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Qual é o mais frágil: Mecânico ou Quartz Analógico?

Iniciado por Robson, 01 Março 2009 às 20:52:47

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Robson

Um relógio mecânico possui muitas partes móveis, mas possui incabloc, dia-shock, etc, um analógico à quartz tem poucas partes móveis, mas não sei até que ponto vai a robustez desse tipo de relógio.

Desconsiderando os exclusivamente digitais que não possuem partes móveis, qual é o mais frágil: Mecânico ou Quartz Analógico?

Um abra...
"Aprenda a suportar o desconforto e a fadiga sem queixar-se e seja moderado em suas necessidades."

Adriano

Não conheço números que provem, mas por experiência "in loco", em geral, creio que os quartz são mais resistentes. Por outro lado, quando os quartz são afetados, normalmente páram de vez, enquanto os mecânicos permanecem funcionando, ainda que mal.

Abraços!

Adriano

Abrantes


Alberto Ferreira

Salve!

Sim, mas,...
Não tão simples e pragmático,...
::)

Eu creio que, guardadas as ressalvas possíveis de comparamos maçãs com laranjas (o tal do haver "quartz's e quartz's" e "mecânicos e mecânicos").
Há, sobretudo, uma questão básica.
Há menos componentes mecânicos num quartz e estes estão sujeitos a um regime de trabalho menos "estressante", torques, variações destes, etc.
Por isso, basicamente, a parte mecânica de um relógio a quartzo é geralmente muito menos "elaborada" e/ou "robustas", no sentido construtivo e operacional.

Estes fatos corroboram o que nos disse o Adriano, os mecânicos tendem a poder funcionar (mal) antes de parar.
Nos quartz's isso é menos provável.

Abraços a todos!

sat

Citação de: Alberto Ferreira online 02 Março 2009 às 08:43:49
Salve!

Sim, mas,...
Não tão simples e pragmático,...
::)

Eu creio que, guardadas as ressalvas possíveis de comparamos maçãs com laranjas (o tal do haver "quartz's e quartz's" e "mecânicos e mecânicos").
Há, sobretudo, uma questão básica.
Há menos componentes mecânicos num quartz e estes estão sujeitos a um regime de trabalho menos "estressante", torques, variações destes, etc.
Por isso, basicamente, a parte mecânica de um relógio a quartzo é geralmente muito menos "elaborada" e/ou "robustas", no sentido construtivo e operacional.

Estes fatos corroboram o que nos disse o Adriano, os mecânicos tendem a poder funcionar (mal) antes de parar.
Nos quartz's isso é menos provável.

Abraços a todos!


Tem um detalhe, um mecânico funcionando mal, pode ser consertado, o que nem sempre ocorre com um  quartz que não funciona, ou falei besteira?
Abraços,

SANDRO

Alberto Ferreira

Citação de: sat online 02 Março 2009 às 13:23:06

...
Tem um detalhe, um mecânico funcionando mal, pode ser consertado, o que nem sempre ocorre com um  quartz que não funciona,...
...



Salve!

Sandro,

Aí é que está!
Se a falha for no módulo eletrônico, falando mais claramente, no C.I., realmente não tem como.
O negócio pára e pronto. É a famosa "morte súbita".

Soluções?
Bem,...  Uma seria trocar o módulo.
Mas se ele for muito antigo, e não houver mais a peça de reposição, lixo. Ou então, um "sarcófago" para meramente lembrar da imagem do relógio, caso ele seja de estimação.

Mas,...
Os relógios a quartzo, chamados "analógicos", aqueles com ponteiros, têm uma parte absolutamente mecânica, com engrenagens, molinha, e tal,...
Aí, neste caso, foi que eu comentei que estes, os a quartzo, são mais "simples", com menos coisas para quebrar, etc.
Muitos movimentos a quartzo permitem uma intervenção mecânica, sim

Agora, se isso é economicamente interessante ou se o melhor é trocar todo o movimento, aí já é uma outra coisa.

