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Corda manual no movimento Omega 352 (Bumper)

Iniciado por vinicius, 26 Fevereiro 2012 às 16:12:18

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vinicius

Boa tarde a todos


Hoje vi no Masp um Omega com movimento Bumper, o vendedor disse que diferente dos automáticos comuns neste o usuário deve dar corda manualmente e deixar que o Bumper (automático) complete durante o dia, e isso não só da primeira vez, mas cotidianamente.
Pergunto: nos movimentos Bumper a corda automática é subsidiária à corda manual?
Era um belíssimo 352 que tive a oportunidade de ver "in loco".


Abraços

flávio

Na verdade, o ideal é que em todo automático você dê corda manualmente antes de usá-lo, se ele tiver parado.


Flávio

Paulo Sergio

"Dar a partida", digamos assim, em um relógio automático parado é mais que normal... o restante, o punho se encarrega durante o dia!!! ;) ;) ;)
Nada mais que isso é necessário, em um relógio que está OK!!!
Abraço
Paulo Sergio
Abraço
Paulo Sergio

Alberto Ferreira

#3
Salve!

Sim, como foi comentado pelos colegas.

Mas,...
Sem nunca esquecer um "detalhe".
Os movimentos com o carregamento pelo sistema "martelo" (ou "bumper"), independentemente da marca, são antigos.
Eu diria "ancestrais". Em geral são modelos da transição da década de 1940 para início dos anos 1950.

Ilustrando o modelo comentado.


OMEGA 332 - "bumper" - Fonte: http://www.ranfft.de/cgi-bin/bidfun-db.cgi?10&ranfft&&2uswk&Omega_332


OMEGA 352 - "bumper" - Fonte: A já citada acima e creditada nas fotos.

A sua eficiencia de carregamento é menor do que a média dos mais modernos, o mecanismo "martelo" atua apenas em um arco (em vai-e-vem) e não em giros completos como a quase unanimidade dos "automáticos" de nossos dias.

Justamente por esta razão, a melhora da eficiência, o sistema foi praticamente abolido.

Mas,...
Em geral são peças "colecionáveis", como já dito, há movimentos "martelo" de vários fabricantes.

Abraços!
Alberto


PS:
Vejam alguns outros movimentos "martelo" aqui --->  http://www.ranfft.de/cgi-bin/bidfun-db.cgi?10&ranfft&&2uswk&
E digite (bumper) lá no topo, no campo de busca (search).

rpaoliello

Caros amigos;

Tenho duas duvidas.

I-) Certa vez um "vendedor" disse para mim que o primeiro movimento automático da Omega era um martelo. Isso realmente procede?

II-) Sempre gostei dos Constellation com o movimento "martelo". Vocês acham estes movimento(s) bom(s)?

Um forte abraço.

Renato

Alberto Ferreira

#5
Salve!

Amigo,
Por favor, leia o que eu escrevi antes.

São modelos "ancestrais", portanto, modelos que vieram antes das atuais massas oscilantes com "rotores" giratórios.

São tecnicamente superados, por isso foram gradativamente substituídois por algo mais eficiente.

Para colecionadores e interessados em peças "vintage", eles têm, sim, o seu interesse e "valor".
A "qualidade", se é bom ou não, depende disso. Os da Omega e outros fabricantes de primeira linha, eu me permitiria dizer que são "bons", sim.
8)

Abraços!
Alberto

rpaoliello

Obrigado Alberto;

Interessante; considerar este movimento como tecnicamente ultrapassado (sempre achei que o fator que o retirou de linha fosse custo).  Vou pensar nisto. Mas obrigado pela explicação. 

Vou refazer minha pergunta que acho que não ficou claro o que tentei dizer. É que penso, faz algum tempo, em adquirir um Omega Constellation antigo. Sei lá; mas acho que apaixonei por este relógio.

Sei que existem relógios modernos melhores em termos técnicos, mas por este relógio com movimento "martelo" sinto algo diferente. Sabem como no caso do tópico discutido recente sobre escolher entre um  Camaro 1969 ou  Camaro 2012.

Por isso, queria saber a valiosa  opinião (sei lá  acham boa aquisição...ou acham outro movimento de Constellation mais interessante) dos amigos que, de forma assombrosa, sabem tudo de omegas antigos!!!

De qualquer forma obrigado.

Um abraço.

Paulo Sergio

Olá amigo rpaoliello...
Há Omegas da série Constellation antigos (vintage), posteriores aos modelos "martelo", da série 5xx, que são mais baratos que os primeiros!
Creio que o amigo poderia ter um vintage, mas com um preço mais próximo da realidade de muitos!!!
Abraço
Paulo Sergio
Abraço
Paulo Sergio

Gravina

Caro Renato,

Creio que o Alberto disse tudo, e de maneira perfeita (esgotou),  sobre o referido movimento.

Agora um outro aspecto:

Quando vc. procura um vintage, e mais especificamente um vintage Omega Constellation, você tem que levar em conta o estado de conservação(originalidade) do exemplar, e deixando no segundo plano a parte técnica do movimento.............não é relógio moderno, certo?

Exemplo: O calibre 564 é mais aprimorado, mais preciso, etc, etc que o 354 (ambos Constellation), ponto!

Agora na vida real se você estiver diante de um 354 impecável, super conservado, e um 564 sambado :-\...................qual você irá comprar?..............o inverso é para ser considerado também!


