Vamos falar sobre canetas?

[RCComes]

mmmcosta,

Muito obrigado!

Abraços

Não, não é possível. isso foi impresso em impressora 

Carretera, sua caligrafia é de mais!

Eu tenho 2 tinteiros, apenas, e só servem como objeto de coleção, mesmo. Eu havia "herdado" uma Parker do meu pai e, na primeira vez que fui escrever, além do usual garrancho, a pena saiu igual um 8. nem ferreiro desentortava 

[Carretera18]

Oi RCComes,

Obrigado pelo elogio (exagerado)... kkkkk

Nossa, para entortar uma pena, deve ter exercido uma pressão fora do normal ou ela já estava com algum problema.

E escrever com canetas tinteiros é assim mesmo. Algumas demandam tempo para pegarmos o jeito de escrever, inclusive para achar uma tinta que otimize o desempenho.

Abraços!

[RCComes]

Oi RCComes,

Obrigado pelo elogio (exagerado)... kkkkk

Nossa, para entortar uma pena, deve ter exercido uma pressão fora do normal ou ela já estava com algum problema.

E escrever com canetas tinteiros é assim mesmo. Algumas demandam tempo para pegarmos o jeito de escrever, inclusive para achar uma tinta que otimize o desempenho.

Abraços!

Sim, fiz um pouquinho  de força. Não entortou tanto, mas ficou meio tortinha. deixei guardada. 

Eu lembro que meu velho gostava desse tipo de penas aqui. sabe me dizer qual é (imagem da net)

[Carretera18]

Sim, fiz um pouquinho  de força. Não entortou tanto, mas ficou meio tortinha. deixei guardada. 

Eu lembro que meu velho gostava desse tipo de penas aqui. sabe me dizer qual é (imagem da net)

RCComes,

Pelo que entendi da foto que postou, seu pai gostava de penas flexíveis. Elas proporcionam variação da espessura das linhas porque a pena abre e fecha de acordo com a pressão exercida. Este tipo de comportamento é comum em penas muito antigas (antes de 1960/1970) e praticamente inexistentes nas canetas modernas. Existem algumas promessas de fabricantes como Noodler's, FPR e Pilot, mas os caras que conhecem as classificam como semi-flex.

É bem provável que tenha entortado a pena da sua caneta porque tentou usar uma pena rígida como flexível. 

Este filme é bem legal para mostrar algumas variações deste comportamento das penas.

Abraços

[FPiccinin]

Comentei sobre esta caneta a alguns meses, mas só postei a foto agora.

Minha Montblanc 149 com pena modificada para cursiva itálica pelo Mestre Sebastião da Ravil. Eu achava a pena M macia e com ótimo desempenho, mas sempre sonhei em ver esta caneta escrevendo com mais "personalidade".

Agora se tornou quase um traço da minha personalidade... rs

Em tempo, parabéns pela caligrafia e pela dedicação. Está cada dia melhor!!!!

Abraço

[fmassardo]

RCComes,

Pelo que entendi da foto que postou, seu pai gostava de penas flexíveis. Elas proporcionam variação da espessura das linhas porque a pena abre e fecha de acordo com a pressão exercida. Este tipo de comportamento é comum em penas muito antigas (antes de 1960/1970) e praticamente inexistentes nas canetas modernas. Existem algumas promessas de fabricantes como Noodler's, FPR e Pilot, mas os caras que conhecem as classificam como semi-flex.

É bem provável que tenha entortado a pena da sua caneta porque tentou usar uma pena rígida como flexível. 

Este filme é bem legal para mostrar algumas variações deste comportamento das penas.

Abraços

Sensacional esse vídeo. Tenho duas penas e nunca reparei no grau de flexibilidade.
Abraços,

[rocc2005]

Parabéns pela caligrafia. Linda... sem palavras... Gostei muito.
Eu fiz um trabalho em duas penas Noodler's e consegui aumentar muito o gráu de flexibilidade delas. Bastou esmerilhar as abas da pena, deixando-as com um formato semelhante às penas usadas nas dip pens. Depois foi só polir. Deu um pouco de trabalho, mas o resultado foi surpreendente, tornaram-se verdadeiras flex pen.
Abraços
Ronaldo

[Carretera18]

Ronaldo,

Legal a sua idéia e iniciativa. Depois posta algumas amostras do resultado.

Abraços

[rocc2005]