Um abraço!

igorschutz

Citação de: sat online 02 Março 2009 às 13:23:06

...
Tem um detalhe, um mecânico funcionando mal, pode ser consertado, o que nem sempre ocorre com um  quartz que não funciona,...
...

E, por outro lado, complementando o que foi dito pelo Mestre Alberto, também sobram exemplos de relógios mecânicos parados e jogados na sucata simplesmente porque não foi possível achar determinada peça que faltava... ou seja, deste male (falta de peças) os mecânicos também sofrem. :(

A diferença, conforme já foi exposto no outro tópico sobre o assunto, é que dá para construir peças para os movimentos mecânicos, mas o custo nem sempre vale a pena... :'(

Abraços,

Igor
Opinião é como bunda: todos têm a sua. Você dá se quiser.
Opinião é como bunda: você dá a sua e eu meto o pau.

NÃO ACREDITE NO QUE 'FALAM' AQUI, ESTUDE BEM E TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES

paulorocha

Outro quesito que acho interessante é o custo de manutenção num mecânico.

Tomando por base os relógios mais baratos, como os Orient, Classic, Mirvaine e muitos outros, o custo de uma simples revisão pode ser maior que o próprio custo do relógio.

Por exemplo: não é difícil encontrar Orient com preço inferior a R$ 50,00. Às vezes até mesmo um Seiko pode ser encontrado por este valor. E em bom estado... Como, em média, uma revisão completa, em um bom relojoeiro fica na casa dos R$ 50,00 a R$ 90,00, torna-se inviável economicamente este tipo de manutenção.

Se bem que, se levarmos em conta os quartz nesta faixa de preço... São descartáveis mesmo... Já os mecânicos pelo menos servem de "cobaias" para aprendermos a "futucar" sem grandes pesos na conciência...



Um grande abraço
Um grande abraço

Paulo Rocha

Adriano

Sobre valores, eu não costumo tecer comparação entre valorde conserto e valor do objeto. A manutanção custará basicamente a mesma coisa, independente de quanto se pagou no relógio. Nesse caso, não seria melhor pagar o menos possível no relógio?

Por exemplo, a revisão de um Seiko 6119 custa R$ 80,00, digamos. Não importa o quanto o relógio custou, vai custar R$ 80,00. Penso que é melhor gastar esse R$ 80,00 em um relógio que custou R$ 40,00 do que em um que custou R$ 140,00. No final vai-se ter um Seiko 6119 revisadinho, bonitinho, de qualquer jeito. Um vai custar R$ 120,00, outro, R$ 220,00.

Abraços!

Adriano

paulorocha

Concordo Adriano, mas o que eu quiz dizer é que se encontram relógios mecânicos em bom estado geral a preços bastante baixos, menores do que aqueles cobrados para pô-los em ordem caso necessário...

Um exemplo: comprei este Seiko 7009 por menos de R$70,00, em estado near mint.



Um grande abraço

Paulo Rocha

Abrantes

#10
É mas acho desviamos o foco hehe,..uma coisa é qual é o mais resistente
Eu entendo resistente como sendo resistente a pancadas etc,...

O mais resistente é o quartz, e vc deve comparar bananas com bananas claro.

Um quartz vagabundo e um mecanico vagabundo eu acho que o quartz é mais resistente.
Um quartz top de linnha e um mecanico top o quartz será mais resistente também.
Um quartz feito para aguentar pancada e um mecanico feito para aguentar pancada,... o quartzo ganha,..


Agora outra coisa é resistencia a passagem do tempo,...

Dois relógios sendo tratados com o devido cuidado,..qual vc garante que vai durar 100 anos??? Bom ai eu fico com o mecânico

Alberto Ferreira

#11
Citação de: Abrantes online 02 Março 2009 às 18:21:38
...
Um quartz vagabundo e um mecanico vagabundo eu acho que o quartz é mais resistente.
Um quartz top de linnha e um mecanico top o quartz será mais resistente também.
Um quartz feito para aguentar pancada e um mecanico feito para aguentar pancada,... o quartzo ganha,..
...



