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Vamos falar de relógios "vintage" ?

Iniciado por FSV, 28 Outubro 2009 às 14:51:22

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FSV

Caríssimos :

Boa tarde !

Antes que perguntem... (PARÊNTESES)



(...)

Estou com uma dificuldade tremenda em administrar o tempo nos últimos dias...  :-\

Portanto, não tenho previsão de quando conseguirei propor o Desafio da semana nº 12, ainda mais depois da verdadeira aula dada pelo Nilo, ao apresentar seu desafio de maneira impecável...  ;)

(...)



Mas, voltando à vaca fria, como diria um antigo professor de Medicina Legal...  :P

Esse hobby, passatempo, loucura, perdição, vício, hábito, seja lá como queiram chamar, de colecionar ou "ajuntar" relógios envolve (um pouco de) razão e (muita) emoção, isso é inegável.

Acredito - e percebo - que a grande maioria aqui tem seu interesse nitidamente direcionado (mesmo que não exclusivamente) aos chamaos relógios vintage.

Aqueles mesmo que o Alberto Ferreira sempre diz com muita propriedade, "só os melhores chegam lá" (e ficam!) !!



Pois bem, parafraseando outro ilustre amigo, o Mestre Gravina, colecionar relógios vintage não é tão simples assim...

O modelo que vc busca com tanta sanha, vontade e desejo precisa, em primeiro lugar, existir.

Depois, estar à venda.

E, finalmente, dentro de um patamar de preço que o interessado possa pagar.


Ou seja, não basta ter o $$, se o proprietário/possuidor não quer se desfazer da peça...

Tampouco, se está à venda, é imprescindível ter o montante suficiente para levá-lo para a sua caixinha...  :'(

Convenhamos, uma situação delicada, que envolve fatores intimamente ligados e diretamente associados.

8) ..................................................................  8)



Mas não é só isso...

Ao longo destes (não muitos, ainda) anos de janela no meio horológico, tenho notado que a busca dos interessados se alicerça, quase sempre, nestes critérios :

1) Quero relógios vintage, mas absolutamente NOS (tem que ser NOS ou never worn... se já foi ao pulso, esqueça!);
2) Vintage, independentemente do estado em que se encontre - usável ou não - desde que absolutamente original, "de fábrica" (mostrador detonado, máquina naquele "anda e pára"... OK... Mas é TODINHO original ? Então é esse que eu quero !!);
3) Vintage, claro, mas nem tanto ao mar, nem tanto à terra... usável, por favor, caprichado na estética e no funcionamento, mesmo que para isso sejam necessárias adaptações ou o uso de peças aftermarket (quase sempre parecidas, mas não idênticas).

Isso, sem falar na dificuldade cada vez maior de se identificar relógios vintage corretos, nos trinques, ou seja, de verdade, e não as falsificações que ultimamente têm rondado os "mercados" da vida...

Vide modelos como os Panerai Luminor, ou os Hublot Big Bang, pouco "arriscáveis", digamos assim, sem total garantia e, sobretudo, documentação original da peça...  :-X



E aí, meu caro, o que lhe move na busca por um vintage ?

Quais as alegrias e tristezas que gozou e/ou sofreu nessa nossa busca por estas máquinas maravilhosas ??

E, se comprou gato por lebre, foi literalmente ludibriado, ou chegou a "pagar pra ver" ???

Grande abraço, Flávio.
"Os piores demônios são os demônios da cabeça!" (José Mojica Marins)

nilomis

Flávio,

Meus 5c:

Colecionar relógios "vintage" é um assunto apaixonante e, uma vez que v. se inicia neste hobby, percebe-se logo que ele é bastante complexo.

Em primeiro lugar, as recompensas:

1) Exclusividade: Ter algo (eu sei que isto é infantil mas .. quem não é) exclusivo. Qualquer pessoa, com dinheiro, pode entrar em uma loja e comprar o modelo mais recente de um relógio. Já um "vintage" é muito mais difícil e ... exclusivo.

