Vamos falar sobre canetas?

[michelim]

Oi murilo, obrigado mas por agora eu passo, pois tenho uma sépia cheinha aqui em casa. A tinta não é legal para assinar documentos, mas eu achei bem bonita para escrever.... dá uma chance pra ela, coloca numa caneta com pena mais grossa...


No mês passado eu comprei algumas tintas da Writting desk
http://www.thewritingdesk.co.uk/showproduct.php?brandlink=&cat=ink&subr=


Chegou direitinho, em 3 semanas. Eu fiz duas compras, uma de 30 libras que foi taxada como se fossem 30 dólares ( paguei 36 reais de taxa) e outra de 120 libras que passou direto.

eu gostei muito das cores:
aurora black
Visconti Blue
Diamine Havasu Turquoise

além de comprar outra Pelikan Edelstein Topaz ( minha azul favorita) e algumas outras para conhecer....

[michelim]

comparativo entre a M800 da pelikan e a Twsbi 700

[edulpj]

dessas fininhas eu tenho uma Parker 180:
................

Parabéns, Mich!

A Parker 180 é fantástica! Tenho uma saudade maluca da minha... Comprei no segundo ano na faculdade, quando minha Faber Estudante "morreu"... Pena que minha 180 teve vida curta... Foi furtada na bibiloteca da faculdade. Comprei outra algum tempo depois, mas era uma 180 fabricada pela Parker do Brasil. Tinha pena igual à Parker Classic, dupla bitola, mas com um alimentador só. Não funciona muito tempo quando usada invertida. Ainda terei outra P180, se Deus quiser...

[Alberto Ferreira]

...

dessas fininhas eu tenho uma Parker 180:
...

Legal, Mich!

...
e uma sailor trident:
http://www.stutler.cc/pens/trident/index.html

Putz!
Que interessante.



Grato por citar este modelo.
Vivendo e aprendendo. Com as devidas escusas aos amigos realmente "iniciados" em canetas, pela minha ignorência (Sorry!  ), pois eu simplesmente não conhecia este conceito (princípio) de penas.
Gostei!

Abraços!
Alberto

[edulpj]

Observe, Alberto, que cada uma das três sub-penas da Sailor Trident, é fendilhada longitudinalmente... Em outras palavras, cada uma das três lâminas, se comporta como uma pena independente... É uma obra prima de engenharia que só uma empresa japonesa poderia fazer... Ou quase!!!! Uma chinesa também!!! O mesmo conceito da Sailor Trident foi aplicado na Hero 001/360 chinesa. Os chineses da Hero porém, simplificaram um pouco o conceito, criando uma pena DUPLA ao invés de TRIPLA como na Sailor. Na Hero, as sub-penas também são fendilhadas. Há pouco mais de um ano eu comprei meia dúzia de Hero 001/360. Fiquei com uma e vendi o resto. Deveria ter ficado com duas... Um cliente ao ver a caneta, pirou nela... Fui obrigado a presenteá-lo...

[edulpj]

Por falar em maravilhas da indústria japonesa, sempre é bom lembrar das Pilot Myu e Murex...

http://www.stutler.cc/pens/murex/index.html

[Alberto Ferreira]

Muito legal!

Grato por compartilharem todas essas informações sobre o "universo" (literalmente!) das canetas.
Eu tenho mesmo aprendido muito neste tópico.   

Abraços!
Alberto

[michelim]

Sem fotos, isso non existe







Da esquerda pra direita:

Ohto, japonesa que tem a pena bem igual à trident
Sailor trident
China pobrex
P180

[edulpj]

O contexto em que as penas planas e as penas 180 e 360 surgiram, foi interessante... Início da década de 70, onde as esferográficas já começavam a fazer as primeiras vítimas.... Pessoas alfabetizadas até a década de 60, aprenderam a escrever com PENAS, de mergulho ou de caneta tinteiro. Quem começou na última metade da década de 60, já foi alfabetizado com esferográficas. Pessoas, que aprenderam a escrever PRESSIONANDO DEMASIADAMENTE as penas. A primeira vítima, foi a Parker 75. Suas penas voltavam para a manutenção com muita freqüência e o maior problema, era excesso de pressão.

O projetista da 75, o legendário Don Doman, havia sido encarregado de projetar uma versão SLIM da P75, mas foi avisado do problema da pressão excessiva. Projetou a nova caneta portanto, com uma pena feita para aguentar MÃO PESADA. Aí nascia a Parker 180.

Os japoneses perceberam que muitas pessoas alfabetizadas com esferográficas tinham mais um problema, ou seja, tinham dificuldade de achar a posição exata de empunhar a caneta por desconhecer detalhes de posicionamento da pena. Além de penas reforçadas, tiveram a idéia das penas triplas, que poderiam ser usadas em qualquer posição.

Foi um momento especial da história das tinteiros... Aplicou-se o máximo de tecnologia para garantir a evolução. Infelizmente, o mercado involuiu. Hoje, qualquer coisa que não seja charuto enfirulado, vai ter sérias dificuldades de se impor no mercado...

[michelim]

que fique claro que a sua visão é ver um charuto enfirulado, enquando os outros, onde me incluo, vêem como uma bela caneta.

[edulpj]

Se o charuto enfirulado tiver ALTA TECNOLOGIA embarcada e não for mera repetição de vetustos conceitos, pode apostar que eu TAMBÉM vou ver uma bela caneta...