Salve, amigo Abrantes.

Sim,...
Mas, de novo, nós precisamos fazer uma ressalva prévia.

O que está posto aí acima não se aplica inteiramente  aos chamados  relógios a quartzo "analógicos",  entendidos aqui como aqueles que têm ponteiros e não displays de cristal líquido (eu digo "chamados" porque na verdade eles de fato não são analógicos, veja abaixo).

Ou seja, estes três comentários são válidos numa comparação relógio mecânico vs. relógio a quartzo digital (sem ponteiros), com display de cristal líquido (fundamentalmente sem peças móveis), etc..

Se o caso for comparar mecânicos com os relógios a quartzo com ponteiros, estes também têm lá a sua parte mecânica, que guardadas as proporções aclaradas pelas três situações aí acima, também são suscetíveis de quebras, por assim dizer, mecânicas, como qualquer outro mecanismo.


Obs:
O conceito de (leitura) digital e analógica.
Num relógio digital (não necessariamente que nos mostre um display com dígitos, cifras numéricas) nós não podemos avaliar o passar do tempo entre uma leitura e a seguinte.

Num relógio mecânico (analógico) nós podemos ver um movimento contínuo entre, por exemplo, o quatro e o cinco.
Simplesmente observando a posição indicada pelo ponteiro entre essas duas leituras nós podemos inferir (avaliar) o tempo decorrido entre elas.

Num relógio a quartzo com ponteiros, mas com os mesmos saltantes, como é normal, nós também não podemos fazer aquela avaliação.
Ora lemos quatro segundos e num momento seguinte lemos cinco, não há uma passagem progressiva do quatro para o cinco.
Aqueles relógios que "giram" plaquetas, mesmo sendo mecânicos, como os antigos "displays" de avisos de partidas e chegadas dos aeroportos também são assim.
Essas leituras não são analógicas.

Abraços!

sat

#12
Citação de: paulorocha online 02 Março 2009 às 17:09:35
Concordo Adriano, mas o que eu quiz dizer é que se encontram relógios mecânicos em bom estado geral a preços bastante baixos, menores do que aqueles cobrados para pô-los em ordem caso necessário...

Um exemplo: comprei este Seiko 7009 por menos de R$70,00, em estado near mint.






Eu tive um Seiko 6119, mostrador preto, em bom estado, que comprei a carcaça, precisando de revisão, por 30 pilas. O preço final, para deixá-lo funcionando, chegou aos R$ 51,00, ou R$ 61,00, não me lembro bem. Depois, lá se foram mais dez pilas por uma pulseira original, dos anos 70. Então, ficou, não lembro se R$ 61,00, ou R$ 71,00, algo assim.
Hoje, tenho um Orient KD, que comprei por R$ 35,00 e, com troca de uma coroa, um bezel novo, revisão, acabou ficando perto dos 80 paus. Um pouco caro, mas vale a pena. É um velho conhecido do fórum:

Mas, não são só os japas, os Mondaines e Mirvaines, não. Existem relógios suíços, um pouco melhores (digo as marcas, não os movimentos), que também são baratos.
Ano passado, troquei um celular beeeeem velho, avaliado em R$ 50,00, por um Oris, sem funcionar. gastei mais R$ 30,00, para colocá-lo em ordem:

Tem até a coroa assinada de época.
Outro dia, vou tirar foto melhor. Essa aí está injustiçando o bicho.
Esse rodeio foi para concordar com o Adriano. Realmente é melhor gastar R$ 40 num relógio que custou R$ 40,00 do que num que custou R$ 140,00.
Em tempo: esses dias, também troquei dois celulares, cerca de R$ 150,00, por dois reloginhos baratinhos. Um Cyma, bem velhinho:

Um Studio, esquisitão e enorme:

Cerca de R$ 75,00 cada um e ambos estão revisados e funcionando perfeitamente.
Não vou ter que gastar nada, a não ser  que reforme o mostrador do Cyma, cuja fotografia está cometendo injustiça, pois está bem melhor e que dê um banho de cromo ou ródio no Studio, que também está melhor do que na foto.
E, finalmente, o relógio mais barato que possuo: Milus Jetmaster, todo original, exceto o segundeiro, que não encontrei o original. Comprei a pouco mais de R$ 16,00 e, pronto, me custou pouco mais de R$ 41,00.