2) História/Longevidade: Eu trabalho com tecnologia de informação (antigamente era computação) e tudo é volátil e fica obsoleto em meses. Já um belo "vintage" de uns 40 ou mais anos funcionando perfeitamente é uma prova de que o homem pode, além das pirâmides (que estão em um estado bem longe do NOS), criar algo que dure e que carregue uma bela história.

3) Beleza: Por motivos meio incompreensíveis para mim, os fabricantes optam por fazer atualmente relógios não tão belos como os antigos. De vez em quando um deles reedita um modelo e acerta. Comparem, por exemplo, um Omega Seamaster 300m atual com um dos anos 60. O antigo é mais belo (na minha opinião). O cristal de plástico também ajuda a dar um visual mais quente e agradável a vista.

Como tudo na vida ... os problemas (muitos):

1) Originalidade: É extremamente difícil identificar, mesmo para os maiores especialistas, se um relógio é original ou não. Acompanho infindáveis discussões fóruns especializados (Vintage Omega / Vintage Rolex) e constato que, volta e meia, os "gurus" entram em acalorado desacordo. Até grandes casas de leilão internacionais volta e meia leiloam relógios de originalidade discutível!!

2) Falsificações: Atualmente, como certos "vintage" atingem preços elevadíssimos, a indústria da falsificação está muito ativa. Outra coisa que não ajuda nem um pouco é que os fabricantes destes "vintage" (Rolex é o grande exemplo) não possuem informações e/ou não autenticam os relógios antigos.

3) Qualidade: É complexo avaliar um relógio em uma feira ou, pior, usando umas fotos na Internet. Na maioria das vezes o relógio foi "revisado" (isto nunca é verdade, pela minha pouca experiência) e sempre irá requerer além da revisão a troca de algumas partes. O duro é quando as partes são difíceis de obter.

4) Manutenção/Peças: Dependendo do "vintage" até que é possível obter partes originais para um "vintage" mas há situações, em especial com marcas que não existem mais, que isto é literalmente impossível. Este é um grande motivo pelo qual não me interesso por estas marcas. Quanto a manutenção, um bom relojoeiro sempre resolve.

5) Preço: Nem preciso de entrar em detalhes. Nos dias de hoje, se pede por qualquer peça NOS literalmente os olhos da cara.

6) Informação: Determinados relógios representam um enorme desafio, até para os dias de Google. Exemplo: Nunca comprei, embora seja um relógio bem desejável, um Universal Polerouter pois é muito difícil de encontrar informações exatas sobre eles. Há um ou outro site mas fico perdido ao tentar validar uma peça (não entendo o critério da Universal para definir modelos).

Resumo: É complicado mas extremamente recompensador. Acho que aí está o verdadeiro barato deste hobby.

Bom, deixa eu voltar para a minha reunião telefônica. Se lembrar de algo mais eu acrescento.

Abs,

Nilo

Nota: Flávio/Vulpino - Parabéns por abrir um tópico sobre este assunto.

paulorocha

Vintages... Até o nome é belo e sonoro, vocês não acham? :D

Pulso, décadas de 60 e 70, sociais. Este é definitivamente o tipo de relógio que mais aprecio.

Vou acompanhar este tópico com bastante interesse!



Um grande abraço a todos!
Um grande abraço

Paulo Rocha

ACPavanato

#3
Flávio - adorei e quero de público parabenizá-lo por abrir este tópico!  :D  :D  :D

Creio que teremos por aqui muita informação e comentários de altíssima qualidade, pois pelo que já escreveu nosso amigo Nilo, tenho certeza que a "chapa" vai esquentar!  ;)

Nilo, digo que seu comentário, foi apenas o "ponta-pé" inicial, e é exatamente o que nós, admiradores dos relógios vintage, pensamos e buscamos.

Falar de "coisas" vintage, seja relógio ou de qualquer outra coisa, será sempre muito pessoal e estará acompanhada sempre de uma longa história.

Mas sempre achei que podemos realizar nossos "sonhos" com pouco, no tocante aos custos, e bastante no quesito - sorte!

Sempre adorei a palavra "garimpar" quando o assunto são os relógios vintage.