[michelim]

aqui vai uma um pouco fora do comum, shaeffer's com pena bipartida

[edulpj]

Belíssimo efeito!!!

[michelim]

Belíssimo efeito!!!

eu fiquei impressionado também, comecei a testar e não parei mais. Aqui está com tinta diamine jet black, eu testei com a aurora blue e ficou show

[Pandolfi]

Olá, Mich!
E como assino muitos documentos oficiais tenho que usar tinta azul ou preta.
Está zero. Só abasteci uma caneta com ela. Troco contigo por alguma tinta azul bacana que vc tenha (menos sheaffer, parker e pelikan).
Abraço,
Murilo

Murilo, para assinar documentos não tem como a azul permanente, a azul-negra, é imbatível, não borra depois.
Pandolfi

[murilolsd]

Edu,
já li todas as suas mensagens neste tópico.
De fato, as canetas que fazem sua cabeça são as que possuem algum diferencial tecnológico.
Seja ele qual for e mesmo que tenha sido relevante apenas para determinada época
Estão aí a Parker 51, as Esterbrook e a Parker 180, dentre outras, que não deixam dúvida quanto a isso.
E, por incrível que pareça, estas em geral são canetas baratas!
Ou seja, podemos discordar de você, mas coerência não lhe falta.

Existem linhas de coleção diferentes. Nem melhores e nem piores que outras. Apenas diferentes.
Enquanto alguns colecionam canetas "feias" e "baratas" por terem um diferencial intrínseco, outros colecionam canetas "bonitas" e "caras" por terem um diferencial extrínseco.
E neste meio de campo tem as "feias" e "caras", as "bonitas" e "baratas", as "boas" e "baratas", as "boas" e "caras", as "ruins" e "baratas", as "ruins" e "caras" etc, etc, etc...

Eu mesmo sou adepto de todas as correntes sem nenhum pudor.

[murilolsd]

Por exemplo, estou feliz da vida por ter acabado de arrematar uma Parker 180 por um precinho de ocasião.
Jamais pensei que usaria pena plana e caneta fina (7 mm)...
Para vocês terem uma idéia a minha favorita é uma MB 149 estalando de nova. Pena para lá de conservadora e 14 mm de corpo!

[murilolsd]

Edu,
apenas uma retificação: onde eu disse que fazem a sua cabeça apenas as canetas com diferencial tecnológico, leia-se apenas as canetas com diferencial tecnológico ou com diferencial de qualidade fabril.
Abraço!
Murilo

[edulpj]

Chegou bem perto Murilo... Mas antes do diferencial tecnológico, tem algo ainda mais importante em relação a caneta tinteiro pra mim... Não uso caneta tinteiro como jóia... Também não sou colecionador-carcereiro (aqueles que mantem a coleção presa e morta). Uso todas as minhas canetas em base diária normal. Sempre levo três no bolso. Uma média com tinta azul, uma fina (qualquer cor) e uma média com tinta preta. Sempre acompanhadas de uma lapiseira (dia desses assisti a um filme com o Robin Williams onde ele era médico e usava quatro canetas...).

Fui alfabetizado com caneta tinteiro e nunca consegui me acostumar com esferográfica. Como tenho caneta para usar, não posso em sã consciência ter uma caneta que me provoque apenas contemplação. Tem de ser pau pra toda obra. Precisa ser um objeto USÁVEL. Uma caneta de mil obamas, vai ficar em casa, pois vou temer perdê-la ou ainda estragá-la. Uma caneta de alta tecnologia, torna-se ainda melhor para ser usada, pois desempenhará seu papel sem me irritar.

Tenho cerca de cinqüenta canetas hoje (faz tempo que não conto...). Estabeleci dez como as melhores. Dentro dessas dez, tem duas canetas peculiares:

1. Platinum Preppy: É uma caneta japonesa de uso escolar e custa TRÊS OBAMAS. Tem uma tecnologia de alimentação combinada com uma vedação de tampa tão perfeitas, que dá ARRANQUE IMEDIATO MESMO QUANDO GUARDADA COM A PENA PRA CIMA DURANTE 30 DIAS CORRIDOS SEM USO... Nenhuma outra caneta de todas as que já tive oportunidade de manusear tem essa capacidade...

2. Centropen Mars+: É uma caneta tcheca de uso escolar e custa DOIS EUROS... Em plástico ABS azul, vermelho, amarelo e verde... Parece a caneta do Restart... Mais infantil impossível... Mas tem o FLUXO MAIS CONSTANTE QUE JÁ VI ATÉ HOJE. Ela escreve com perfeição até o instante de acabar a tinta. Não começa falhar antes. Tem uma pena macia como seda...

Qualidade fabril??? É um excelente quesito, mas valorizo muito mais uma caneta que não vaza, é macia de escrita e dá arranque imediato (mesmo com algumas imperfeições de acabamento...) do que uma caneta de altíssimo padrão de acabamento que tenha fluxo inconstante. Usabilidade acima de tudo!!!

[murilolsd]

"Qualidade fabril??? É um excelente quesito, mas valorizo muito mais uma caneta que não vaza, é macia de escrita e dá arranque imediato (mesmo com algumas imperfeições de acabamento...) do que uma caneta de altíssimo padrão de acabamento que tenha fluxo inconstante. Usabilidade acima de tudo!!!"

Exatamente! Esta é a qualidade fabril de que falei.
Qualidade voltada para o fim do objeto: escrever.