda. Não sabia o que era.

Vou resumir. Em alguma autorizada (e só pode ser uma, não vou citar qual), revisaram o relógio (porque na anterior não foi), colocaram o tambor na limpeza (para que? Esses tambores da eta duram milênios lubrificados de fábrica e em regra nem se mexe neles), inteiro, e depois não o relubrificaram! Estava sequinho, sequinho! A névoa era líquido de limpeza que havia saído de dentro do tambor e se acumulado no exterior.

Resumo. Meu relojoeiro aqui teve que tirar a corda na estrapada, e lubrificar tudo de novo com graxa. E nada da graxa indicada pela eta não, mas a normal grafitada que todo mundo usa.

Eu fiquei de cara. Como os caras limpam um tambor de corda e depois não o lubrificam novamente? Paciência...Mas não houve danos ao tambor, até mesmo pelo meu pouco uso do relógio, cerca de 4 dias por mês.

As rodas reversas, acreditem, não tinham qualquer sinal de desgaste, mas agora foram lubrificadas como o manual. Mentira, como o manual antigo (eu fazendo as experiências loucas) dos eternas: pica óleo minúsculo e 9010 nos engates. Não fizemos epilame.

No resto, o relógio estava zero, nem mexemos no módulo de crono, estava tudo no lugar, inclusive lubrificação.

Mas o mistério permaneceu: quem colocou o tambor de corda na máquina de lavagem e não o lubrificou.

Ah, antes que perguntem aí qual foi o ajuste, essas coisas, ficou em praticamente +6 em todas as posições (pedi para ajustar em 5, apesar dele vir em 3). Variando de + 4 a + 6 em tudo, vamos ver daqui a alguns meses, estabilizando, como ele se mostra no witchi, pois usamos um Vibro toscão, claro. E, sim, como sempre, kkkkkkkkkkkkkkkkkkk, 9010 nas levees, nada do 941.

Porra Flávio, mas você faz tudo errado! kkkk! Vamos ver daqui a uns anos...


Flávio

igorschutz

Flávio,

Não sei se estou ficando louco ou não (e nem vou me alongar aqui, porque estou de saída), mas que eu saiba, não se lubrifica mais a corda, para evitar que as espiras "grudem" no futuro. Elas são usadas no seco mesmo, apenas confiando no polimento que recebem.

Já, já o Adriano falará sobre isso.

Um abraço,

Igor
Opinião é como bunda: todos têm a sua. Você dá se quiser.
Opinião é como bunda: você dá a sua e eu meto o pau.

NÃO ACREDITE NO QUE 'FALAM' AQUI, ESTUDE BEM E TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES

Atalo


Alberto Ferreira

Salve!

Pois é,...

Lubrificação?
No tambor?... Só nas paredes. Na corda em si, não.

Certo, Adriano?  ::)

Abraços!
Alberto
8)

flávio

Citação de: Alberto Ferreira online 28 Agosto 2009 às 22:19:59
Salve!

Pois é,...

Lubrificação?
No tambor?... Só nas paredes. Na corda em si, não.

Certo, Adriano?  ::)

Abraços!
Alberto
8)



Domingo, mas correria, meu pai está em coma.


Flávio

Octávio Augusto

Citação de: igorschutz online 28 Agosto 2009 às 21:44:18
Flávio,

Não sei se estou ficando louco ou não (e nem vou me alongar aqui, porque estou de saída), mas que eu saiba, não se lubrifica mais a corda, para evitar que as espiras "grudem" no futuro. Elas são usadas no seco mesmo, apenas confiando no polimento que recebem.

Já, já o Adriano falará sobre isso.

Um abraço,

Igor

Eu já escutei as duas coisas.  ??? ???
Vamos ver o que o Adriano fala sobre as regars para revisão desta parte.
Abraço,

Octávio Augusto

flávio

Sim, lembro-me que estas novas cordas vinham com teflon. Sapeando a net, porém, encontrei o oil chart para o Rolex 3035, e não podem dizer que seja diferente de um eta, e ela recomenda a lubrificação com graxa com molibdênio. Aí vi essa discussão num outro fórum:

Mike,

When working with all sorts of automatic mainsprings and barrels, I use the same basic lubrication that Rolex recommends. A special "grease" is used to lubricate the inner walls of the mainspring barrel where the "bridle" allows the end of the spring to slip. Rolex calls their grease "Molybdenum Bisulphide Lubricant," but I am sure that there are other similar products available as well.

In any event, this grease looks like it's impregnated with graphite, and you're only supposed to use it on the inside of the barrel wall itself. The rest of the spring is supposed to be lubricated with a heavy "oil."

A couple of years ago, there was an excellent article about various mainspring lubrication schemes published in the "Horological Times," which is the official publication of the American Watchmakers Institute (AWI). As a matter of fact, in all the years I belonged to the AWI, this one article was the only thing I ever found to be of any significant benefit.

In brief, a particularly industrious watchmaker tried various types of lubricants on the mainsprings of a particular Rolex automatic, and then carefully monitored the results using one of the new Witschi watch timers, which shows balance amplitude, etc. I'll have to look this article up to report the exact results, but the main point discovered was that of all possible types of mainspring lubricant, Teflon was the worst by far! In every example studied, better results were obtained when all the Teflon was removed from the mainsprings, and they were then lubricated with heavy oils. For some reason, heavy oils tended to work better for this purpose than greases, but even greases worked better than Teflon.

As soon as I find my old Horological Times which has this information, I'll pass on some more specifics.