Já li por aqui, inúmeras histórias de como foi que "fulano" conseguiu aquela tão almejada peça. Muitas vezes, por pura questão de sorte!

Comigo nunca foi diferente, por mais cobiçada que seja, ou difícil de ser encontrada, muitas vezes acabamos encontrando o tão sonhado relógio, e acreditem, dentro das nossas possibilidades financeiras.  :'(

Algumas vezes, sofremos na busca de deixá-lo em condições de uso, mas sempre acaba valendo à pena.

Já comprei de tudo e sofri bastante com isso, pois nem sempre o que compramos foi o que nos venderam. Mas isso faz parte do jogo.

Bom, vou parar por aqui, mas tenho certeza que muita coisa interessante será comentada e escrita neste tópico.

É só aguardar!

Abraços!

ACPavanato
 

nilomis

Pavanato,

Concordo com o uso da palavra "garimpar".
É exatamente o que tento fazer mas, considerando que isto é uma paixão, nem sempre o resultado é tão frio e calculista quanto deveria ser e acabamos com um relógio um pouco longe dos nossos sonhos.
Porém, e tem sempre um, estou achando o maior barato comprar um relógio e depois, com o devido tempo, ir achando partes originais e terminar com um muito melhor do que imaginamos de início.

A "bola esta em jogo" e acho que este tópico pode ser um dos mais interessantes deste fórum.

Abs,

Nilo

dyeego

O meu foco em relógios, são os "vintage", normalmente acabo comprando uns em estado de conservação não tão bom, mas de vez em quando, compro uns em bom estado.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto."
Rui Barbosa

tempusvivendi

Pessoal,


Esse é um tópico muito interessante e abrangente.

Antes de mim muitos colocaram suas posições, mas faltou uma coisa definir o que seja um vintage.

O que é um vintage? Um relógio que marcou época ou um relógio antigo?
Perguntinha muito sem graça, mas para muitos um relógio vintage é apenas um relógio antigo e para outros é um relógio que marcou época.

Depois vem o termo colecionar. Eu gosto de relógios de pulso dos anos 20 até beirando a metade dos anos 60.
Tenho alguns, mas não posso dizer que são uma coleção e sim um ajuntamento, pois falta foco. Compro porque gosto.

Conheço muitos colecionadores que colecionam sómente art deco, outros que aqueles com numerais exagerados, outros que apenas cronografos de certos períodos, outros apenas militares e assim vai.

Existem colecionadores de modismos apenas modismos tipo gilt, spyder, ouro, etc.. Tem colecionador de relógio de bolso que só compra se for de ouro e ainda quer saber quantas gramas do precioso metal tem na caixa.

Eu digo que colecionador sempre procura pêlo em ovo e sempre acha, se não acreditam esperem e verão que haverá um novo modismo.

Existem os puristas, o relógio tem que estar todo original, mesmo que não se consiga ler nada no mostrador. Eu já penso assim, para meu uso se for necessário eu mando reformar o mostrador. O mais próximo do original possível, a Sarica já fez alguns trabalhos para mim de uma nova estampa.

Bom, falei demais.


Paulo



Meu novo hobby Plantas Carnívoras

FSV

#7
Prezados :

Fico feliz que o tópico tenha agradado tanto aos que se manifestaram até agora !  :D

E o número de visualizações está mostrando que, pelo menos na teoria, o tema chamou a atenção de boa parte dos colegas e amigos !!  :)

Na minha modestíssima opinião, acredito se tratar de um tópico "típico", em que a participação de TODOS, indistintamente, é de fundamental importância, e irá proporcionar um resultado extraordinário...  ;)

Como dissse o ilustre Pavanato, a idéia é ser absolutamente abrangente, e trazer os parâmetros, as experiências e os desejos de cada um, sem preconceitos, OK !?

Vamos começar a "sessão com o analista" ???  ;D

Eu começo, vai...  8)

Não é novidade nehuma aqui que até uns três, quatro anos atrás, eu não sabia patavinas de e sobre relógios, de pulso, bolso, mesa, parede, qualquer um...