Amigos, estou devendo umas imagens, e quem sabe, uns videos, mas o problema é minha câmera. Vou ver se consigo uma câmera decente, para postar alguma coisa.
Quero falar um pouco sobre minha nova aquisição. Trata-se de uma caneta fabricada na Índia, uma Gama Eyas. Comprei por uma bagatela de 75 reais. Não são mesmo muito caras, mas com o dólar ao preço que está, se eu fosse importar, ficaria nú com a mão no bolso. Achei num site, usada..
Corpo em ebonite fosco, tipo black mate, clip em aço brilhante, a caneta é um espetáculo negro, toda negra com apenas o clipe em aço.. Feita a mão, não é cheia de detalhes brilhantes, o que gosto. Sua simplicidade é fascinante e aumenta sua beleza.. é como as mulheres que são bonitas sem maquiagem. A sensação do tato com o  ebonite em acabamento rústico é indescritível. E sua cor negra natural é impressionante. Mas,,,, nem tudo é perfeito. A caneta chegou para mim com a ponta da pena destruída. O dente esquerdo da pena estava virado para a esquerda num ângulo de 45/50 graus. Pena de aço alemão (made in Germany), achei que estava perdida. Mas com muita paciência, conseguui levar o dente para o lugar certo e, depois, uma pequena passada no micromash e a caneta ficou tão macia, que o prazer veio instantaneamente, apesar de gostar de caneta com mais feedback na escrita. O prazer foi até a hora em que a caneta, aborrecida talvez, deu uma cuspida de tinta violenta no papel. rsrsrs. Devia estar engasgada, sei lá. Então lavei a caneta toda e deixei a seção de molho em água destilada o dia inteiro. Depois passei uma generosa camada de silicone na rosca do barril ( a caneta é everdropper) e fiz um teste demorado. Escrevi umas 4 páginas com ela e depois deixei-a pendurada um bom tempo, com a pena para baixo, e ela simplesmente parece ter gostado do tratamento recebido. Quase a ouvi dizer: obrigado. Que traço! que escrita! que loucura! Mas ainda tem personalidade forte. No meio da escrita, parece se cansar e ameaça a cortar o fluxo da tinta (como as dip pens), mas aí dou uma pequena pressão na próxima letra e a tinta volta a fluir extraordinariamente, deixando uma sombra, que adoro. Estou deixando uma foto dela aqui. Parece marrom, mas é negríssima.
Abraços,
Ronaldo

[mmmcosta]

Boa resenha, Ronaldo!

A propósito, onde você consegue água destilada?

[Carretera18]

rocc2005,

É muito bom poder acompanhar a sua paixão pelas canetas. EA descrição do material e do acabamento me chamou muito a atenção e lembra um pouco o fascínio que eu senti quando experimentei uma Visconti Homo Sapiens Lava. Estas canetas com material poroso são muito confortáveis escrever.

Abraços

[rocc2005]

Costa, eu compro água destilada em garrafas de 1 litro nas casas de autopeças. Mas tenha cuidado de se certificar de que a água seja pura, sem aditivos. Custa muito barato e rende muito. Sempre que eu desabasteço uma caneta, lavo bem e encho com água destilada e assim fica por um longo tempo. Tenho uma Montblanc 142, miudinha, que a bucha do pistão é de cortiça, aquilo resseca, então sempre deixo-a carregada com água destilada.
Abraços

[rocc2005]

Carretera, é verdade. Esse tipo de material pode não ser tão, digamos, brilhante, mas causa um atrito maior com as mãos, transmitindo uma segurança, coisa que eu não sinto quando estou escrevendo com a Montblanc 149.
Preciso ressaltar, quanto á Gama Eyas, que eu não recomendaria a alguém que a comprasse, a não ser que seja para coleção ou curiosidade, pois apesar de todas as qualidades que relatei, a caneta, como eu disse, tem um gênio difícil, não responde bem aos anseios de um escritor, estando mais para um desafio do que para praticidade. Ter que "siliconar" o barril todas as vezes que for reabastecer é uma droga; errar a quantidade de tinta a ser colocada no barril é outra droga; e errar o tempo de pressão para que a tinta continue a fluir é mais uma droga. O que valeu para mim foi a originalidade da peça. Conforme for, vou substituir a pena por uma pena de ouro e adaptar um conversor. Mas isso é com o tempo. Detesto o sistema everdropper.
Abraços,
Ronaldo
P.S. Ainda não terminei os ajustes com a Gama. Muitas vezes levo muito tempo compreendendo e ajustando a caneta. Aprendi, após ter destruído algumas canetas, algumas delas bem caras, que não se pode, de jeito nenhum, ultrapassar o ponto exato de ajuste. Se ultrapassar, não tem mais volta, então tem que ir devagar até tentar chegar ao ponto mais próximo do ideal, o que pode levar dias, isso sem contar que não chego nem perto de ser profissional, mas apenas um apaixonado. Sempre fica a questão difícil: será que já atingi o ideal?

[rocc2005]

Ihh, muda tudo pessoal.
Após um leve toque nas abas da pena e a Gama se tornou uma das peças mais extraordinárias que possuo. O fluxo tornou-se regular e a pena ficou incrivelmente macia, e olha que é uma pena de aço. Agora, posso recomendar a caneta, desde que bem ajustada, pois não há quem não vá adorar o resultado. Satisfação total, apesar de gostar de feedback na escrita e este sumiu totalmente, a caneta desliza pelo papel sem nenhum ruído ou sensação, parecendo uma pena de paladium. Estou começando a pensar que os indianos manjam mais de canetas do que muita gente pensa.
Abraços

[rocc2005]

Pessoal, desculpem-me pela qualidade das fotos, minha câmera é uma lástima, mas só para se ter uma idéia da modificação da pena da Noodler's. A idéia não é minha, é de um camarada do leste europeu, que assisti um video e melhorei um pouco a técnica, adaptando-a ao meu equipamento, rsrsrs.
Abraços,

[rocc2005]

Uma amostra da flexibilidade da pena Noodler's modificada.
Abrçs

[Carretera18]

rocc2005,

Muito legal o seu relato sobre a Gama. Realmente existem canetas que demoramos a pegar o jeito e gostar, mas nunca dediquei tanto tempo e esforço para ajustar uma caneta. Minha única experiência com canetas indianas foi a Serwex com pena flex da FPR, mas ela acabou abandonada no fundo de uma gaveta. Depois da sua dica, vou tentar outras por curiosidade.