Na remota hipótese de estar diante destes dois calibres, onde ambos estejam impecáveis.............ambos como saíram de fábrica, ou próximo disso,  vá de 354............são ultrapassados, mas estão em modelos mais raros, como menor número de exemplares produzidos, portanto, mais valiosos! (esta é a minha opinião)

Boa sorte!

Abs

Gravina




Paulo Sergio

Como sempre, uma impecável dica!!!  ;) ;) ;)
Valeu amigo Gravina!!!
Abraço
Paulo Sergio
Abraço
Paulo Sergio

rpaoliello


Muitíssimo obrigado pelas ótimas explicações. Bom; o conhecimento dos amigos é impecável. Não era de esperar por menos.

Gravina; quando surgir a oportunidade pode estar certo que seguirei sua opinião. Obrigado. E quanto a originalidade nestes relógios acho melhor até pagar um "pouco" mais e ter um relógio inteiro ao ter um sambando. Hahaha!!!

Quando vier meu Constellation (quiça um 354) primeira coisa que farei será postar as fotos para os amigos!!!

Obrigado pela atenção.

Um abraço.

Renato

flávio

Esses movimentos, apesar da lenda que existe sobre eles, eram bem resistentes. Ao analisar um, porém, deve-se estar atento para os batentes (mola) do "bumper". Já vi movimentos que estavam aparentemente em bom estado, com polimento ok e, não sei porque, sem os batentes! Não sei se quebravam ou sumiam tão facilmente assim para o movimento estar em um estado até razoável mas, sem os batentes.


Flávio

Lourival

#12
Acho que não tem nada disso! restaurei aquele Omega que foi do meu pai - postei aqui as fotos com um Omega 355. Dar ou não corda pela coroa não faz a menor diferença ... como disse o Flávio, quando ele está parado, dou um pouco de corda "na unha" e depois basta usá-lo. Fiz um pequeno teste com a corda deste relógio e a danada durou um pouquinho mais de 24 horas.
Agora a minha dúvida: é isso mesmo? O tempo de duração da caorda, a popular reserva de marcha, deste tipo de movimento e com esta idade é perto disso? ???
Abraços a todos e tenham uma ótima semana!
Lourival

Gravina

Citação de: flavio online 27 Fevereiro 2012 às 10:26:12
Esses movimentos, apesar da lenda que existe sobre eles, eram bem resistentes. Ao analisar um, porém, deve-se estar atento para os batentes (mola) do "bumper".

Flávio

Sim, resistentes!

Quanto aos batentes vale lembrar que o 352 (que equipou o primeiro Constellation) é equipado com estes, já 0 354 que também equipou o primeiro Constellation, não tem.

Abs

Gravina


Adriano

O bumper é um sistema muito simples, não tem como ele estar com o carregamento deficiente: ou ele carrega ou não carrega, já que funciona sob o princípio de uma catraca extremamente simples. E honestamente, nunca vi uma catraca dessa nem com desgaste. Se está ruim, é porque alguém estragou. Logo, estando a catraca em ordem e o rotor livre (sem raspar em nada), ele carrega direitinho.

Sim, é verdade que não é tão eficiente quanto os mais modernos, mas em um uso diário normal, devem carregar o suficiente.

Abraços!

Adriano

sat

Eu possuo um Seamaster, 352, que é o primeiro da minha coleção (seria o segundo, mas, o primeiro, um Constellarion 1022, dei de presente a meu pai). No uso cotidiano, carrega o suficiente, sim.
Nas últimas férias, sim, tive problemas com a eficiência do carregamento, pois ficava até 12 ou 15 horas por dia, sem relógio. Aí, uma vez por semana, precisava dar corda. Mas, se o relógio for utilizado 15 horas por dia, com os intervalos normais, para dormir e para banhos, não há problema.
E nunca, desde que o comprei, deu defeito, a não ser, revisões normais. Por isso, embora não tenha conhecimento técnico, considero um ótimo movimento.
Abraços,

SANDRO

Paulo Sergio

Amigos...
Vou escrever uma coisa que tenho com meus botões:
A evolução dos movimentos dos relógios foi, é, e será, a cada momento, uma realidade...  ;) ;) ;)
Eu creio que a evolução dos "bumper", para os demais modelos de automático, tenha sido MUITO mais uma mera evolução, do que uma SOLUÇÃO para problemas dos "bumper"...  ;) ;) ;)
Tenho 4 relógios "bumper", todos funcionando muito bem, todos carregando muito bem...  ;) ;) ;)
Uma vez escrevi aqui que esse tipo de mecanismo de carga não devia nada aos demais... fui criticado, entendo as posições dos amigos, mas não mudo minha opinião... são relógios MUITO BONS!!!  ;) ;) ;)
Abraço
Paulo Sergio
Abraço
Paulo Sergio

flávio

Claro que são! Com esse movimento bumper aí - agora é a hora do Gravina consultar seus alfarrabios - a Omega ganhou um monte de prêmios de precisão! A confiança do sistema era tão grande que a Le Coultre, por exemplo, que o utilizou, nem corda manual deixava nos relógios. Eles eram feitos para carregar do zero só com o vai e vem do pulso.


Flávio

sat

Eu não falo em precisão. Mas, bem reguladinho, o meu Omega, com esse movimento, atrasava apenas, de 30 a 45 segundos por mês. Eu acho boa média, para relógio vintage. Hoje, não é mais tão preciso, porque fico um, dois meses, sem usá-lo.
Abraços,

SANDRO

Ringo

Tenho um Tissot com esse tipo de carregamento que era muito preciso quando comprei. O carregamento é eficiente, só está precisando de revisão.