Analfabeto, de pai e de mãe !  :-X

Comecei a frequentar o Mercado Livre, o E-bay, olha daqui, pergunta aqui, especula acolá...

E o primeiro vintage... Veio !!!  :D

Das mãos de... Douglas Gravina !!!!!!!  :-*

Tudo certo, mas vai ficar só no primeiro (e último?) ???

NÃO !!!! EU QUERO É MAIS !!!!  :o :o



(...)



Sem traumas, perfeitamente aceitável...

Mas, qual o critério ??



(...)


Pois é... NÃO tinha critério... Nenhum !!

Aliás, um : ter "passado" pelo pulso de alguém... Isso mesmo : relógio zerinho, "cheiroso", não !!!

Tinha que ter uma... história  8)  Mesmo que fosse de alguns minutos, só...  :P


(...)


Depois dou mais detalhes...

Me conte a SUA história (em capítulos ou "na lata") !!  ;)

Duvido muito que não haja interessados nela...  :D :D :D

Um forte e fraternal abraço a todos, Flávio.
"Os piores demônios são os demônios da cabeça!" (José Mojica Marins)

nilomis

Mais uns c:

Definição de "Vintage":

Eu adoto a utilizada pelo Time Zone (Vintage Rolex), ou seja: "Relógios desde o início da companhia até a introdução (não incluindo) os de cristal de safira". Concordam?

"Patina" nos mostradores de trítio:

Gostaria da opinião dos outros membros. Não há uma explicação clara do que produz a famosa "patina" (amarelado até o marrom) nos luminosos. Alguém sabe explicar porque alguns luminosos ficam amarelos (em alguns eu suspeito que até chá é usado para amarelar) e outros ficam brancos? Umidade?

Um bom dia para todos,

Nilo

igorschutz

Nilo,

Um Royal Oak da primeira fornada (1972) é vintage ou não?

Eu acho que sim, e ele tem cristal de safira. Portanto, não concordo com a definição do TZ.
Talvez ela sirva bem para Rolex, mas não para todos os relógios.

Na minha humilde opinião, defino vintage como aqueles relógios lançados antes do auge da Crise do Quartzo, que ocorreu em meados dos anos 70.

Pra mim, a Crise foi um dos quatro momentos que considero os mais marcantes na história da relojoaria:


  • Criação da mola do balanço;
  • Invenção do cronômetro marítimo;
  • Transição do bolso para o pulso;
  • Surgimento do relógio quartzo.

Um abraço,

Igor
Opinião é como bunda: todos têm a sua. Você dá se quiser.
Opinião é como bunda: você dá a sua e eu meto o pau.

NÃO ACREDITE NO QUE 'FALAM' AQUI, ESTUDE BEM E TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES

nilomis

Citação de: igorschutz online 29 Outubro 2009 às 11:14:23
Um Royal Oak da primeira fornada (1972) é vintage ou não?

  • Criação da mola do balanço;
  • Invenção do cronômetro marítimo;
  • Transição do bolso para o pulso;
  • Surgimento do relógio quartzo.
Igor,

O mundo dos relógios não é ciência exata.
Há extremistas que torcem o nariz para qualquer relógio que não tenha cristal de plástico. Não é o meu caso.

Eu acho que um relógio é "vintage" quando ele não está mais em produção e seja interessante ou clássico (Definição do Merrian-Webster).

Outro exemplo, que considero "vintage", mas muitos não, são os Rolex GMT de transição. Veja aqui: The Rolex GMT in Transition.

Um GMT "Fat Lady" (ref. 16760) é, para mim, um "vintage" muito desejável.
Não tenho -- Deixei passar um e me arrependi.

Quanto a tua lista de eventos, perfeita.

Muito embora eu não tenha o menor interesse, no momento, por relógios de bolso. (agora vou tomar pauladas)  :o

Outro ponto que gostaria de ler a opinião dos colegas é relativo as fases do colecionismo e como a gente vai mudando (evoluindo?) de gostos com o tempo.
Quando comecei, tinha um verdadeiro desprezo por certas marcas e achava os Omega o grande caminho.

