A safira utilizada comumente na relojoaria, aquela do vidro que protege o mostrador ou da tampa traseira, bem como os rubis utilizados nos movimentos, são tudo do mesmo material, Al²O³ (ok, os números deveriam estar embaixo, mas é que não quis me dar o trabalho de procurar pelo caractere ASCII), ou seja, Óxido de Alumínio.
Este material é obtido sinteticamente, e sua lapidação feita inteiramente por máquinas eletrônicas, sem qualquer contato manual, portanto, apesar de compartilharem a mesma fórmula molecular, não se trata da mesma safira/rubi natural, estes sim gemas preciosas e valiosas.
Um vidro de safira é, logicamente, mais caro que um vidro "normal", de silício, mas não tão caro assim que não possa ser utilizado em relógios de algumas centenas de dólares. Portanto, em se tratando de um relógio de marca conhecida, tenha máxima certeza: se estiver escrito na caixa, ou no seu manual, que o vidro é de safira, é porque é de safira mesmo, senão viria com outra designação, sendo a mais comum "cristal mineral".
O tal "vidro safirado" que muitos falam nada mais é do que um vidro de cristal mineral (ie. vidro comum) com tratamento para aumentar a dureza da superfície externa. A Seiko, por exemplo, utiliza a denominação Hardlex para indicar esse tipo de vidro tratado.
Resumindo, um fabricante nunca "confunde" vidro de safira com vidro "safirado", ou é um, ou é outro. Se seu relógio indica "sapphire crystal", é porque é safira mesmo.