Enfim, talvez gaste mais do que paguei pelos relógios e já fiz isso, mas, ainda assim, o prejuízo é pequeno.
Abraços,

SANDRO

paulorocha

Pessoal, acho que eu não fui corretamente compreendido... O que eu quis dizer é que encontram-se relógios mecânicos PERFEITOS e muito baratos. Não estou dizendo que os mesmos não devem ser restaurados, se houver a necessidade. Muito pelo contrário! Eu mesmo estou fazendo a restauração de várias peças desta categoria.

Acho que se eu contar uma historinha vai ficar mais claro o que estou querendo dizer:

A menos de um mês, um amigo que sabe que gosto de relógios me mandou um e-mail dizendo que tinha 6 relógios muito bons, sendo que pelo menos 2 deles seriam modelos raros e caros. E estava me propondo uma troca numa faca da minha coleção que a tempos ele vem tentando "incorporar" na sua própria coleção.

Pedi que ele me mostrasse os relógios para que eu pudesse avaliar se valeria a pena ou não. São estes:



Como podem ver, modelos "muito raros" e em "ótimo estado geral"  ;D ;D ;D

É claro que não aceitei e mostrei a ele o porque. Não eram "más intenções" da parte dele, ele simplesmente não sabia que este tipo de relógio é tão barato.

Acabei ficando com os relógios em troca de uma lâmina apenas forjada, que ele mesmo irá terminar e transformar numa faca...

Por outro lado, estou restaurando este relógio:



Paguei apenas R$50,00 nele e já gastei mais de R$300,00 na restauração. E ainda não está pronto...

Mas neste relógio, vale a pena gastar até bem mais do que isto. Vocês não acham?

Simplificando tudo: Não me importo de gastar até R$ 1000,00 na restauração de um relógio que depois de pronto vai valer no mínimo este mesmo valor. Acho até que gastaria estes mesmos mil num relógio que valesse uns 800 ou 900 contos. Não é uma questão financeira. E claro que quanto menos eu pagar no relógio danificado, melhor.

Mas não pagaria R$100,00 num relógio danificado, quando o mesmo relógio em ótimo estado pode ser comprado por R$50,00... Compraria logo dois em bom estado!

Agora, se eu já possuo um relógio barato, e que precisa de restauração, e o custo desta restauração é superior ao valor do relógio? Dai eu me pergunto: é de estimação? quero muito este relógio funcionando?

Se a resposta for sim, vamos restaurar! Não importa o custo. Importa o resultado. Mas se a resposta for não, ai ele vira "doador de orgãos"...

O que o Sandro fez com seus relógios ilustra exatamente este meu ponto de vista. O KD verde por exemplo. Custou R$80,00 reais para ficar no estado maravilhoso em que se encontra. E não foi caro não Sandro, foi muito barato, isto sim!

Alias, Sandro, você está de parabéns pelos belos relógios! Muito lindos mesmo!





Um grande abraço
Um grande abraço

Paulo Rocha

sat

Obrigado, Paulo. Para mim, o KD foi caro, porque acho caro qualquer Seiko ou Orient vintage, por mais de R$ 50,00. ;D Não porque sejam ruins, pelo contrário, mas, são tão comuns, que se tornam baratos. Agora, esse Breitling, é divino! Às vezes, nessa de recuperar, leva-se muitos ferros. Meu Bovet, por exemplo. Comprei funcionando perfeitamente, mas precisando de uma reforma no mostrador. A brincadeira acabou saindo por R$ 360,00  :'(
Esse foi movido pela paixão, embora eu saiba que o relógio nunca valeria tanto, ao menos aqui em Campo Grande. Coroa original de época, embora não assinada.

Abraços,

SANDRO