Torcia o nariz para Rolex, Seiko nem pensar e assim por diante.

Hoje ... mudei e com isto estou mudando o meu "perfil". Já li que isto ocorre. Comentários, por favor?

Abs,

Nilo

JotaA

Citação de: nilomis online 29 Outubro 2009 às 11:43:04
Eu acho que um relógio é "vintage" quando ele não está mais em produção e seja interessante ou clássico (Definição do Merrian-Webster).


Abs,

Nilo

Nilo,

Acho que é por aí, não sou colecionar, talvez venha a ser, pois gosto muito de relógios, e se viesse a acontecer, o meu critério seria exatamente esse.

Hoje apenas compro relógios que eu usaria, de acordo com minhas condições atuais, mas levo em consideração a marca e de uma certa forma a importância.

Exemplificando, possuo um Seiko Samurai Ti, não é um relógio raro, tampouco caro, mas para quem curte Seikos atuais, esse relógio é bastante desejado.

Talvez daqui uns anos, se ele envelhecer com cuidado, venha a ser tornar um belo vintage.

Abraços

ACPavanato

Uma dúvida que sempre aparece, é quando vejo um relógio "vintage", porém "fugindo" um pouco, ou melhor fora das caracterirsticas do meu "ajuntamento".

Este é o ponto: Compro por que trata-se de um "vintage" em ótimo estado, mesmo fora do "padrão" do restante dos demais do meu "ajuntamento" ou não compro justamente por estar fora do meu "padrão" ?  ???  ???  ???

Isso já deve ter acontecido com vários amigos aqui.

O que fazer?  ;D  ;D  ;D

Já comprei muita coisa que hoje nem uso. Fica lá. Mas também tenho "dó"  de me desfazer, pois queira ou não, também tem sua história!  :-[  :-[  :-[   

Abraços!

ACPavanato

Alberto Ferreira

Salve, amigos!

Pois é!

Algumas verdades, verídicas...  8)

1) Ninguém, nem o Harrison  :D, nasceu sabendo algo, por menos que fosse sobre qualquer coisa, relógios incluídos.

2) É (apenas) o aprendizado, que pode inclusive ser autodidata, quem nos tira desta situação.

3) Com o aprendizado, em qualquer área, os conceitos se modificam. Talvez... ...se esclareçam. Talvez...


Se isso for aceito, podemos dizer que:

- No início é natural que tenhamos uma visão limitada e distorcida do assunto, mesmo que ele nos atraia, mesmo que seja do nosso interesse.
Se não for do interesse, esqueçam. Nem o mais potente raio laser acenderia nada naquela cabeça.

- Sendo do interesse (real), aí sim, abrimos as portas da mente para o conhecimento.
...e mudamos os nossos "conceitos".

No caso dos "vintages", não escapamos deste "PERT" que eu tracei aí acima...  :D

Mas,...
A minha "conclusão" seria...  ::)

- Primeiro é necessário entendê-los, qualificá-los e, aí sim, "respeitá-los", posto que são algo que jamais será refeito (o que há é o que há, ponto final  :D).

- O valores envolvidos (no "garimpo" e possível "restauração") podem ser baixos ou não, relevantes (financeiramente), ou não... Mas para quem os olha da maneira que eu citei acima, não têm preço.
Investimento?
Não!  Não o financeiro!
Em satisfação?
Sim, muita!

E...

Se você não gosta de "velharias", ou acha que elas não valem a pena,... Eu não o critico.

Apenas deixe-os para quem gosta e "respeita"!  ;)  8)

Um grande abraço a todos!
Alberto

Vintages, só os melhores chegam lá.

FSV

Prezados :

Sem querer parecer chato ou insistente além da conta...  8)

Mas, um tópico tão abrangente, especificamente sobre relógios (o Fórum é de e sobre o que, mesmo?), tratando da paixão que os envolve, de critérios para classificá-los como tal e qual, que nos induz a dar testemunhos únicos e pessoais de como evoluimos nessa caminhada sem destino certo, etc.


(...)


Não está um tanto quanto (além da conta, talvez) parado, estático, "esquecido" ??? ???