Em relação a Noodler's, já vi muitos relatos de sucesso em transformá-la em full flex, mas a maioria a deixa a pena com cara de Nakaya. Você deixou a sua com cara da Falcon. E sua caligrafia é muito bacana com ela.

Abraços e continue a compartilhar suas experiências.

[mmmcosta]

Costa, eu compro água destilada em garrafas de 1 litro nas casas de autopeças. Mas tenha cuidado de se certificar de que a água seja pura, sem aditivos. Custa muito barato e rende muito. Sempre que eu desabasteço uma caneta, lavo bem e encho com água destilada e assim fica por um longo tempo. Tenho uma Montblanc 142, miudinha, que a bucha do pistão é de cortiça, aquilo resseca, então sempre deixo-a carregada com água destilada.
Abraços

Valeu pela dica, rocc2005!

É que eu tenho uma Waterman Carene cuja extremidade do corpo, cromado, e um anel, também cromado, estão manchados de tinta. Muito estranho, porque sou muito cuidadoso e a caneta nunca tomou um "banho" de tinta. Postei o relato do problema no Fountain Pen Network e ninguém se manifestou com experiência semelhante.

Minha última esperança é deixá-la por 24 horas na água destilada pra ver se sai a tinta.

[rocc2005]

Marcelo, por um acaso a caneta é de cartucho ou conversor? Já observou se alguma tinta vazou para o corpo da caneta, por dentro? Outra coisa, caneta tinteiro, vc sabe, ela cospe um pouco de tinta na tampa, por dentro. Eu sempre passo um papel absorvente nestes locais e sempre o papel vem sujo de tinta. Pode ser tinta dentro da tampa que está manchando a caneta, quando  vc posta a tampa.

Carretera, vc não faz idéia do esforço que fiz para não agarranchar as letras. rsrsrsrs. Não podia pagar mico. rsrsrs.
Ah, outra coisa, apesar de todo entusiasmo, a Gama é um desafio, uma curiosidade.
Abraços

[rocc2005]

Pessoal, vou falar um pouco sobre tintas.
Já testei diversas tintas. Cheguei a ter um arsenal absurdo delas. Por fim, foram envelhecendo até que um dia resolvi limpar os potes. Notei que, na grande maioria delas, houve formação de resíduos terríveis na borda e na tampa. Daí, descartei aquelas em que a borra não saiu com água. Atualmente estou encantado com a Noodler's black, apesar de não gostar muito da cor da tinta, pois é uma cor que não produz sombras nem efeitos. Contudo é uma tinta bullet proof de secagem ultrarápida, que não franja e não sangra, mesmo em papeis de baixa granatura e, até o momento, em todas as canetas que eu testei, a tinta foi de fácil lavagem, nenhum resíduo. Ainda estou em testes com ela, portanto evito colocá-la em caneta piston filler e as de saco (lever filler), mas, em caneta de conversor (minhas preferidas), uso à vontade, pois apresenta um comportamento distinto. Mas ainda está estou testando, não dá para garantir nada (enchi um cartucho de plástico barato com ela, com uma seringa, e o cartucho manchou, não sei porque, talvez uma reação quimica). O fato de não sangrar nem franjar, preciso dizer que usei canetas com nibs extrafine e fine. Não notei escurecimento, até agora, de nenhuma nib, mas ainda estou observando isso. Busco a tinta ideal e, por este caminho, já testei dezenas. A cor blue black que mais me fascina é a da Hero, tinta com alta resistência à água, mas que em papel mais barato costuma sangrar. Hoje uso duas tintas que prometem muito: essa Noodler's black e a Salix (Roehrer and Klingner - ferrogálica), mas não descarto a Hero blue black, pela sua cor fantástica. Quanto às tintas menos resistentes, a Sheaffer blue é maravilhosa. Não posso deixar de expressar minha admiração pelas cores Noodler's blue, Noodler's Ottoman Azure, ambas muito laváveis;  Noodler's 54th Massachussets (bullet proof) que sangra em papel mais barato; Noodler's Bay State Blue, que destroi a caneta se houver negligência, mas que tem um tom de azul jamais encontrado em outra, é extremamente bullet proof e sangra feito o cão, mas vai destruir a caneta, como eu disse, se vc não tomar cuidado, digo por experiência própria, ela simplesmente destruiu uma Noodler's Ahab aqui, que eu esqueci e a tinta secou; as Private Reserve de tons mais escuros, só que são muito oleosas; e outras que vou deixar para a próxima, pois já me estendi muito. Peço perdão pelo tamanho desse texto.
Abraços
Ronaldo