------------------
Steve Maddox
VP, NAWCC Chapter #62
North Little Rock, Arkansas




O Steve Maddox dizendo que por praxe lubrificava tudo. Fato é que claramente meu tambor foi limpo na máquina? O teflon ou outra coisa que lá estava permaneceu? Pois bem, vai lubrificado o meu, mal não vai fazer. Mais um teste cobaia do speedy. Vamos ver como ele se comporta daqui para diante: lubrificação no tambor, óleo microtime no lugar do d 5 e 9010 nas levees. E vamos embora! kkkkk!



Flávio

Adriano

Eu desconheço esse negócio de Teflon... Sei que com ou sem teflon, não se lubrifica corda. E a impressão que se tem ao abrir um tambor revisado é justamente de que não há lubrificação. Aliás, se você vir alguma graxa em algum lugar, é porque foi lubrificado errado. Se a lubrificação for correta, você não vê a graxa usada na parede, a não ser que remova a corda. A parede dos tambores modernos, inclui aí o do ETA 2892 (ou Omega 1120, ou 1140, ou 3220, etc.) possui reentrâncias, e ali a graxa é aplicada e se deposita ao longo do tempo. É isso que gera também um pequeno ruído de "clic" quando a corda está cheia e continua-se dando corda pela coroa. Cada vez que a brida desliza e passa por cima de uma reentrância dessa, faz um clic.

O que se deve esperar de um tambor bem revisado, após alguns anos, é a ausência aparente de graxa, com manchas escuras nas paredes do tambor e uma "inhaca" preta nas reentrâncias.

Sobre o problema de carregamento: acontece mesmo, com frequencia razoável, mas é muito fácil de resolver. Mas tem que trocar peças e lubrificar com muito critério. Senão, negativo. Pode funcionar a seco? Não deve, mas pode, sob a pena de ter que trocar peças denovo na próxima revisão. Não lubrificar, na minha opinião e experiência, só contorna um problema para gerar outro lá na frente.

Se não fizer corretamente, dá pau, e o problema vai e volta, e vai ficar batendo cabeça na parede. Já vi esse filme.

Abraços!

Adriano




César-HT





Domingo, mas correria, meu pai está em coma.


Flávio
[/quote]

Olá para todos.

Pô Flavio, que chato isso hein  :-\.
Estimo e torço por melhoras para seu pai.

Até mais.
César.
"Perdoe os seus inimigos, mas não esqueça seus nomes" John F. Kennedy.

LUW

[ ]s
Luciano

Wadley

Wadley

Octávio Augusto


Domingo, mas correria, meu pai está em coma.


Flávio


Estimo melhoras!!!
Abraço,

Octávio Augusto


paulorocha

Flávio, estou aqui torcendo por melhoras para seu pai. Se precisar de algo, qualquer coisa, é só falar.


Um abraço, e força meu amigo.
Um grande abraço

Paulo Rocha

FSV

Prezado Flávio :

Espero que seu pai mostre melhoras rapidamente !!

Abraços fraternais, Flávio.
"Os piores demônios são os demônios da cabeça!" (José Mojica Marins)

Paulo Sergio

Ficou pronto amigo???
Poste as impressões!!!  ;)  ;)  ;)
Abraço
Paulo Sergio
Abraço
Paulo Sergio

flávio

Meu pai saiu do coma e está zero. O relógio, como só foi parte de carga, sei lá, parece-me zero. Para dar uma opinião mais correta, só colocando no witchi timer. Quanto à carga, nem sei, vou usá-lo esta semana. Para BH, desta vez, fui de Rolex. E Rolex é igual Seiko em carga: não se reclama. O troço é igual o coelhinho da Duracell.


Flávio

Paulo Sergio

Beleza amigo!!!  :D
Sorte para seu pai!!!  ;)
Abraço
Paulo Sergio
Abraço
Paulo Sergio

flávio

Sobre a carga. Usei o relógio ontem do meio dia às 7 da noite, em atividades de "pouca carga", andando pouco, mais digitando, ou seja...Antes meu relógio parava no meio da noite. Agora, sete da noite, 24 horas se passaram e o troço está indo embora sem parar, o que é fantástico. Carga então, ok.

Para saber marcha, estes troços, terei que ir na autorizada. Gosto muito de conversar com os caras de lá, mas confesso que levarei meus próximos dois (um estou sem coragem, o outro não dá para adiar) para revisão em BH. Sim, meus amigos de BH não usam d5, 900 e não sei quanto nas levees e nem witchi timers, mas me cobram 100 paus numa revisão de um relógio simples, na amizade e nunca tive problemas. Como disse, já tive problemas com autorizadas, arranhões em platinas, esses troços. Em BH, minto, certa feita detonaram um ponteiro meu. Mas foi só.

O EBEL, então, levarei lá. Precisa urgente de desmontar o sistema de carga e escapamento. Também é a única coisa que vou pedir para mexer.

Vamos ver como se comporta o speedy até dezembro quando eu ir a BH. E, sei lá, vamos ver se levo o EBEL na autorizada aqui Omega. Se quiserem fazer uma revisão parcial e me cobrarem até uns 200 contos, pago. Mais do que isso, esperarei até BH. No meu olhômetro, o relógio só precisa de conferir o rotor, magic lever e escapamento. O crono, pelo menos para mim, está ok. Se for para fazer revisão completa, que é o caso do Zenith, eu passo.


Flávio

Daniel Eira

Citação de: flavio online 07 Setembro 2009 às 18:43:11
Meu pai saiu do coma e está zero. O relógio, como só foi parte de carga, sei lá, parece-me zero. Para dar uma opinião mais correta, só colocando no witchi timer. Quanto à carga, nem sei, vou usá-lo esta semana. Para BH, desta vez, fui de Rolex. E Rolex é igual Seiko em carga: não se reclama. O troço é igual o coelhinho da Duracell.


Flávio

Flavio,

Que bom que o seu pai está melhor!

Abs

Daniel
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