Não, não é porque fui eu que "criei" o tópico...

Este tipo de "glória" não me seduz, nem faz a minha cabeça, não me enaltece, nada, nada disso. 

Simples e prático : por que estamos aqui ?

Como chegamos ao antigo (boa parte dos foristas) e a este FRM ??

Achei (e continuo acreditando) que era (e é) simples... Assim !!!  ::) ::) ::)

Abraço fraternal a todos, Flávio.
"Os piores demônios são os demônios da cabeça!" (José Mojica Marins)

HumbertoReis

Eu percebi que gosto muito dos relógios esportivos, de pulso. Os de bolso e os vintage não me atraem na mesma proporção. Da mesma forma, os de mesa não me chamam a atenção, mas começo a ter curiosidade pelos mesmos e já tive vontade de comprar um nestes últimos meses, pelo prazer puro de ter um relógio especial.

Hoje sei que meu modelo de relógio predileto 'cheira' a esportividade. As seguintes aquisições provavelmente terão todas esta identidade. Digo 'provavelmente', pois nessa paixão sabemos que as convicções podem duram apenas algumas semanas.

tempusvivendi

Pessoal,


Colocarei meu ponto de vista sobre o que penso ser um relógio vintage.

Para mim é um relógio que marcou época ou pelo modelo ou pela tecnologia.

Exemplos com menos de 51 anos que não estão em ordem cronológica.
- Hamilton Eletric
- Bulova Accutron
- Caliber Beta 21 - usado por diversos fabricantes
- Os primeiros relógios quartzo
- Os primeiros Rolex SUB, GMT, etc (daqui eu tiro o famigerado Daytona com Valjoux 72 que para mim entra na categoria modismo)
- Zenith El Primero
- Caliber 11/12 (Buren/Hamilton/etc)
- Os primeiros Seikos Diver
- Os primeiros Speedmaster

E tem muito mais, mas a memória nesse momento não ajuda.
Um vintage que saiu do ar foi o relógio do banco Itaú em cima do Conjunto Nacional, parece piada, mas o considero assim.


Abraços,


Paulo
Meu novo hobby Plantas Carnívoras

Moriel

Depois de ler o tópico todo e concordar com muita coisa, e também através de minhas observações ao longo da vida, chego á uma conclusão:  Vintage não tem só a ver com a data de fabricação, época, etc......trata-se de um estilo.  Quando algo é muito bem planejado e concebido numa forma que possa ser usado hoje ou daqui a 100 anos mantendo a originalidade e talvez até seu valor, isso é vintage.  Acho que muitos relógios ja saem da fábrica sendo vintage.  A PP, por exemplo, na minha opinião, fabrica 90% de seus relógios já vintages.  Isso serve pra tudo, normalmente objetos de luxo, o consumidor compra sabendo que vai ter para sempre se não existirem intercorrências (Rolls Royce, PP, Ray Ban, MontBlanc [canetas] e algumas outras poucas marcas).  Claro que é apenas  minha opinião.

Abraços

Moriel

HumbertoReis

Não podemos esquecer o conceito timeless, usado pela empresa Leica, para definir o design de suas máquinas fotográficas. Vejam:



Máquina moderna, mas com visual antigo. Na verdade, vem com o visual padrão para máquinas fotográficas. As outras é que mudaram. Isso seria timeless. Me parece diferente do conceito de vintage: algo que representa um momento histórico.


Moriel

Citação de: HumbertoReis online 31 Outubro 2009 às 11:26:18
Não podemos esquecer o conceito timeless, usado pela empresa Leica, para definir o design de suas máquinas fotográficas. Vejam:



Máquina moderna, mas com visual antigo. Na verdade, vem com o visual padrão para máquinas fotográficas. As outras é que mudaram. Isso seria timeless. Me parece diferente do onceito de vintage: algo que representa um momento histórico.



Sim, acontece muito, relógios novos a quartzo "homenageando" modelos vintage.  Mas acho que timeless é muito superficial quando se compara a vintage;  é baseado apenas na aparencia;  vintage ja envolve mecanismos, etc.